O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

confiança commercial 1 \! .. Pois os caracteres, que existem á lesla daquclla companhia não merecem essa confiança ao Governo?... Pois merecem-na ao Paiz! (vivos apoiados), pois merecem-na ao commercio ! (muitos apoiados); se um desses caracteres não existisse em Portugal, nós não estaríamos aqui. (apoiados geracs) Quem noa ajudou a salvar a liberdade das garras do tyranno e a restaurar o usurpado Throno da Rainha ? Não seria um desses caracteres, que hoje parece.inspirar tanta desconfiança ao Governo! (apoiados) Bem moço era eu ainda, e já era proverbial entre os meus e entre aquelles, que me cercavam a probidade dos Quin-tellas e dos Braamcamps (apoiados)j ainda eu era bem moço e já estes nomes soavam aos meus ouvidos como nomes respeitáveis e venerandos—no-i«es de homens de grande valia (apoiados) de homens abastados, de homens de indisputável honradez e desinteresse commercial. (muitos apoiados)

E então para que vindes melter a política n'uma cousa, que é inteiramente económica e administrativa? Pois se esta companhia é uma companhia de homens abastados, se esta companhia e uma companhia de homens probos, de homens em quem senão pôde deixar de ler confiança moral, para que se diz que as caixas económicas não estão alli bem ?!. . (vozes: — Muito bem, muito bem.) Não pôde ser — por este caminho não pôde ser — não se pôde rrar-char por este caminho — e semente a justiça a que pôde servir de guia ás Nações e aos Governos, e somente pela justiça que se podem governar os povos. E ai de quem a não respeita! Ai de quem a posterga assim !.. .

Mas que responderão os defensores deste projecto quando se lhes disser — as ca i xás económicas acham-se instituídas no nosso Paiz, e acham-se legalmente instituídas apesar dos sofismas, que se empregaram para demonstrar o contrario, e eu o provarei. «Mas supponharnos por urn momento, que não estão legalmente auctorisadas. « Quereis por isso destrui-las? Quereis acabar com cilas?—Hão de dizer que não; mas o projecto diz que sim. (apoiados) Dirão que não ; porque seria uma contradicção indecente affirmar, que uma coisa e boa, e que deve destruir-se por isso mesmo , que e' boa. Mas o facto e, que querem destruir o que existe. Pois quem não vê , que dando-se privilégios exclusivos a urna companhia, e não se podendo fazer concessões algumas es-pecíaes ás outras, porque assim o determina o projecto, hão de acabar as caixas económicas já instituirias para se levantarem sobre as suas ruínas as da Companhia Confiança. Os privilegio* só para a Companhia Confiança!!! Sr. Presidente, este alvitre é indecente, (apoiados)

A asserção de que não havia entre nós caixas económicas também uie pareceu insólita. Pois então quem e' que não sabe que de facto existem as caixas económicas não só em Lisboa e no Porto , mas também em Évora e Coimbra? Quem é que ignora isto ? — Agora de direito ; quem e que ignora que a Dissociação geral do monte pio tem uma caixa económica legalmente auctorisada pelo governo? Ninguém o ignora, sobretudo depois que V. Ex.a do seu logar o demonstrara hontem nesta Camará? Ninguém ignora que esta caixa económica foi inslallada no dia %á< de Março de 1844 com auctorisaçâo do goveino, e que desde esse dia no SESSÃO N.° 5.

escriptorio da associação na Rua da Oliveira se tem recebido, e continua a receber os depósitos?" Por consequência, Sr. Presidente, eu pasmei quando ouvi dizer: que não haviam caixas económicas. Mas para que se disse aqui que não havia caixas económicas? Era para fugir ao odioso, para fugir ao argumento irresistível de que se não podem dar privilégios a uma companhia que apparece de novo, quando ha outras que já instituíram a mesma cousa.

Mas, Sr. Presidente, esta discussão podia ainda caminhar de uma maneira mais ou menos vantajosa para os que defendem o projecto antes de se ter apresentado nesta casa a proposta de uma com* panhia que diz — eu quero instituir as caixas económicas, eu quero obrigar-me a todos os encargos a que se obriga a companhia confiança nacional, mas eu não quero o odioso dos privilégios—dos privilégios que são contra a Carta sempre que não são concedidos por utilidade publica — e aqui não ha utilidade publica, por isso que ba uma companhia que quer fazer o mesmo sem concessões espe-ciaes; senão houvesse uma companhia que quizesse aceitar estes encargos sem estas concessões poder-se-ia dizer: « fazern-se as concessões para que se instituam em toda aparte as caixas económicas, por isso que as caixas económicas nas províncias ha de ser muito difficultoso institui-las ; dão-se estes privilégios em remuneração do gravame, e das dificuldades com que esta companhia ha de luctar para estabelecer estas caixas nas províncias;» mas ha urna companhia que diz—-eu quero estabelecer as caixas eco* nomicas nas províncias, do mesmo modo que as estabelece a companhia confiança nacional j mas eu não quero privilégios, porque aos privilégios resiste-lhes a Carta — sim; resiste-lhes a Carta que só os concede por utilidade publica, e — já não ha utilidade publica desde que uma outra companhia abonada, e tão capaz como a outra quer fazer o mesmo sem privilégios. Â isto não se pode resistir, pôde-se votar, pôde-se decidir o contrario, mas não ha força de raciocínios que possa destruir aconclu-dencia d'estes argumentos (apoiados).

Mas que faz o governo com este projecto estabelecerá por ventura ascaixas económicas ? Eu penso que não, eu penso que o que elle vai fazer e' matar as existentes. Quer V. jEx.a saber a rasâo, é porque a confiança publica não se commanda, conquista-se; e não se conquista pelo que proclamam os Ministros dos seus bancos; conquista-se pela opinião de abastança e de probidade que o publico considera em certos homens ou em certas coisas (apoiados).

Sr. Presidente, se a confiança publica não convergir para a companhia confiança embora o governo diga — esta e que é a companhia em que eu ponho toda a confiança, e a minha predilecta—não ha de ser por isto que lá hão de ir os depósitos (apoiados). O povo dirá—-são as caixas económicas do o-overno, não nos fiamos nern nellas nem

O '