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trei já ali es vereadores, e mais algumas pessoas que os acompanhavam, fall-ando com o sr. ministro das obras publicas. Recebidas aã ordens de El Rei foram ãdoiittidos á real presença, e apresentaram uma representação que leva-yam, Havia no largo das Necessidades uma porçSo considerável de gente, eotMpréheiiitendo àotnêtt«} -algumas mulheres e crcança», que deram vivas ã BKRei, o Penhor D. Luiz, e a El-Reí, o Senhor B, F«rmndo. Então chegaram Suas Magestade» á jwnélla, e flepcés de o Senhor D. Fernando agradecer o interewê qu-e 'tfftíiavam pela saúde dtt família real, reoommendou-lhes que se retirassem para suas casas. Os vivas porém continuaram, ouvindo-se depois alguns morras.

Até este momento, em que começaram este» vozes aedi ciosas, tudo se tinha passado, nlo digo com ordem, "porque quando se dfto factos taes nào pôde haver ordem regular, mas sem exce^os de natureza tal que se tornasse neoe^aario e emprego da força para dissolver aquelle ajuntamento de povo, que tinha por causa o doloroso sentimento pela perda de El-Rei e de aeua augustos irmâ"os, sentimento que era geral em todos os portiíguezes; e em presença doesta cír-cumstancia nenhum ministro devia tomar aresponsabiMade de mandar pela força dispersar as pessoas que demonstravam sentimentos que eram pommuns a todos (apoiados), ^Não creio portanto que, até aqui, o governo mereça censura algnma por não ter lançado mito da força para dispersar aquelle ajuntamento (apoiados}.

Depois houveram vozes de morras dados aos era. conde da Ponte, marquez de Picalho, conde deThomar, marquez de Loulé, e a outraa peasoas.

Em presença d'estes gritos sediciosos era necessário que a atictoridade tomasse outra attitude: e ae antes d'elles não havia motivo plausível para empregar a força, antes sim para proceder com brandura, é evidente que depoia de se darem esses gritoB sediciosos aã cousas haviam mudado de face.

Achava-se no palácio o governador civil e o administrador do bairro, e mandou-se chamar a companhia da guarda municipal estacionada era Alcântara.

O que agora vau referir pertence á minha responsabilidade particular.

Dei ordem ao commandante da força para procurar por meios suaves dispersar aquella repniSo sem o emprego de meios violentos, e é d'eate modo que a guarda municipal se tem conduzido em outras occasiSes, obtendo por um conjunto de presto e de conselhos o desfazer os tumultos e restabelecer a ordem. Repito, sr. presidente,' que dei ordens n'este sentido, porque me pareceu, e ainda parece, que eram as mais acertadas em vista das circumstanciaa que já cxpuz á camará.

A gente reunida havia vindo ali para pedir a El-Rei que, para bem da sua saúde deixasse aquelle palácio, havia dado vivas a Sua Magestade, e a sua deputação tinha tido a honra de ser recebida pelo Soberano; estes factos não permittíam que eu podesse consentir em que na frente do palácio real se desse n'essa raeama gente pranchadas ou cutiladas (apoiados).'

El-Rei partiu para Caxias áa cinco horas da tarde, acompanhado da guarda municipal até á ponte de Alcântara^ e depois começaram a dissolver-se os grupos de gente que estavam no largo das Necessidades. JEntão parti para o ministério da fazenda. Mas antes d'isso receberam-se noticias no paço de que começavam a reunir-se grupos de gente no Terreiro do Paço, e em vista d!esta noticia escrevi ao go-neral commandante da l.a divisSo militar, para que po-zessse a força sufflciente á disposição do sr. presidente do conselho, a fim de restabelecer-se a ordem e manter-se o socego da capital. Devo referir que, quando eu e o meu col-lega, o sr. ministro das obras publicas, vínhamos do paço, foi retida na calçada da Pampulha a carruagem em que vínhamos, e a gente que nos deteve sabendo quem eramoa deixou-nos passar, Vindo nós em direcçfto ao Terreiro do Paço vimos muita gente reunida entre aquella praça e o largo do Pelourinho. %

Á porta do arsenal pessoas conhecidas informaram-nos de que os meus coilega» se achavam dentro d'aquelle edi-ficio. Com effeíto ali os encontrei, e combinámos em ir para o quartel militar dos marinheiros em Alcântara.

No arsenal de marinha escrevi ao general conde de Santa Maria para que fizesse reforçar a guarda do arsenal. Quando escrevi contava eu ficar ali, mas notando depois o inconveniente de nSo haver facilidade de oommumcaçEo com as auctoridades, julguei mais conveniente acompanhar os meus collegaa até ao quartel doa marinheiros miliraros. Chegando ali mandei chamar immediatamente o coronel commandante de infanteria n.9 11^ o brigadeiro graduado commandante de infanteria n.0 7, e õ coronel de cavaila-ria rt.° 4, que se achava em Belém; aos dois primeiros dei logo ordem para no caso de ainda haver algttraa gente reunida nas vizinhanças das Necessidades, faze Ia retirar immediatamente, e ao coronel José de YaseonteUo* de ca-vallaria n.° 4 dei o cominando de toda a eavallaria e infanteria qne estava em Belém, e ordem para lançar patrulhas durante a noite desde Belém até á proximidade do paço das Necessidades, para dispersarem quaesquer grupos que encontrassem. Constou-me entSo que alguns indivíduos haviam ido aos quartéis de Belém para provocar os soldados a insubordinarem-se. Em consequência d'esta participação dei ordem para que no caso de os agitadores appa-reeerem novamente nos corpop, estes oa segurassem e tomassem testemunhas e os remettessem á auctoridade civil. Dei também toda^ estas ordens de acoordo com g& meus colíegas. (O sr. MiniKtro âa Fazenda:—Apoiado.) Ordenei ao coronel Va^eoncellos que no dia seguinte se achasse com uma parte da, força do seu commando no Terreiro do Paço e fizesse patrulhar a cidade baixa e as proximidades do pa-

lácio das ôôrtes, porque julgámos provável que houvesse no dia seguinte alguma rennito «edtcíosa, para eer logo drsper sada*p«r taeío da força.: O^gofveraador' civil; por ordetn do sr. prôsfâettte do conselho, finha rníratf&dõ imprimir e Afihtftf nos kfgfmès publico.? um eéitâl prohíbtndo o« ajuntamentos, e dalerrititáíido qu« f» ifiâivMuoê qáe rr-fltt» se achassem, no e»»o de nFí<_ que='que' mltehaãm='mltehaãm' com='com' competente='competente' aufctóridsdia='aufctóridsdia' proximidades='proximidades' dispárftrêif='dispárftrêif' dei='dei' do='do' cidtde='cidtde' armaém.='armaém.' andante='andante' íorça='íorça' ordem='ordem' éôrtt.='éôrtt.' pois='pois' mwndàdo='mwndàdo' fiesa='fiesa' a='a' baixa='baixa' pla='pla' fonte='fonte' em='em' assim='assim' m='m' ao='ao' p='p' pa-keio='pa-keio' au='au' pá-tmhusr-fc='pá-tmhusr-fc' dáuperade='dáuperade' da='da' íwem='íwem'>

Aã deeordews do dia 25 tiveram logarprincipalmente da rantô a tarde e" «noite. Um wans%rf>f eotisidWavel de sedições oeeorrid» em ILiftbtía tem tido legar de tarde, Tenho pré» senciado iívôrsaè desde 1820,- asráfti «ao que sfr pawou por occasifto da fuga para Yilla ÍVanea em l S 2$, presenciei a chamada archotad* em 1827, ~& muitas outra*, 'Damos pois aquellas ordens de prevençfto, e com efeito, tta tarde do dia 28 appareceram no Terreiro do Paço, e ima Mta* adjacentes alguns grupos que na1 o quiseram dispersar, e fizeram pequenas provocações á tforôa armada. Enltto empregou-í»e a força para oa dissolver segundo se achava indicado no edital do governador tsivil, que prohíbia m reu-niSea e ordenava « sua dispersio pela forca, se nEo obedecesse á intimação.

Havendo anoitecido e continuando as reuníSes na cidade baixa, entendemos que se devia fazer acabar »ewdemora com estes tumultos por meio ^.a força armada, procurando ao meamo tempo nlo fazer sangue; para esse fim mandei vir para a cidade baixa um bstalhEo de eaçadores, e havendo posto oa lanceiros ás ordena do commandante d'este batalhão, ordenei-lhe que fizesse capturar d'entre os turnul-tuarios quantos indivíduos podetse, e que os enviasse ao arsenal da marinha onde seriam recebido». Pouco depois foram ahi recolhidos de duzentos a trezentos dos ditos indivíduos. E tratando a mesma, força de fazer mais capturas nSo o poude levar a effeito, popque os grupos restantes dis-persaram-ae promptamente. Devo declarar qu« os comraan-dantes de infanteria e de cavatkria, bem como os seus subordinados, fizeram bons serviços nfesta occasilo. (O sr. Ministro da Fazenda: — Apoiado,)

Depois e por ordem do sr. ministro do reino, os indivíduos capturados foram interrogados pelos administradores dos bairro», e pelo governador civil. Foram desde logo postos em liberdade aquelles indivíduos que eram simples curiosos, e os outros foram entregues ao poder judicial pelas auctoridades civis.

Por esta maneira simples acâbou-se completamente a desordem e resíabeléêeU'i*e o socego publico,"de tal sorte que havendo poueas semunas depois uma grande reunião de povo, por occasifio de «erem lançados ao mar dois navios, nâ"o occorreu nenhuma desordem. Foi precifio referir-me a estes acontecimentos para mostrar que a maioria da com-missão nSo apreciou com justiça oa actos do governo, quando é certo que o governo mostrou a sua acçSo em todo o tempo que duraram as desordena, o que se mostra pêlo modo seguinte:

Na manhã do dia 25, e na occasiEo dos ajuntamentos no largo das Necessidade?, o governo deu ordens, e o mesmo fez depois da saída de El-Rei que ae eff^etuou pelas cinco-horas da tarde; depoia expediu ordens do arsenal da marinha e em seguida do quartel dos marinheiros. Também deu ordens na manhã do dia seguinte, e até que fez acabar os tumultos, (O sr. Ministro da Fazenda; — Apoiado.) Portanto é inexacto dizer que o governo cruzou os braçoa, quando é certo que oa minjstros durante todo o espaço de tempo em questão, deram ordens ás ditfereutes auotoridades publicas para cada uma d'ellaa fazer aquillo q«e se lhe indicava. Agora, se a maioria da conamíaslto quer «preckr se essas ordens eram ou nSo eram as mais convenientes, éi«so outra questão; e a este respeito direi sónlente, que ha grande diíferença entre a apreemfiõ que «e faz dentro do gabinete, por quem não presenciou o» facto*,"% a ,apreeiftçlQ feita por quem os obaervott pessoal mente. (0:tr. Ministro da, Fazenda:— Apoiado.) Por exemplo, díríjo*roe ao digno i par marquftz de Ficalbo, que ettá pre*ontô4 que indicou o que se passou com s. ex.a no palácio de Bolem, quando alí foi um grande grupo de indivíduos que pretendiam tnmul-tuariamente ver o Senhor Infante D. dolo. Estet indivíduos, nfto querendo ret!rar*8e, podiam ser m»»dadot dispersar pela roroa, porque era um desacato que praticavam queren* do eátmr por força no quarto do Príncipe moribundo: mai que fez enfilo o digno par que tinha tropa i sua disposição? Fez o que devia fazer; como/ homem prudente, permittta que três de entre elles entrassem no quarto do Senhor Infante, o que fizeram retirândo>ae logo. Entretanto pôde ha-vt.-r alguém que julgue que aquelles grupos deviam ser dis-ppmados por meio da, força, e haverá outros que lottvem a incito do digno par, E eu sou um dos que louvam o seu pr'M-f»dimonto: pois que eu enteado qi» sempre deve haver uma extrema prudência no emprego da força arretada-, especialmente quando dfesse emprego pôde reaultar éçwaína-mento de sangue; © penso que emprego «e^wé fazer prtmpute depoia de esgotados todos os meios sunwffl fapoia-dos).

Direi agora que qualquer que seja a opiníHo ê» «amara, ainda que censurasse estes actos do governo, «a uRo aceitaria a sua censura, e digo que a rato acertar» ^petf ae tenho a convicçSo de que o governo eumpriu feeai ® seti dever. Vou eoncluir, porque oa meus coilega» twaÃem hAo de foliar sobre eata questão. Sinto que este asattmpto ae esteja tratando n'esta éamara pela maneira qu,ec«e teea seguido, c que d*«H« m tenha querido fazer uma ques®o politica? quando é apenas uma questSo de policia. (O sr. Ministro da Fazenda:—Apoiado.) Direi também que a ^dmínistra-gão actual ainda nio teve a mínima demonstração de que

não nserêèia a confiança, da coroa; direi afacb fae administração acaba de receber a maior ^detaoafltra confitoça qtte podia obter tia" camará doa senhores dos: e*terminarei dizendo, qae eu entendo que « gavetão faltaria ao seu der«r, «e, qualquer que-seja a votaçSo doesta camaíra ítfbre o objecto de qu« BÔ trtifea, elle aconselhitssõ ao ehefi do estado a dissolução da camará electiva, oà% demítrto fio ministério.

Tr<_5ííésf--Deu p='p' a='a' hora.='hora.'>

O ar, Pr.esitl&nte:—Continua âraanhíl a raesma ordem do dia. '

E>Tíáfievantada a sesàto.

Eram ouatro koras e meia da ta,rd&.

Relação dos dignos pares que estiveram presentes na sessão de dia 7 de fevereiro de 1862

Os srf». visconde de Castro; marquezes, de Alvito, de Fi-calho, de Fronteira, de Loulé, das Minas, de Niza, do Pombal, de ValUda, de Vianna; bispo conde; condes, das Alcáçova», de Alva, doa Arcos, de Avillez, de Bornfim, da Louzíl, de Mello, de Me^quitella, de Paraty, de Peniche, de Rio Maior, do Sampaio, do Sobral, da Taipa, de Tho-

mnr; bispo de

viscondes, do

de BakemSo, de

Beuagazil, de CaítellSes, do Fonte Arcada, de Gouveia, de Monforte, de Ovar, de Sá da Bandeira e da Praia; barSes, de Ancede, de Pernes, da Vargem da Ordem, de.Foscoa; Ávila, Mello e Saldanha, Pereira Coutinho, Sequeira Pinto, F. P, da Magalhães, Ferrío, Costa Lobo, Margiochí, Osório e Sousa, Aguiar, Soure, Larcher, Braamcamp, Pinto Bastos, Reis e Vasconeellos, íaidbro Q-uede», Jo«é Lourenço da Luz, Baldy, Eugênio de Almeida, Silva Sanches, Fonseca Magalhães, Vellez Caldeira, Brito do Rio, Sebastião José de Carvalho.

CAMARÁ DOS SENHORES DEPUTADOS

RECTIFICAÇÃO

O discurso do fir. presidente, publicado a pag. 478, 2.° col,, lin. 87, deve ler-se rectificado da maneira Pôguinte;

O sr, Presidente:—Eu lembro aos srs. deputados que esta questão não é para se tratar aqui, nem é admissível que dois srs. deputados estejam a discutir entre si, se uma camará municipal procedeu bem ou mal no exercício das suas attríbuiçtJes. As partes interessadas nos seus actos podem recorrer na fórròa das leis, e aos srs. deputados só compete o direito de chamar a attenção do governo ou in-terpella-lo sobre a falta de observância da lei, a fim de que prosiga convenientemente.

Recebemos folhas de Madrid, de 11 do corrente, de Paria de 7 e de Bruxellas de 8,

A Chronica dos Dois Mundos publica á» tátima hora os

TEMGBAMMAS

Turim, 10 de fevereiro — Ricasoli, que sente vãcillar o seu poder e que dispô*e de forças para resistir aos ataques que lhe s3o dirigidos de todos os lados da camará, propoz uma allianca á extrema esquerda que se compre quasi exclusivamente de garibaldinos.

Esta resolução faz suppor que se preparam acontecimentos graves para breve, e que talvez ae trave a luta com a Áustria.

O espirito publico reanimou-se com esta esperança.

Nápoles, 9 — OA partidários deQ-âribaldi esperam por elle em Nápoles, porém n&o »e crê que o general de já este passo.

Paris, 10\ — As esquadras franceaa e ingleza, segundo m noticias que se receberam, chegaram a Buenos-Ayrei.

Oiroula, com grando consistência, o boato de que a Inglaterra e França tencionam intervir n'aqu«H» republica.

Telegraramas publicados pela Govreêpanilmda dó Eg-paíía:

Londres, 11 de fevereiro — Reeeberam-ae noticias de New York que alcançam até ao dia SÓ,

O general Gorcrecia chegara a Washington encarregado de uma missão pelo governo mexicano.

Duas divisSes do exercito federal avançavam paraSpring-field.

Os periódicos de New York publicam noticias do México. Oa alliadou estavam descontentes, porque os habitantes do paia, sem excepçilo alguma, os receberam muito mal, Houve ura conflicto serio entre um regimento francez e outro heapanhol.

Paris, 10**~~Q tratado commercial entre a França e o Zollverein apresenta ainda algumas diffieuldades.

Turim, 10 — A França insiste com o governo de Turim para que reprima a anarchia, evitando assim manifesíaçies revolucionaria».

Berlin, 10 — Augmenta a animosidade entre a e a Áustria,

Continuam os preparativos de guerra no Holstein*

Berlin, 9 — Cau«ou grande sensação a prisão de litteratos, entrando n'este numero os «n» Ghrenberg e Kars-jewski,

Londres, 9 — As noticiae de New York ftlefínçatn até ao dia 2õ. O general Arthur havia ápreaeotad» á aasembléa legislativa de New York Um proj«eto sabre a fortificação d'este porto.

Dizem de Washington, com ígualdataj que a insurreição do Kentucky se acha reprimida em consequência da derrota de Lullifa, cujo corpo àe eseretto debandou.