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fV. Êx.a e'esta Camará deverão eslar persuadidos •de que se se fizer uma questão todos os dias do que 'vem nos papeis públicos nunca será satisfeito o fim para que nos reunimos aqui. O nobre Conde tem um meio de escrever ao Redactor do Diário do Governo, apoiando ou negando o que se lhe attribue, e não venhamos aqui com taes cousas. O mesmo direito que tem um Deputado de faSiar hoje acerca d'uma publicação tem qualquer outro Deptíiado. E não me parece, por outro lado, que o Diário do Governo nos seus extractos tenha contacto algum directo ou indirecto com o Governo, ou com a Camará. Lembrei isto aV.Ex.a porque me persuado que se cada um toma todos os dias a palavra para fallar sobre o extracto das Sessões, sahiremos d'esta Casa sem haver feilo cousa alguma em beneficio publico.

JO Sr. Leonel:—Sobre a ordem direi, que e'uma calamidade que se gaste tempo com esta matéria todos os dias ; nãrTha, duvida ; mas também e' urna calamidade para cada Deputado apparecerem por ahi cousas que lhe riíio são airosas; ,cada Deputado tem-rasão e obrigação de se queixar quando éoffen-dido, Agora, Sr. Presidente, a respeito dos outros Jornacs, entenda-se por urna vez que nenhum de nós •e responsável pelo que elies apresentam, (apoiado, apoiado). E escrevam os Tachygrafos isto pôr uma vez: e eu nem respondo pelo que estiver no Diário da Camará , porque nem isso leio ; tenho mais que fazer. Em quanto ao Diário do^Governo, acabemos com isto; é official ou não p que alli vem?

O Sr. José hstevão: — Peço a palavra para guando estiverem presentes os Srs. Ministros , por-•que r! ia ale delles é que se averigua esta questão.

O Sr. JMarecos:—Eu nada tenho a accrescentar ao que honíern disse ; os extractos não têm nada de official , nem o podem ter; e e impossível que elíes sejam perfeitos, pela velocidade, corn que se tomam as notas, e se imprimem os extractos. Em quanto ao motivo da queixa tenho a observar que mais per-'io estou eu do Sr. Gorjão , do que os Tachigrafos, e ouvi que este Sr. Deputado se exprimiu pouco mais, ou menos pelas palavras, que se lêem no Diário.*

O Sr. Gorjão: — Para uma explicação. Certamente já nae não lembra de quantas palavras disse hontem , nem das que disse o nobre Deputado ; pó» rém ainda que os periodos do rneu pequeno discurso têem dependência uns dos outros, como sou homem de consciência devo declarar que a respeito do que hontem disse, e vem hoje no Diário, as coisas andam uma por cutra pouco roais ou menos (Riso); mas eu não queria responder agora ao nobre Deputado, como hontem também entendi que o não de-^ia fazer, porque em consciência entendia, que por utilidade de todos se devia acabar este incidente, mas •vendo que S. Ex.a o não dá por findo , e ignorando eu ale onde isto irá parar, vou trnctando de arranjar a minha consciência á espera da sorte que S. Ex.a me destinar. (Riso).

O Sr. Aguiar: — Mando para a Mesa osegninte:

Parecer. — A Commissão de Legislação tendo examinado a Proposta do Sr. Tbomaz Norlhon , apre-si-ntada na sessão de hontem, entende que a Constituição no artigo 57, não j e vogou o Decreto de 10 df Novembro de 1836, que prnbibe a accumulagão dos ordenados dos Deputados, Funccionarios públicos, com d subsidio ? de que tiacta aquelle artigo

nos termos do mesmo Decreto, que deve reputar-se em-vigor. — Salia da Commissâo 9 de Fevereiro de 1839.— (Seguem*se as assignaturas do&Membros da Coinmissâo).

O Sr. Northon:—Quando hontem requeri que o officio do Sr. Ministro do Reino fosse dirigido á Corn-missão de Legislação foi unicarneuíe por eu estar eai duvida se o Decreto de 10 de Novembro eslava o a não em execução depois da publicação da CorMitui-ção. Alguns Srs. Deputados interpretaram talvez de uma maneira, que eu não merecesse este meu requerimento; ruas devo declarar que a miuha intenção não foi jamais, que os lL

O Sr. Pestana: — Quando hontem votai para que o requerimento fosse á Commissâo de Legislação já tinha feito a opção, assim corno muitos Membros desta Assernblea ; mas votei neste sentido, porque me pareceu que havia no officio do Sr. Ministro matéria que carecia de ser considerada, e e a clausula em que parece determinar-se aepocha desde a qual o Ministério entende que se deve contar o subsidio dos Deputados; e para mim ainda e'problema se pôde ser fixada pelo Governo, e não por esta Camará: Deputados haverá do Ultramar que desejem apparecer na epocha que a lei determina, e que todavia por moléstia não cheguem a tomar assento; e então de->e fcer o juizo da Camará que fixe a epocha para se contar o subsidio. — Posto á votação o Parecer foi appr ovado.