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Sr. Miranda, que ate disse —que quedamos tra-ctar as províncias corno colonial?, por isso que fazíamos differença do lempo para umas e para outras lerras — assim fomos respondendo, e cada um dos Srs. Deputados, que fallaram sobre o § único. Portanto não se considerar como tendo estado também em discussão era ate dividir uma parte do contracto, o que é contrario a todos os princípios, que acabamos de estabelecer, porque o primeiro artigo do contracto e' justamente o primeiro artigo do projecto, e quasi todo o § único. Logo pôde deixar de se julgar discutido, e votado o § único, e neste sentido é que eu entendo a votação, nem pôde dar-se-lhe outra intelligencia.

Julgou-se discutido, e foi approvado,

O Sr. Presidente: — Não sei se a discussão marchará melhor sobre tudo, artigo, e números, ou somente aobrc a disposição geral do aríigo. Parece-me que é melhor sobre tudo. (apoiados)

Entrou em discussão o seguinte

Art. 2." «É permittido a quaesquer indivíduos «em associações, legalmente estabelecidas, fundar « outres caixas económicas, conformando-se com «as seguintes disposições.»

l.a «As caixas económicas não podem ser es-«tabelecidas , sem que os seus estatutos sejam prece viamenle approvados pelo Governo. Esta appro-« vação e' igualmente necessária para as caixas cco-«nornicas, que existirem ao tempo da promulgação « da presente lei. "

2.a « A approvação do Governo será dada uni-«camente aos indivíduos, e associações que offere-«cerein todas as garantias necessárias.»

3." «O Governo poderá retirar a sua approva-« cão , quando o julgar conveniente. »

O Sr. Gavião:—Sr. Presidente, eu principio por declarar, que folgo sempre muito de ouvir o illustre relator da Commissão.... (O Sr. Silva Cabral:— Peço a palavra como relator). O Orador: — E desejaria mesmo que S. Ex.a no fim dos seus discursos não fosse sempre perseguido por algum requerimento, que nos impedisse sempre de lhe respondermos, junto ao mestno desejo, que tenho sempre de ouvir S. Ex.a desejava , que não fossemos impedidos de lhe responder. Mas com quanto esii-me isto, estimo todavia >cr que S. Ex.a tendo-nos dito, que se achava incommodado, viesse hoje comprovar esta noticia que nos deu da sua moléstia , e de uma moléstia terrível, porque fazendo S. Ex.a referencia a utn requerimento, que elle disse, que eu já tinha preparado para outra Sessão, não podia referir-se senão a uma conversa particular, que eu tive com V.Ex.a na Mesa; que não podia S. Ex.fc perceber no seujlogar, a não ser a sua doença; e então e' claro, que o seu ouvido está tão apurado, e tremo muito pela moléstia, porque do contrario não podia ouvir uma conversa particular que eu-tinha tido com V. Ex.a (O Sr. Silva Cabral: — É ouvido de tysico—-riso).

O Sr. Presidente: — Está inteiramente fora da questão.

O Orador: — É uma regra de syntaxe «pelo caso porque se faz a pergunta, por esse mesmo se dá a resposta. 55 Eu hei de tractar a todos com a mesma urbanidade com que me tractarern ; se me tractarem no género epigrammatico , tanto quanto possa ser, tenham a certesa, que hei de responder-VOL, 2.°—FEVEREIRO — 1845.

lhe no mesmo género, e tenham a certesa de quo impunemente nunca rne hão dedirigir epigrammas ; eu não costumo provocar ninguém, e por isso não quero que me provoquem; mas quando me provocarem, fiquem certos de que hei de responder.

O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado referiu-se ao Presidente.. .

O Orador:—Eu não me referi a V. Ex.a, nem podia referir-me, estou intimamente convencido de que V. Ex.a não podia dizer, o que se passou; mas maravilhou-me, que o Sr. Deputado viesse aqui mostrar, que estava inteirado de uma conversa, que tive com V. Ex.a.. .

O Sr. Presidente:—Creio, que não e prohibido ao Presidente, quando se vem conversar com elle, que elle diga, o que se passou nessa conversa.

O Orador: — Sr. Presidente, parece-me que senão attende á boa fé' com que aopposição tem tra-ctado esta discussão, pois que se pertende mostrar, que o nosso fim é ou ííludir as disposições do projecto, ou prolongar a questão, e eu posso asseverar aos Srs. Deputados, que pensam desta forma, que estão enganados, e agora mesmo lhes hei de dar uma prova não equivoca de que estão enganados: tenham a certesa de que se nós quizessemos, se a op-posiçâo quizesse demorar esta discussão a ponto de que hoje este artigo senão votasse, o remédio não estava fora do meu alcance, não obstante eu conhecer os rneus apoucados talentos; corntudo principiando eu por discutir a condição segunda, do con-Iracto com a Companhia Confiança havia de discutir juntamente os artigos da companhia União Comrnercial, porque isso era parlamentar, e havia de discutir também os estatutos da caixa económica, e havia de confronta-los com aquelles do projecto; havia de tractar da confiança, que é necessária, e daquillo que o Governo entende por gn-rantias necessárias; e havia de fallar até dar a hora, e ainda havia de pedir a V. Ex.a, que me reservasse a palavra para a Sessão seguinte.

Mas, Sr. Presidente, eu não o quero fazer, porque a opposição entende também não ser conveniente gastar o tempo inutilmente, e porque nós temos todos o desejo de que este projecto passe quanto antes; porque de duas uma, ou este projecto é de conveniência publica, como o Governo diz, ou não é; se e' como elle diz, e nós estamos enganados, errando mesmo, apesar disso, desejamos, que a conveniência publica se verifique, e o publico tire todas as vantagens, como o Governo espera, e nós que desejamos o bem publico e os seus interesses, é claro que devemos desejar que o projecto se vote quanto antes.

Mas se elle e' destruidor como nós temos diclo, e como fora desta Casa ainda podemos sustentar esta opinião, porque temos a imprensa, aonde podemos recorrer sem que com isso menospresemos as decisões desta Casa, porque não passa de uma opinião, e mesmo nesta Casa eu não emilti esta opinião senão em hypothese ; se o projecto e' destruidor, e assassina todas as industrias, igualmente nós devemos desejar, que elle se converta em lei , porque combatendo nós o Ministério devemos desejar, que se digan^a obra do Ministério é má~e em todo o caso e' evidente , que nós temos o maior interesse em que elle passe com brevidade, assirn^ como igualmente temos interesse em que vá perfei-