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essa discussão alli terminou ; portanto não e e»11: o modo de arguir n Governo, aUribuindo-lhe menos vontade de satisfazer áqnillo que se intende dever ter sido já satisfeito.— Eu acho muito justo o sentimento que o illuslfe Deputado expressa de que este negocio caminhe com brevidade, mas não do vê esse sentimento levar-nos n ser injustos,' e ncsie-ouso parece-me que é uma injustiça allribuir no Ministério a vontade de não satisfazer aos desejos do illustr« Deputado, nem de habilitar a Camará para satisfazer ás pessoas, que representam sobre este negocio.

Disse oilluslrc Deputado :—Venha o Governo pç-dir o Bill de Indemnidade.— Perdoe-me S. Ex.a; não se tracta aqui de Bill de Tndemnidade ; tracta-se de apresentar as medidas da Dictacura, e pedir á Ca-mara a sua approvaçào ; não confundimos as questões. Por consequência, intendo que o mais legal, o mais decoroso era interpelar o Sr. Ministro sobre este negocio, dizendo lhe qual era n necessidade e urgência que havia de tractar deste assumpto, mas não lançar logo expressões, com as quaes se íperlende atlribuir sv n ti mentos ao Sr, Ministro menos louváveis e até criminosos, taes como não querer satisfazer aos desejos da Camará sobre negocio de tanta gravidade.

Parece-me menos justo este procedimento, c por isso rne levantei para fazer estas considerações, e dizer a razão porque votei contra a urgência. Não foi para defender o Governo, porque não tenho procuração para isso, nem o fazia; mas digo o porque me parecem menos justas as arguições que fez o iílustre Deputado, e porque me parece que d lê iria mais directamente ao seu fim, se declarasse que queria fa-xer ,mna Interpellação ao Sr. Ministro sobre este objecto.

O Sr. Leonel Tavares: — Sr. Presidente, eu ap-provei a urgência do Requerimento, e approvo o Requerimento., e peço perdão ao Auctor delle para dizer, que o Requerimento não presta para nada (Riso— /Ipoiados). Pedir, de qualquer maneira, que venha, aqui o Decreto de íí de Dezembro, e pedir urna cousa que não presta para nada. Mas pedir isto é fa/er uma advertência ao Governo, advertência de que elle precisa.

Oar, Senhores, quantas vexes se nos tern. dito que o Governo ha de trazer aqui todos esses negócios, mas que ainda não pôde trazer cousa alguma, porque está muito óecupado, que tem muito que fazer etc. ? Quando terá então isso Jogar? Eu não se-i; o que sei e que lemos estado á espera todos os dias, o ate hoje nada de novo, nada cá tem vindo.

Nós devemos suppôr, que a duração dos nossos trabalhos Parlamentares está no meio; estamos cm meado'de Fevero-iro, isto e, metade, do tempo da Sessão ordinária. Pois se ate agora não temos feito nada, no resto do tempo que falta para acabar a Sessão ordinária e que havemos de discutir e votar todos esses trabalhos, que o Governo tem obrigação de r.raxer aqui ? De, certo já não temos tempo de fazer coisa alguma. E que estaríamos fazendo, se algum Sr. Deputado não usasse da sua .Iniciativa, pá rã apresentar al"'tim Projecto? Nada absolutamente; e o

' / • l I

Governo a dizer que est:i muito óecupado, e nada

de novo. Di/-se—M a s esperei n que esteja presente o

' Governo e intorpdlfm-no ; o Governo est.cve occu-

pado com a discussão da Resposta ao Discurso do

Tlirono na outra Camará, e por isso não tem vindo.

— Mas essa discussão.já acabou .e o Governo esteve

V o r,. cí."— F F. v r; u i: i u o — l f. £>3.

aqui ante» de liontem ; nós fornos para ás Secções, e elle foi-se embora. Em uma palavra, se isto vai por este caminho, desenganerno-nos que nada fazemos.

Eu queria dizer isto mesmo na presença do Governo; mas elle não apparece, e não havemos de estar callados; ao menos—Verba volant — Lá irá ler alguma cousa (Riso).

O Paiz (e ate' certo ponto será isto oíTender a'modéstia que nós devemos ter, mas riáo importa) o Paiz esperava alguma cousa desta Camará, e ficou a olhar para o que nós fizéssemos; mas nós havemo-nos pôr a tractar de cousas sobre as quaes temos o direito de Iniciativa, mas que não podemos exa.ni-nar, porque não ternos as informações nem os dados estatísticos necessários, e porque essas cousas devem ser Imoladas sempre de intelligencia com o Governo. Ainda hontem alguém medisse nesta Casa, = Vão sempre apresentando c decidindo alguma cousa. ^r Mas para que? Para depois nos dizerem — Cousa alguma do que fizeram, presta para nada, por que se metteram em cousas que não entendiam ? Por tanto, o Governo que o faça, o Governo, que; apresente alguma cousa.

Approvo o Requerimento, que.não presta pá rã nada, mas sempre c urna advertência, porque o Decreto de 3 de Dezembro só, e da maneira que o Governo o tein explicado, dizendo que e uma medida preliminar, só por si não serve para nada. Pois nós havemos de examinar unia medida preliminar, havemos de chegar á porta , sem ninguém a abrir ? Não pôde ser, entretanto approvo o Requerimento, porque pôde servir de advertência ao Governo.

O Sr. ílullrcntan: — Corno eu fallo também a favor do Requerimento, e parcee-me que o Sr. Plácido pediu a palavra para fallar contra, seria bom que V. Ex.a desse a palavra primeiramente ao Sr. De.putado, e eu fallaria depois.