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lar alli o producto díis suas economias: primeiramente ha de ter nina guerra comsigo mesmo, e com os hábitos que tefii contraindo; ha de aquelle que for jogador livrar-se deste vicio ; ha de aquelle que gasta o que tem nas tabernas, tirar-se desse vicio; ha de aquelle que tem outros costumes livra.r-se delles: e isto não e tão fácil na natureza humana. Oh ! Sr. Presidente, de certo que isto não é tào fácil como se tem dito ! E por consequência a primeira cousa que se apresenta de mais importante neste projecto, é sem duvida nenhuma o dar incentivo ao povo para que elle possa desviar-se desta carreira errada, e possuir-se do sentim nlo da economia—desta virtude que e o gérmen de todas as virtudes sociaeí, que produz a ordem, e o interesse dos indivíduos que compõem a sociedade. Digo pois, que é preciso primeiro fazer-se este rnilagro, milagre verdadeiramente social conforme o consideram todos os .publicistas, e todos os moralistas, e o qual não e, por tanto, objecto que possa ser dado a corporação alguma por meio de arrematação. Moralisar os povos por meio de arrematação ! Quem tal pretende, desconhece a natureza da concorrência : porque não se admittindo arrematação em objectos que digam respeito á moral publica, nem á religião, como e possível que esta instituição, ligada como está com a moral publica, possa pôr-se em leilão! ... A questão pois da concorrência que aos illusUes Deputados se antolhou tão complicada e tão compacta, se a vissem v.o seu verdadeiro pon-10 de vibla, liavia de lhes parecer, como é, a mais simples, a mais solúvel.

E a quem incumbe, Sr. Presidente, (eu ainda peço a altençâo da Camará sobre esta mui simples demonstração) a quem incumbe, em vertude do Pacto Social, cm virtude da obrigação de velar pelo bem geral da sociedade, o promover este meio fecundo da moralisaçâo dos povos ? Não pôde ser senão ao Poder Executivo: é o Governo quem devia por si pessoalmente plantar esta instituição, e tractar de a manter; mas perguntarei ou, o Governo achar-se-ha nas circumstancias de cumprir esta missão?.. Eu faço somente esta consideração á Camará. O Governo poderia ter os mt-lhores desejos, o Governo poderia ter a melhor vontade , como eu estou certo que tem , mas o Governo não devia crear novos embaraços para o futuro. Não considerando as caixas económicas como um m« io de lucros, mas sim como ellas na realidade são, e como se consideram não somente nesse projecto de 18U, s

a despeza da pesioal ; e ver-se-ha quo com razão o Governo não se julgou habilitado para supprir a tanto, nem lambem em circumstancias de para esse fim vir pedir novos sacrifícios á Camará: por consequência fés o que lhe cumpria fazer, e disse u a inirn incumbe-me!... Eu peço silencio aos Srs. Deputados: é a primeira vez que o peço.

O Sr. Presidente:— E» peço silencio aos Srs. Deputados: attenção bom era que a dessem; mas isso e da vontade de cada um dos senhores.

O Orador: — Apoiado. Silencio e que eu pedi, altençâo não . porque sei que não sou merecedor de que se me dê, pois conheço a minha insufficien-cia. — Sr. Presidente, eu digo que o Governo tomando sobre si ostas obrigações satisfazia á sua missão , mas lambem accarrelaria novas despezas para o thesouro publico, e então entendeu, que era mais conveniente delegar esta incumbência: e como segundo todas as regras de direito, é permitti-do aquelle que escolhe o seu mandatário, o seu proposto,' poder fazo-lo na pessoa qtie julgar rnah conveniente, escolheu o Governo a Companhia Confiança. Eis-aqui pois simplesmente a hypothese. O Governo não podia cumprir, e disse —eu devo satisfazer a uma obrigação em que estou com a sociedade, delego, proponho para a cumprir, por miro, uma Companhia que me merece toda a confiança. A confiança porem que o Governo põe nesta Con/-panhia não tem nada com a confiança que ella possa merecer á Camará; porque ern matéria de confiança e somente no Governo que a Camará a deposita ou r.ão (apoiado) E e' exactamente da confiança da Camará no Governo aquillo de que se tracta.

O Governo pois apresenta o seu proposto, e em matéria de escolha de procurador não pôde certamente admittir-se concorrência , e seria absuido mesmo o adnsittir-se.

Nem se diga, que isto e tirar.a confiança e o cré dito á companhia União Commercial..... Realmente e muito difficil argumentar, quando assim se transtornam todas as ide'as, ou se desconhecem, ou se procuram desconhecer todas as significações.

E preciso que nos intendamos , e para nos sabermos intender, e' necessário que estejam ao nosso alcance as matérias que discutimos. Como companhia a União Commercial merece por ventura tanta confiança ao Governo como merece a Companhia Confiança Nacional; e tanto mais assim quanto que os membros de unia são pela maior parle membros da ouíra ; c ainda que o não fossem, ninguém pod

Oh ! Sr. Presidente, pois a companhia União Commercial está unid^ com o Governo, como a companhia Confiança Nacional ? Pois a companhia Confiança Nacional não e'aque!!a que emnres-