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quencia um Requerimento desta natureza é importante, deve ser attendido pela Camara, e satisfeito pelo Governo, para que o Paiz e esta tomara possa conhecer bem este objecto e avalia-lo conveniente mente. (Apoiados)

Intendo, pois, que todas as reflexões que o Sr. Deputado acaba de fazer, não tem logar nenhum, e não devem merecer a consideração da Camara.

O Sr. José Estevão: — Eu creio que o illustre De putado não tem motivo para se estimular tanto; porque ninguem fez objecção a que o seu Requerimento fosse approvado... (O Sr. Barão de Almeirim: — Fez objecção o Sr. Alves Martins) O Sr. Alves Martins não fez objecção ao Requerimento do illustre Deputado, o Sr. Alves Martins o que fez, foi manifestar — que sentia se desse expediente a um Requerimento a respeito do qual suppunha que se daria o caso de uma negativa absoluta quanto á satisfação delle. O que é certo e que não se podem estar a sujeitar taes Requerimentos nem á superintendencia de qualquer Deputado, nem da Camara. (Apoiados) Taes Requerimentos, que é o exercicio de um direito que têem os Membros do Parlamento, devem sempre ser expedidos sem contrariedade nem censura prévia; a Camara quer que cada Deputado use deste direito não excedendo as conveniencias publicas, e por isso a respeito de objectos diplomaticos, com relação aos quaes -ha sempre uma certa reserva e cautela, e isto não é só aqui, é em toda a parte, a respeito destes quer a Camara tomar especial conhecimento antes de serem expedidos; portanto a Camara cora a sua votação dá toda a liberdade o Deputado para fazer Requerimentos pedindo ao Governo esclarecimentos ou informações, sujeitando comtudo a discussão os que versarem sobre negocios diplomaticos. O Requerimento do Sr. Barão de Almeirim está dentro da esfera de um negocio ordinario, se o Governo responderá — sim ou não — isso não imporia agora examinar; quando elle responder, então discutiremos isso.

Na Camara passada não se abusou, usou-se muito deste direito de fazer taes Requerimentos, nem podia deixar de acontecer assim, não só porque nós não temos Estatistica alguma, mas mesmo porque sendo aquella Camara composta de diversas e muitas das principaes capacidades do Paiz, como cada um desses individuos tinha idéas diversas economicas, financeiras, e administrativas, e todos queriam dar ò remedio pelos meios que lhes pareciam mais adequados, por isso procuraram reunir os esclarecimentos ou elementos que julgavam precisos e proprios para formularem os seus Projectos.

O que me parece é que a Meza não póde deixar de dar expediente a esse-Requerimento, porque elle está nos lermos da regra geral estabelecida na minha Proposta, póde ser expedido sem inconveniente. [Apoiados) Eu tenho muitos Requerimentos que apresentar á Camara, pedindo muitas informações ao Governo; mas se se sujeitarem á discussão, então declaro que não posso/estudar as questões graves que occorrerem á Camara, porque será pouco o tempo para fazer os Requerimentos e depois sustentar aqui uma discussão sobre elles.

Estou convencido de que toda essa questão de caminhos de ferro ha-de ser aqui discutida. O Sr. Barão de Almeirim pediu para interpellar o Ministerio sobre este objecto, eu tambem tenho de a tempo pedir a presença do Ministerio para elle ouvir o que

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tenho a propôr-lhe; mas agora parece-me que não ha inconveniente nenhum em se dar andamento a esse Requerimento. E ámanhã todos os nossos Constituintes sabem pelos Jornaes que se fez esse Requerimento e. o contexto delle: que se não houvesse a publicidade no Diario do Governo, tambem eu votava contra, pois quero que em todo o Paiz se saiba o que se passa aqui. Por consequencia eu peço, não em meu nome, mas em nome do bom senso, que v. Ex.ª ponha termo a esta questão, e se vote a materia depois de tão luminosa discussão.

O Sr. Presidente: — Vou consultar a Camara se intende que este Requerimento do Sr. Barão de Almeirim está comprehendido na resolução que a Camara tomou sobre a Proposta do Sr. José Estevão. Decidiu-se affirmativamente.

O Sr. Visconde da Jungiu ira: — Agradecendo á Camara a honra que me fez de eleger-me para Membro da Commissão de Fazenda, peço ser dispensado de pertencer a essa Commissão, não só porque reconheço não ler as habilitações necessarias para bem desempenhar Ião honroso cargo, mas mesmo porque, passado algum tempo, preciso estar fóra da Capital talvez por um ou dois mezes.

Consultada a Camara — não concedeu a escusa. O Sr Jeremios Mascarenhas: — Pedi a palavra para participar a v. Ex. que fallei ás tres precedentes Sessões por incommodo de saude; e pedir-lhe tambem que me inscreva para renovar a Iniciativa dii alguns Projectos de Lei, que apresentei na Camara transacta. Ficou inscripto.

PRIMEIRA PARTE DA ORDEM DO DIA.

Eleição de um Membro que fallei para completar ei Commissão de Fazenda.

Entraram na urna 92 listas, G brancas; maioria absoluta 47. Saíu eleito o Sr.

Palmeirim com.......................51 votos

SEGUNDA PARTE DA 0111) 01 DO DIA.

Discussão do Parecer sobre a eleição do Circula de Lagos.

Parecer (N.º 3 — F). — A 3.ª Commissão de Verificação de Poderes examinou as Actas e mais documentos respectivos á eleição do Circulo de Lagos.

Compõe se este Circulo de 7 Concelhos, e houve nelle 10 Assembléas Eleitoraes, tendo havido duas no Concelho de Lagos e tres no de Silves.

Numero de listas em todo o Circulo 2:269, e de votantes 2:267, por se terem achado duas listas de mais, uma em Aljezur e outra na Lagoa. Obtiveram maior a absoluta os Srs.:

Francisco de Almeida Bivar..........1:397 votos

Antonio Maria de Fontes Pereira de Mello 1:373»

Na Assembléa de Alcantarilha, Concelho de Silves, protestaram contra a eleição os (cidadãos Casimiro Mascarenhas Neto, e Joaquim dos Santos, pela violencia empregada pelo Administrador do Concelho para obrigar os Eleitores a irem á urna, e vota-