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que se linde querer uma habilitação especial para esta herança, será talvez para tudo isto ser e?pe-cialisado. O que entendo, Sr. Presidente, e que esta disposição vai atacar o direito commum, ou ao menos vai altera-lo sem necessidade ; quanto a mim não vejo para que isto seja necessário.

Este §. 5.° é o em que o Governo se offerece a dar o edifício para se collocar o estabelecimento; nesta parte não tenho a dizer senão, que oxalá que se tivesse verificado isto para todos os estabelecimentos, porque escusaríamos deter visto muitos delles arruinados, e outros vendidos por uma baga-tella. (leu)

O art. 4.* e' contra todos os princípios governa-mentaes.

Eu não sei realmente, quanto a este principio ex-clus vismo, em que se funda o Governo. — Se o Governo quer acertar, se quer estabelecer uma verdadeira caixa económica, qual e a rasào porque não hade ouvir a todas as companhias?... Qual hade ser u rasâo, porque quando vem uma companhia propor, que está prompta a fazer o mesmo que a companhia confiança (sem as concessões que o Governo quer dar áqnella companhia) o Governo lhe hade dizer u comligo não quero nada, porque não tenho confiança em ti» —esta foi a rasâo, que apresentou o Sr. Ministro do Reino, áquella proposição feita pelo Sr. Fausiino da Gama . em nome da companhia União Coinmercial, quando disse «eu não adrnitto condição alguma».

O Sr. Ministro do Reino: — O Sr. Deputado principia por não dizer o que eu disse.

O Orador: — Pois V. Ex.a não disse isto?...

O Sr. Ministro do Reino: — Não disse nada disso.

O Orador: — Enganei-me, rnas eu lembro-me que V. Ex.a disse ao nosso collega o Sr. Faustino da Gama « o illustre Deputado não diz que não tem confiança no Governo!....

O Sr. Ministro do Reino: — Se o Sr. Deputado me permitte , et» repito o que disse.

O Orador: — Com toda a satisfação.

O Sr. Ministro do Reino: — Como se linha levado muito a mal que o Governo preferisse negociar com a companha Confiança, disse eu, que não se deviam admirar; porque desse lado se tinha primeiro apresentado esse argumento, e que assim como o Sr. Deputado e presidente da companhia União Commercial tinha declarado, que não tinha confiança no Geverno, não era de esperar, que eu como Membro do Governo a tiresse nelle. Isto é inuito differente do que o que disse S. S.*.

O Orador: — Essa mesaia era a idca que eu tinha, e e a esse realmente o juízo que eu fiz da propôs cão de S. Ex.% e declaro que me maravilha ver sah r dos bancos dos Ministros uma lhese tão fer-lil cm absurdos; eu não esperava que tal sahisse des>f-s bancos , e estou persuadido que, se V. Ex.0 meditasse um pouco, não o diria (Ò Sr. Ministro do Rino: — E hei de ratifica-la).

O Orador: — Eu admiro-me de que dos bancos dos Ministros saiam taes expressô&s, que ura homem da oppoziçâo dissesse isso, transeat, porque essa é sua linguagem. —Mas, 8r. Presidente, que differença não ha de confiança política á confiança de contractos? Deus nos livre de semilharite sistema; por tanto eu rejeito tal these (O Sr. Mi-SESSÃO N.° õ.

nistro do Reino: — Faz bem) O Orador: — Que lern em visla o Governo, quando diz que não tem confiança em homem nenhum, da opposiçãp ? O que quer dizer, e erigir um muro de bronse entre nós. Pois nós não nos estamos a elogiar por termos tractado dos differentes negócios, que tem findo á Carnara, sem espirito de partido? E daquella porta para fora não estamos tractando com todos, dos negócios particulares da vida sem excepção nenhuma, então o que quer diser isto ?. . . O que quer dizer e qua o Sr. Ministro quer estabelecer um muro de bronse , porque quer que a política chegue a todas as cousas: entretanto eu declaro aos Srs. Ministros que tenho nelles toda a confiança, como homens, e que não lha tenho como Ministros; ré. tirem-se dessas cadeiras, vão lá para fora, tractem comigo sem ser em política, que verão se eu me não presto a tudo, porque tenho toda a confiança nas suas pessoas, rnas não como Ministros e o mes-«10 me acontece a respeito da maioria, porque tenho ali muitos amigos, e declaro que amo a todos os membros delia, tenho, como já disse, muitos amigos particulares na maioria, e eslou promplo a tractar com todos: portanto a confiança política não pôde entrar em linha de couia para os contractos civis; e só lastimo que dos bancos dos Ministros se diga isso; Deus me livre de estar debaixo do peso da responsabilidade que sobre elles lhes cahe a este respeito. — Segundo u doutrina de S. Ex.a um homem porque não tem confiança no Ministério, está inhabiliiado de se traclar com elie em todos os negócios da vida? Isto não e possível : ! !

Eu como como homem da opposigào devia estimar que isto assim passasse, mas o Ministério não sabe o rnal que faz a si com isto. Isto e, salvo se o Ministério se funda na vontade dos povos, e conta que elles hão de ter a confiança nelle, e vir ali dar as suas sobras, mas se a não tiverem?...

Eu como homem da opposição devo declarar,