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que o Governo linha á sua disposição. A opinião do Sr. Deputado, ''então Ministro da Justiça, se fosse adoptada pelo Coiíselhb, traria em resultado o estabelecimento d'utjia força estranha, que humilharia a Coroa, .dominaria b Poder Executivo, e insultaria á auctoridade do 'Congresso Constituinte. Nenhuma outra- consequência poderia ter a opinião do Sr. ex-Minislro. Quando se passou o Decreto dá demissão do Sr. ex-Ministro foi em 9 de Março, como já disse, e necn nos dias anteriores, nem nesse dia, nem nos três dias seguintes houve derramamento de sangue nesta Capital, e se (com pezar o digo) o houve no dia 13 , de certo não foi pó? cu!-pa do Presidente dó Conselho de Ministros, o qual, como todoâ sabem expoz por vezes a s tia própria vida, a fim de que tudo se terminasse por um modo trahquillo , e que se não chegasse aos últimos recursos: portanto a asserção, que o Sr. Deputado ex-Ministro^fez é uma asserção gratuita ; para lhe não dar outro nome, e quê eu classifico como outras do naesmô Sr. Deputado. Todos sabem que naqueila época foi o principio da moderação, que dirigiu o Poder Executivo, córn o fim de evitar os acontecimentos funestos, que tiveram logar depois; o Governo empregou todos os-meios de persuasão, ao mesmo tempo que tinha a possibilidade de acabar dentro de dous minutos com toda a desordem , mesmo dentro do seu foco , se qui-zesse empregar a força para o conseguir. O Governo para evitar eífusão' de sangue consentiu- em cousas abaixo da sua dignidade. Eu porem não me arrependo de ler empregado os meios da persuasão primeiro do que os da força. O Sr; Deputado, tendo failado em factos, que tiveram logar antes do dia 4 d' Abril, da-me odireito afallar nellestambem, o que eu poderia fazer com vantagens. Eu deveria talvez usar deste direito, porque cm uma das ultimas sessões do Congrtíssò Constituinte um dos rnais iliustres Oradores desta Camará fez um longo discurso contra opro« ceder do Governo relativamente aos acontecimentos daquellcs dias. Então por mais que -pedi ser ouvido para responder-lhe, não tive a palavra í eu poderia pois voltar agora sobre a matéria: mas a Administração actuai tem seguido a política consignada -no Decreto de 4 de Abril de 1838, tendo^em perfeito esquecimento todos os excessos políticos" án-tenores áquelle dia. Não serei eu pois qt^em venha traze4os outra vez á discussão: efitreíanto se me obrigarem" a isso, voltarei a failar nelles, o que farei eoírTpezar. Terminarei dizendo que eiri quanto á frase, de q«e^ se serviu o Sr. Deputado , notando a impropriedade de eu ter failado- na sua éonducta, "declarando que tal frase era anais de um Livro mestre de Regimento dó que Parlamenta'?^ a isso respondo que nós outros Militares só nros- laxados de ignorantes, -e quê síobrè a propriedade d'uma .palavra, o Professor de Diíéi'.-to da Universidade de Coimbra pôde segwamefite ao Militar dar um qmrsáoi (Riso). - • . • • :

O S'r. V ice* Presidente : — Coilocadò n'estâ posição pela vossa bénevolcíícia , õ 'meu dever, assiiri eò,-mo o meu maior desejo, é concorrer pára- çj"ãe: â-^ nossas discussões sejam u-oí meio dê nos escl;a'-r-eí*eF mutuamente' e1 não uma foíste irrexatínvel de'â>;ethí»

«i e. s e irritação-;' corramos tyfti véu ^ofere às- fiessaã passada^ "divisões , que ei>fr$queéêi9> % Pai-2 , " e' nós tornariaifí tóenos próprios pfífá"ácurílÍY" ás sua& iuBcesr sidades í e -p^recisó cjue no&deátíngãnémò?, que não Ha homem de Estado até boje qiie não esteja já julgado

pela opinião publica, segundo o seu merecimento. Peço aos Srs. Deputados que evitam toda a sorte de personalidades á imitação de três nobres Deputados , que, lendo sido provocados honlem, untes quizeram ficar debaixo de impressões dolorosas do que entrar no caminho das recriminações. Pela minha parte , em quanto occupar este logar, etiver ovossoapoio, hei de sustentar assim a liberdade da tribuna, como a dignidade de vossas deliberações. (Apoiados repetidos).

O Sr. César: —V. Exc.a preveniu-me ern grande parte j porque eu queria dizer pouco mais, ou menos o que V. Exc.a disse: isto é, pediria aos Srs. Deputados que entrássemos na discussão com sangue frio, e moderação, e que deixássemos o caminho de desordem , e de repetidas personalidades, e outras cousas sitnilhantes, que são muito desagradáveis, e que não podem ter outro fim senão transtornar esta discussão. Eu estou convencido que se formos assim, no resto do tempo, que nos falta desta Sessão, nãa faremos senão discutir a resposta aodiscurso doTlvro-no. Quando se tractou de discutir, ou não discutir

0 Projecto na sua generalidade, alguns Srs. Deputados oppozeram*«e á discussãq geral, e eu apoiei, e votei com aquelles meus iliustres Collegas que votaram nesse seníido, porque assentamos que ha artigos r>a resposta ao discurso do Throno, cm que tudo quanto se dissesse na discussão da generalidade não evitava adisseussão especial, e assim tornava-se uma discussão duplicada , porque os Srs. Deputados que não podem agora failar na generalidade, é porque já fallararn duas vezes, mas porventura por isso deixam de failar na tnesma matéria, quando se entrar na especialidade? Não, porque quando chegarmos á especialidade podem failar duas vezes em cada um desses paragraphos, porque têem direito a isso. Mas, ó Sr. Presidente, a dizer a verdade os dous mezes que nós restam não chegam para isso, e então sahi-wios d'aqui, dizendo aoa nossos Constituintes:—discutiu-se a resposta ao discurso do Throno, e eram estas todas as vossas necessidades, e interesses; discutiu-se ; estais remediados. — Portanto , Sr. Presiden-.te, pedia eu a V. Exc.% e aos Membros da Com-missão ( que esses vejo eu que não querem agora failar) que se entendesse já bastante discutida a generalidade,, e que V. Exc.a consulte a Camará a este respeito.

O Sr. José Estevão: —Eu, Sr. Presidente, votei que se-discutisse a Resposta ao Discurso do Throno na generalidade, porque entendia que era claro á Camará o que era uma discussão na generalidade, iiias agora entenèl& que nos podemos desacreditar, se continuarmos mais tempo nesta discussão. Na Resposta ao'discursô do. Throno em França, fallaram dou« ou trêsD^èputados sobre as questões maisvitaes, eentraram-logo na especialidade, eseguraroénte òs^ob^ jeçtbsj que tinham a tractar, apresentavam resíiHad-os muito mafs: ítnporíantès do qvie os nossos. Nesta discussão item-se failado tanto naespecialitíade, aponto {•Si, .que já algurikis matérias estâo-disculidav; porem aCo0jm?ssafe-,' coítoo vê que estas matérias ainda hão-diá/fef uma'segtinda discussão na especialidade, por