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nos dá esperanças ctc trazer á Camará o Decrelo con-Ira o qual vós reclamais?..

Faço a V. Ex.a e á Camará estas considerações; e peço a V. Ex.a e á Camará que as tome em con-Ia. — É preciso pois que se torne uma resolução, que se censure esla falta indispensável ; e por isto que eu levanto a minha voz contra uma cousa destas, que nem eu sei qualificar.

Agora se V. Ex.R me dá licença, eu direi, que já hoje lembrei um arbitrio para sairmos deste embaraço. Nós infallivelmente devemos sair delle. O que eu lembrei foi, que V. Ex.u tivesse a bondade de mandar comprar tantos exemplares do Diário do Governo, em que vem publicado o Decreto de 3 de Dezembro, quantas são as}Secções, para que, sendo-lhes presente esses exemplares, ellas possam tomar alguma resolução a respeito das Representações, que já lhes fórum remetlidas acerca do objecto de que trsi-cta este Decreto; ou então V. Ex.* auctorhar a impressão em separado do Decreto de 3 de Dezembro, • Io mesmo modo que se fora impressão de qualquer Projecto (pie e admklido á discussão.

Concluindo peço a V. Ex." que tenha a bondade de recommendar ás Secções o Iraclar destas Representações com urgência. — Se é preciso para isso que a Camará declare este objecto urgente, também peço que se consulte a Carnaia a tal respeito.

O Sr. Presidente:—Em todo o caso, para se tomar alguma providencia, convém que se mande alguma Proposta para a Mesa.

O Sr. Lopes Brm\cn • — Pois eu vou fa/.er a Pio-posla,elogo que esteja feita, a remelterei para aJVlosa.

O Sr. 1'Lacido de Abreu'. — Eu tinha que fazer uma observação relaiivamente ao que disse o Sr. Deputado Loprs I.Sranco, e vem a ser o seguinte — Casualmente depurei esla rnanhâ com urn Impresso que foi distribuído nesta Camará, ern que se avançam a tespoito do que se tinlia passado nesta Casa ha dois ou três dias, inexactidões muito essenciaes, e em qufi se desfiguram cotnpletnmente os factos, asseverando-se que os Deputados que tomaram parte nessa discussão, e especialmente eu, disseram nesta Camará cousas que realmente assim não se passaram. — Eu, pela parte que me toca, estou promplo a 'mostrar á Camará, e a mostrar, á vista de documentos offi-ciaes, que, no que disse então, não disse tudo, c» que disí-e muito rnerios do que devia dizer.

Eu não sei corno'qualificar o (pie o Emprczario das obras da barra da Figueira diz no seu Impresso; é certo que elle se dirige muito directamente a rnim, e então eu peço a V. Ex.tt que, estando debaixo de impressões tão desagradáveis, me permilta (pie possa mais largamente fallar neste objecto, e para isso pá-rece-me que não ha senão dois meios a seguir: ou que a Camará permitiu que eu me explique desde já, ou então que seja cornmunicado ao Sr. Ministro do Reino que venha á Camará paru se tractar este negocio, e para então eu dar as explicações que preciso dar, e a Camará ter conhecimento exacto de tudo quanto ha a similhante respeito.

Por esta occasião direi ainda mais alguma con a, e e, que eu não respondo, nem posso responder, pelos extractos que vêem no Diário do Governo, porque nos extractos que alli se fazem, se me altribuem u m i m e a outros Deputados muitas vezes- cousas que se não disseram aqui. Uma vez ate me mudaram o nome, chamaram-me Justino Ferreira. Tsto prova,a

necessidade de se tomar alguma providencia a tal respeito, porque nos extractos do Diário do Governo diz-se aquillo que aqui se não disse; o facto e, que o que aqui se diz, sáe inteiramente alterado, porém lá fora fazem considerações sobre isso que vem nos extractos, e do modo que elles vêem e certo que taes considerações peccam realmente na base, porque essa e inteiramente falsa, ou é completamente imperfeita.

Concluindo pois, peço que o Sr. Ministro do Reino seja convidado a vir a esta Camará para se tra-clar a questão da barra da Figueira, e para eu por essa occasião mostrar a falsidade das arguições que se me fazem, e que realmente são sem fundamento algum.

O Sr. Presidente: — Ao Sr. Ministro do Reino já foi communicado que devia assistir á discussão dn Representação dos habitantes da Figueira acerca dris obras da barre da mesma villa.

Agora o que eu posso fazer e assignar um dia certo e determinado, cm que essa discussão deva ler lo-g.ir, a fim de ijue S. Ex.11 compareça nesse dia. Pa-lece-me que nu Segunda ou Terça feira soía suffi-cienle (Apoiados).

O Sr. Frnandes Thomaz:— Sr. Presidente, muito atites do Sr. Deputado pelo Porto pedi eu, n'um Requerimento que fiz, vários esclarecimentos áceica das obras da burra da Figueira, e esses esclarecimentos também ainda não vieram, e então eu aproveitando esla occas;ão exijo lambem que se renove o meu

pedido.

O Sr. Presidente: — Renova-se lambem o pedido do i l lustre Deputado,

O Sr. C. M. Baptista: —Mando pnri n MCMI unia Represou loção para ao lhe dar ámunhâ o cotn-pHenle destino.

O Sr. Lopes Branco: — Mando para a Mesa o meu Requerimento sobre o qual peço a urgência,

REQUI KIMÍ:NTO.—Requeiro que, paru a Camará deferir ás Representações contra o Decreto de 3 de Dezembro, se mande imprimir aquelle Decielo avulsamenle, para ser distribuído poios Membros das Secções, servindo para esta impressão o Diário do Governo, em que elle foi publicado. — Lopes Branco.

Foi declarado urgente e entrou em disicussão.

O Sr. Dias e Sousa: — Eu não me levanto para justificar o Governo, nem tenho procuração para isso, por ter retardado o mandar á Camará os papeis, que. se referem no Requerimento do illustre Deputado; tuas pareça me que a justiça pede que eu fnça de al-g-um modo sentir, que não ha muita exactidão ou ri-zão nas arguições, que o iilustre Deputado o Sr. Lopes Branco faz com relação ao Decreto de 3 de Dezembro— quando disse — que a Camaru não podia responder ús Partes, que dirigiram Representações, á mesma Camará, que não podia resolver o objecto, sobre que reclamaram, porque o Governo não queria mandar á ("amara esse Decrelo. Não é justo dizer isto, pelo menos no meu intender, assim tão formalmente. O Governo já declarou aqui, pelo órgão do Sr. Ministro icspectivo, que não linha vindo á Camará este negocio, e a razào e porque queria manda-lo não isoladamente, mas sim acompanhado de outras providencias, que tinlia entre rnãos.