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numero; eu inclino-me niuilo a que os Juradoi pro-tegitlos contra as ameaças,' protegidos contra as peita», porque se muitas... creio que não será vergonhoso" dizer-se, ^porque Iodos nós o sabemos; ninguém ignora que estes ladrões, ern geral, eu não faço allusão lá fora a ninguém, eu dentro já se sabe que a não laço, são qunsi sempre protegidos pôr pessoas poderosas? Essas pessoas poderosas protegem-os, não pelo gosto de proteger o crimej mas pelo gosto de se protegerem a si, porque em verdade entre esses facinorosos, cnlre esses malvados lia muitos exemplos de grandíssima gratidão. Pois o Jurado não tem também pela maior parte necessidade de apoio e protecção, não busca a protecção dos poderosos? Ora imaginemos o Jurado còllocado entre obtemperar ao pedido dos poderosos a favor dos criminosos, e a s.ua consciência de Juizes de Jacto, e vejamos se elle não precisa de ser protegido ate destas influencias.

Portanto o methodo que rne foi lembrado, e hoje repetido pelo Sr. Deputado Leonel, foi e e por mim apreciado; farei uso delle:-e no trabalho que está no •meu Projecto que já foi 'por mim trazido para esta Camará, mas que o tornei a levar, espero introduzir essa idéa até'onde me parecer aproveitável, porque na verdade o e; mas' isto não e corroborar a opinião a favor do Jury, ou indicar que cila e inconcussa o •i n te i rã meu lê triunfante; não e; tem muito que se lhe dizer.

Sr. Presidente, grande será o meu sentimento, se acaso soltei, nas curtas^ reflexões que fiz, alguma expressão que possa incommodar, ou não agradar aos dois i Ilustres Deputados que tão fortemente irie combateram, e tão directamente ; ~~ eu intendo que não merecia tanto as suas iras. Se para com SS. S.''s não lenho sido um homem lisonjeiro, pelo menos lenho sido urbano: e desgraça minha, e sinto muito que me considerem d'aqui por diante, como objecto, talvez, da sua indignação; mas antes assim, porque vem isso de- eu ler fallado francamente; porem eu faliarei sempre francamente, e á franqueza jamais faltarei nem aqui, nem lá (ora (/Ipoiados).

O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado Holtreman fez ha pouco um Requerimento, a fim de' que fosse consultada a Camará para se prorogar a-Sessão ate se verificar a Inlerpellação, que tem. de se fazer ao respectivo Ministro acerca da falta de apresentação a esta Camará do Decreto de 3 de Dezembro do anuo próximo passado; por tanto a este respeito vou consultar a Camará.

Resolveu se negativamente.

O Sr. líarjuna: — Sr. Presidente, ha já muitos dias vim eu para esta Camará com intenção de iu-terpellar o Sr. Ministro do Reino c Justiça- a respeito d'u m objecto importante, que já hoje aqui foi tocado, mas muito de leve; não direi por ora qual e

o objecto sobre que quero fazer uma pergunta, ao Sr. Ministro; iwa-s digo, que ten-ho -q-uc fazer «iria pergunta ao Sr. Ministro do Reino e Justiça acerca d'um objecto importante, e esta perg u n,la; desejava eu fazei -a com brevidade; já vejo que não pôde ser; mas estimarei muito que não passe alem d'ámauhã.

O Sr. jVlinistrn do Reino ( Fonseca Magalhães): — Eii respeito muito o segredo do illuslre Deputado, em uão querer dizer qual e o objecto sobre que me quer fazer uma pergunta'; mas eu observarei ao meu nobre Amigo, que o costume não e esse; o costume e dizer previamente ao Ministro, que se quer inter-péllar, o objecto sobre que se quer fazer qualquer pergunta, e isto para o fim do Ministro vir preparado com os devidos esclarecimentos, e poder responder satififactona e conipletamente. Agora se o il-lustrc Deputado, e meu Amigo, presiste em guardar segredo acerca do objecto importante, sobre que me quer fazer uma pergunta, receio muito que, na occa-sião cm que me fizer a pergunta, eu não esteja prom-plo o suHieienlemenle habilitado para responder ao illuslre Deputado d'um modo satbfactorio para o meu nobre Amigo, e para a Camará.

O» Sr. liarjuntí : — Não continuarei a guardar segredo; quero fazer a vontade ao Sr. Ministro; nós somos Amigos. Declaro que' a pergunta que tenho a fazer ao Sr. Ministro do Reino e Justiça, e' a respeito do Dislricto da Guarda. Já prevejo que a respeito de alguns factos, que aili se estão praeticando em. diversos pontos, se me ha de dizer — que se tem dado providencias, e se darão outras — mas apesar destas promessas, eu espero que as providencias sejam nenhumas'; e esta a minha opinião. — Amanha, quando verificar esta minha lulerpellação, eu farei mais declarações, que ainda aqui se não fizeram, e então se verá como as cousas alli tem corrido; então não hei de guardar segredo •( Kiso).

O Sr. Presidente: — A Camará resolveu' interromper a ordem do dia para terbrn Ioga r as ínterpella-ções ; não sei agora se a Câmara quer que esta sua resolução continue amanhã ( 1'bKex : -^- A V. Ex.a e que pertence marcar a ordem do dia) "K verdade que pelo Regimento ao Presidente compete marcar a ordem do dia, e então' amanhã depois do expediente continuam as Interpellações, se por ventura òi Ministros estiverem presentes;, e no caso de que não estejam, então continua a discussão do Parecer acerca das .Opções, e as Interpellações continuarão logo que se apresentem os Ministros (Apoiados). Está levantada a Sessão. — Eram quatro horas c meia da tarde.