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tos ainda cá não chegaram; os esclarecimentos sobre o Relatório relativo á Commissão da Alfândega das Sete Casas não chegaram lambem ; os rnappas sobre os rendimentos dessa Repartição não chegaram ainda!! Estes últimos Requerimentos forarn feitos ern dias posteriores; mas o primeiro parece-me que e o único 'Requerimento de todos os que foram feitos em 20 de Janeiro que deixou de ser satisfeito; porque, não o sei!!

E, Sr. Presidente, quando os Ministros: estiverem presentes hei de provar que eu .não sei, nem ninguém pôde saber se a Dictadura já acabou, pelo monos ponho-lhe muitíssima duvida (Apoiados da Direita)j no modo como se extorquiram e tiraram á Junta do Deposito Público os ciucocnta contos, estou persuadido que ainda o Governo usou de urna medida de Dictadura, foi cm Dezembro muito posteriormente já á reunião da Camará. Eu não"sei ainda, repito, se cffe-ctivamente a Dictadura acabou ou não, ninguém o pude dizer, porque ninguém tem a certeza de que não appareeerá amanhã publicado rio Diário do Governo uma medida^com a data do dia 14 de Dexem-bro (Apoiados). E por consequência necessário ver-rnos isto.

Mas não basta só que façamos Requerimentos, e' necessário que se: marque o dia em que hão-de vir responder. Eu tenho uma Interpellação pedida sobre a extorsão doscincoenta contos da Junta do Deposito Publico, e tenho urna outra sobre falta de paganifii-tos no Disl.riclo da Guarda, ainda não foi possível conseguir que o Ministério apparecessc para se fazerem estas .1 nterpellações.

A respeito dos documentos que eu pedi, o Ministério fez delles uma espécie de monopólio, de maneira que não e' possível apparecerern aqui, e são do-cuinenlos necessários para se poderem bem avaliar as rés j.>ec t i Víi s medidas da Dictadura.

Ora eu estou persuadido, quo as desculpas que se dão para o Ministério não estar presente, não podem colher nem aproveitar, porque se o Ministério tivesse vontade mesmo nos dias ern que ha discussão na outra Camará, podia miiitissimo bem comparecer aqui, porque a boa vontade consegue muito — se o Ministério tivesse vontade, nada mais fácil, porque começando as Sessões na Camará dos Pares ordinariamente depois das duas horas, podia das onze e meia ale ás duas da tarde ter apparecido aqui para responder.

Eu estou rnesrno convencido de que d necessário, que a Camará mostre força e vigor, e necessário^ que nós nos desenganemos por uma vez ; se o Ministério quer o apoio da Camará, deve entrar cm uma senda desembaraçada,, conhecida, c por meio das medidas que apresentar á Camará mostrar que merece o apoio da Camará, de outra maneira som quo se conheça, qual e a sua marcha governativa, e sem que pelas medidas que aqui nos apresentar, se possa formar algum j u i/o a tal respeito, não e possível saber se se apoia ou deixa de apoiar o Ministério.

Repito, lenho a convicção do que se não se marcar dia e hora para o Ministério comparecer aqui, nós não podemos verificar as Inlerpellações ; por isso requeiro que se marque o dia de amanhã, e que^ se marque a urna hora da tarde para ser possível, que o Ministério compareça.

Nem se estranhe, nenhum Sr. Deputado pôde estranhar, que eu diga isto a respeito do Governo,, por-

que os factos comprovam esta má. vontade do Governo em tudo quanto diz respeito ao Decreto de 3 de Dezembro, c em tudo quanto diz respeito aos esclarecimentos sobre o Contracto do Tabaco; todos os factos comproram, que entre o Decreto de 3 de Dezembro e as Indemnisações do Contracto do Tabaco ha unia'ligação muitíssimo intima ! ! ...

Todos,os factos comprovam que da. parle do Governo não ha vontade alguma de trazer ao Parlamento esta medida, nem as outras da Dictadura. Todos os factos comprovam que o fim principal do Ministério e collocar especialmente o Decreto de 3 do Dezembro ern posição tal, que quando chegue á discussão, a Camará já não possa remediá-lo f^/Wa-dosj, porque todos os rnezes vai entrando no The-souro o-rendimento da Junta do Credito Publico, e depois ha-de-se dizer, que já não e possível dar-lhe remédio; para evitar isto, e que pertcrido que o Decreto venha a tempo de ser remediado, porque declaro desde já, que voto contra ello (Apoiados).

O Sr. Plácido de Abreu: — Sr. Presidente, eu pedi a palavra para declarar a V. Ex.a e á Camará, quo o que eu pedi ao Governo relativamente á barra de V ia u na não foi cópia dê documentos, mas os próprios documentos, e não podia, haver nenhum outro trabalho senão pegar nesses documentos que ha muito tempo estavam reunidos, embrulha-los n'urna folha de papel e manda-los para aqui, e isto c muito differenle daquillo que tem pedido o Sr. Holtreman e outros Srs.. Deputados, porque são esclarecimentos a respoito de medidas de fazenda, relativamente a contabilidade, e preciso consultar documentos..... (O Sr. Holtreman:—Alguns e só copiar e nada mais). O Orador : — Poderá ser na opinião do il-lustre Deputado, que só seja copiar; mas 'os documentos que eu pedi, nem foi necessário copia-los; elles ahi eslão, e todos os Srs. Deputados os podem ver.

É o que eu tinha a dizer, 'não entro na questão que se tem suscitado, o que eu vejo e um desejo im-menso de querer arguir, de fozer montanhas e combate-las, do crear supposições para ter o gosto de as rebater, omisso não quero eu fazer, por isso me limito a estas explicações.