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livre—Portanto depois doesta» declarações não admira que a maioria influa hoje no Governo. Sr. Presidente , foi preciso dar a esta discussão o caminho q »e ella tem seguido, a-fim de não obrigarmos os Sr». Ministros a (pronunciarem uma fraze, que para nó à representa -uma grande questão.

Eu sei, « o sabem todos, que o Ministério se ha* via de apresentar aqui com um caracter moderado, •depois ter feito cessar todas as medidas extraordinárias, de que tinha lançado mão, e dizer que por--ora ainda era necessário conservar os Batalhões. Sr. Presidente, embora se conservem os Batalhões, mas o que se pertende e' que se oonservem por um meio legal: muito embora-ellês fiquem servindo, mas se» já em virtude de -uma Lei sanccionada pelo Corpo Legislativo, tanto para à dignidade do Governo, como para a dignidade da Camará: eu já me contento que venha-p Decreto do Governo, mas que este seja sanccionado pelo Corpo Legeslativo.

Eu disse que desejava que o Governo tivesse maioria para nos não daí coques: o Governo entende que se não tivesse maioria ievaria elle os coques: assim é costume, mas-eu entendo que se enverteriam as formas, .porque um Ministério ião fraco, que tem praticado todas as abjeções, e todas as contrariedades, não pode levar coque, porque «e não tivesse maioria, o que é a Camará l E' o resultado de uma eleição.; não tendo pois o Governo a maioria dissolvia a Camará-, e procedia a novas eleições; se ainda assim a não tivesse, tornava -a disso]vê-la e pró-der i a ainda a outra, e não podendo ainda obter, dissolve novamente a Camará, suspendia as garantias, e como o Sr. Minisiro disse que a Constituição era de todos -os Estados, ia buscar a Constituição da Rússia e regia-se por ella.

O Sr. Ministro declarou que o 'desenvolvimento que o Paiz -manifestou nas-eleições era significativo: o Governo agora pode fazer mais, e' arregimentar os Batalhões, e manda-los votar com listas carimbadas. Este principio é de muitas Constituições, isto mesmo suceedeu em «ma Constituição que exis-tio no Paiz em 1832, 1833, em que os poderes do Estado estavam nas mãos dos caceteiros. Sr. Presidente, -esta medida do Governo para a formação do» Batalhões não está prehenchida em todas as terras do Reino. Quando se mandaram organisar os Batalhões debaixo do prestigio da Independência, ainda alguma cotiza o Governo pôde conseguir, mas hoje que já não existe esse prestigio, por certo'na formação d'esses Batalhões ha de ser tanta a anarchia quanto* são os Batalhões, osCoroneis, osCaptitâes, os Cabos, e os Soldados. £ Eu bem sei que n'esta questão dos Batalhões ha

uma paixão pela antiguidade, eu sei que ha quem deseja ainda uzar dechapeos armados ataviados com muitas plumas: alguns dos Srs. Ministros são apaixonados ,por estas antiguidades, porém outros não.

Eu vou terminar; Sr. Presidente, eu pertenço-á opposição, e par isso e escutado fazer mais declarações n'esse sentido; e devo dizer ao Sr. Deputado, que eu não faço carapuças para ninguém, nem tenho geito para as fazer: eu não me referia ao Sr. Deputado que «da opposição volante, opposição que não pode ser constante, porque não pode haver op-poaiçôes aerias, ha de cahir uma vez.

Agora o que eu pertendo, é que os Srs. Ministros me digam alguma couza d'este interinamente, se é um interinamente verdadeiro, ou se é um tnterinà-mente eterno, isto é se este interinamente ha de durai eternamente..... (O Sr. Ministro do Reino: Eu já disse o que devia dizer sobre esta questão ) O Ora» dor: Ora isso não é resposta. (O Sr. Ministro do Reino: Eu costumo responder ao Sr. Deputado conforme me costuma perguntar ) O Orador: E eu pergunto a S. Ex.* conforme me responde; e em fim acabamos com isto, nada se die a lespeito do tal interinamente, e o que eu concluo e que o interina" mente será eternamente.

O Sr. Ministro do Reino: — Para uma explicação (vozes i Já deu a hora) pois bem não posso dar a «xplicação não darei (vozes: Falle — fallé outros: Já deu a hora)

O Sr. Seabra :— Eu desejava fazer uma declaração muito simples.

O Sr. Presidente*. A hora já^eu, e eu vejo que já não ha Camará, porque não ha o numero legal.

O Sr. J. A. de Magalhães: Eu quero declarar á Camará, quer tenha dado a hora quer não tenha, já que a discussão chegou a este ponto, e S. Ex." o Sr. Ministro do Reino deu occasião a ser absluta-mente necessário o dirigir-lhe uma pergunta que é de summá importância e que não se pode deixar de fazer (apoiado), porque entendo que não se pode deixar de dizer mais alguma couza; porém .de a Camará quer que isso se não ,faça, muito bem, eu não insistirei.

O Sr. Presidente : — A hora já deu ,, eu vejo como, já disse, que na Salla não estão quasi nenliuns Srs. Deputados, e que se continuar a dar a palavra, então ha de ser pela sua ordem; e então parece* me qne seria melhor deixar isto para amanhã, isto é para a primesra Sessão. (Apoiado)

Amanhã a Ordem do Dia e' Commissões.—-Está. levantada a Sessão.

Eram quatro horat e três quartos da tarde.

N. 8.

10

1841.

S,

Presidência do Sr. Pestana (V- Presidente).

"endo perto d'uma hora disse O Sr. Presidente: — Não ha numero sumciente de .Srs, Deputados para a poder abrir a Sessão.

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