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esta malversação teve poreffoito castigar-se todo tirn povo pelos crimes d'a!guns iudividuos, que só elies deveriam ter sido castigados. Ainda antes de se abrirem as Gamaras eu recebi algumas Representações desta natureza, para entregar ao Governo,, porem vendo

Eu já fallei a este respeito com o Sr. Ministro da Fazenda, e parece-me que S. Ex.a conveio nisso , mas que deseja que esta medida se torne extensiva a vários portos do Reino, o que eu muito estimaria, porque um monopólio qualquer, embora favoreça e proteja grande numero de individuos , e' •sempre injusto e contrario a todos os principies de -uma verdadeira economia política (apoiados) j, mas como talvez S. Lx.a não tenha ainda tido tempo

Sr. Marecos : — Vou mandar para a Mesa urna Representação da Camará Municipal da Vilia de Santarém, eui que pede se lhe restitua ç direito de conservar exclusivamente as barcas de passagem sobre o Tejo em frente da mesma Vilía, direito de que teve a posse por dons séculos, e que foi estin-cto pela Lei de 13 d' Agosto de 1833. Os fundamentos deste pedido são : a commodidade do pu-

blico, que depois da extincção do exclusivo é mal servido, e com mais despia e^ incommodo, e pela necessidade de augmenlar por este roeio as pequenas e incertas rendas do Município, que de nenhum modo chegam para satisfazer aos seus encargos. As Cortes devem igual protecção a todos os povos, porem não e possível deixar de reconhecer que alguns se recommendam especialmente por suas circums-tancias, Depois da Heróica Cidade do Porto, nenhuma terra, e nenhum povo em Portugal s o ff ré u tanto, e feá tantos sacrifícios pela causa da liberdade. Favorecido pela posição, física desta Villa, foi alli que o usurpador procurou um refugio; mas os honrados e fieis habitantes abandonaram tudo, e tudo perderam , e o resultado foi ficar a Villa uai montão de ruínas, algumas das quaes tiveram principio nos estragos da. invasão Franceza, que nunca chegaram a reparar-se completamente.

As differentes reformas têem destruído a parte mais importante do rendimento do Município j lirando-ihe alguns Còncefhos annexos , tirando-lhe directa-mente muitas das suas rendas, e téem ainda accres-centado as suas despezas. E' portanto necessário attender a isto, e supprir tantas faltas, senão pelo meio indicado pela Camará Municipal, por outro qualquer. Quaodo a Commissão, a que esta Representação fôí dirigida, se occupar delia, desejaria, se mo permittisse dar-ihe alguns esclarecimentos.**

O Sr. Gorjão: — Esta Representação deve ir á Commissão d'Administração Publica, ate porque no tempo das Cortes Constituintes o Sr. César apresentou uma Representação idêntica, e da mesma Camará , a qual eu tambern recommendei e pedi que a providencia fosse extensiva ao Município d'Abran-tes, e áquelles, era.-que se dessem iguaes circumstan-riás; em quanto ao Concelho d'Abrantes estou eu . persuadido de que se obtiver esta providencia ficarão os habitantes d'aquelle Munícipio livres, ou pelo menos muito aliviados dos encargos Municipaes, e por uin modo que não poderão estranhar, em razão de se conformar com os antigos usos do mesmo Concelho. Portanto deve ir esta Representação á mesma Commissão, para de tudo junto formar uma opinião, (jípoiados).