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DUO podem prosperar? Sim Srs., a Camará deseja, .a Camará quer, e já o manifestou acabar com o trafico, mas quer que isso se faça sem comprometler a nossa dignidade, nem os nossos interesses. Leio em vossos seáblantes tào nobre desejo í não ha ura só de meus iilustres collegas que não esteja animado de 4âo nobres sentimentos, mas também leio que não ha um só que queira a esses sacrificar o decoro nacional. (Apoiados). Querem todos que essa obra de moral publica, e de humanidade, se conclua, mas querem primeiro que tudo que se salve a honra da Kaçâo que representamos.

Ouvi, Sr. Presidente, ao exímio Orador que me precedeu, e cujos abalisados .conhecimentos e eloquência eu desejava possuir, ouvi asseverar-lhe que^o Sr. Presidente do Conselho dissera, que a conclusão do Tractado com a Inglaterra dependia somente de pequenas duvidas, que talvez se poderiam brevemente vencer. Permitta-me S. Ex.a que lhe pondere que o Sr. Presidente do Conselho não disse, pequenas .duvidas, porem sim, que existiam algumas duvidas; ora se são pequenas ou grandes não o sei eu parla-«lentarmente, sei só que ha duvidas, e então mal cabida seria a substituição do Sr, DepuSado porCas-lello Branco, que quer impor ao Governo a obrigação de concluir com urgência o Tractado. Isso seria obriga*Io a aceitar todas as clausulas que ajnglater-ra Jhe quizesse impor. No estado da questão, e depois da declaração que fez o Sr. Ministro, é preciso que a Camará desate as mãos ao Governo, a fim que elle possa obrar livremente. Qualquer decisão

- O Sr. José Estevão: — Não cançarei muito a Camará com uma questão, a que já posso chamar lií-teraria, porque os louros, que eu delia colhesse, seriam desgraçadamente murchos; mas se o illustre Deputado quizer revolver a historia mais antiga, achará a primeira época em que se traficou com o sangue humano, e quasi próxima ao berço da humanidade. Assim, Sr. Presidente, ponhamos^de parte esta questão, a que eu chamei litterarsa, não porque duvide que ella tenha relação com a matéria, mas per outro motivo que não direi agora. Sr. Presidente , eu levanto-me só para declarar que a Comrais-fão insiste peia redacção simples, que apresentou na Recosta , porque et?tende que eHa ínclue iodas as idéab que e conveniente manifestar, eas^emendas, ou aquelia porque mais se insiste, qae é a^ do Sr. Siíva Carvalho, está no espirito da Commissâo; es-

cusados são mais protestos, e por isso declara a Commissâo que insiste pela sua redacção.

O Sr. Silva. Carvalho: — Depois do qusje tem dito não poderei oizer mais; oâo se deu a rasão por-que se regeitava a minha í-menda, e nisso se fez muito bem, porque convém fallar o menos possível nesta matéria ; tenho porém a satisfação de tirar disto um proveito, que é ver manifestado o sentimento da Camará, para que o mais depressa, que as circurns-tancias o permitiam, acabe similhanle trafico. Agora muito mais satisfeito me assentarei nesta cadeira, quando julgo tgr desempenhado plenamente o meu dever; depois do que acaba de cizer^o Sr. Deputado por Aveiro, sei que são os desejos da Camará, e de todos , de que acabe es?e trafico , não só pelo horror cjue causa roas também per ura principio de honra nacional; e eu assento que o decoro nacional sesal-•va quando cumprimos promessas tantas vazes feitas; / espero (porque segundo ouvi ao Sr. Ministro, disse elle que havia pequenas diííiculdadies) que o mais breve possível conclua essa negociação, e sobre tudo que castigue aquellas auctoridudes que são origem de continuar o trafico da escravatura; os factos escandalosos, as compras etc. são patentes, e o Sr. Ministro pode sabe-los. Desejo que a questão ^se conclua, e por isso peço a V. Ex.a a queira pôr á votação.

Julgou-se a matéria discutida, e sendo posto a votação o § foi approvadoj as substituições julgaram-se prejudicadas, e o Sr. Moura retirou o seu addi-tamenlo.

Entrou em discussão o § 6.% que e o seguinte: « A Camará avaliando a importância política da guerra que devasta a Hespanha, deseja vivamente que logo que as circumstancias o permittam, as armas Portuguezas vão .ajudar de novo a Causa da Throrso Constitucional de ízabel 2.% como pedem as estipulações dos tractados, e a tranquilidade do Reino. «

O Sr. /. M. Grande;—Sr. Presidente, em virtude dotractado da quadrupla alliança celebrado eoi Londres aos £2 de Abril da I8K' se obrigou _o Governo de S. M. F. a empregar todos os meios ern seu poder para compelir o pretendente D. Carlos a retirar-se dos domínios Portugueses; e o Governo de S. M. C. obrigou«se pelo seu lado a fazer entrar era Portugal um corpo de tropas hespanhoías para cooperar com as Portugupzas a fim de obrigar tanto D. Carlos como D. Miguel a retirar-se dos domínios das duas Coroas.

Esse corpo de tropas auxiliares entrou effeclivãmente em Portugal, e cora quanto as armas Hespa-nholas não tomassem urna parte directa e immedia-ta no triumfo dos Portuguezes, com tudo prestaram-lhe uma muito valiosa posto que indirecta protecção. A convenção de JEvora-Monte, consequência das gloriosas batalhas ganhadas era Almosler e n'Assei» ceira, terminou a guerra civil; e os dous pretendentes ás Coroas da Península foram proscriptos e ré-, geitados para todo o sempre dos beiíos países, onoe haviam nascido, e que eacrilegarnente pertenderan* manietar com a cadêa da servidão.