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Foi por essa occasiào s foi em Agosto do mesmo porfioso da Nação, suas nacionalidades diversas, afra-

anno, que tiveram logar os addicíonaes ao precita-' galidads e paciente resignação de seus soldados, que

do tractado de 22 de Abril. No artigo 3.° desse tra- vivem e se batem como Árabes, qua voam e que

«lado addicional se obrigou a Coroa Portugueza a vencem como Scithas, e finalmente o caracter tar-

cooperar, se pa-ra isso recrescesse alguma precisão, com aqueíles meios, que estivessem ao seu alcance,

em auxilio de S. M. C. pelo modo que'se ajustasse pó, se os dous partidos ficarem entregues aos seus

entre os dous Governos. próprios recursos. Ora corno a questão, que ali se

Correram es tempos, e o pretendente congeniando debate, não e'uma questão exclusivamente Hcspanhol-

as suas pretenções cocn as pretençôes eexigencias das Ia, mas Peninsular, e por ventura Europea ; como

Províncias Vascongu

vor a quasi totalidade dessas Províncias, que se ar- também- os da Portugueza , os que ali se julgam ;

dador dessa guerra feita sobre serros quasi inaccessi» veis, tudo mefazpresuppor que ella durará largo tem-

maram com o conlradictorio e dobrado fim de sustentar seus foros e liberdades, sustentando ao ases»

COÍBO aquelle estado decousas affecta o nosso deunaa terrível instabilidade ; reclama o interesse público

mo tempo os interesses de um príncipe, na pessoa que lhe prestemos a possível coadjuvaçâo; mas não

do qual haviam encarnado as mais broncas e pró* -é só o interesse público e também o dever consi^na-

nunciadas formas do absolutismo. do nas estipulações dos tractados; e' a gratidão na-

Era chegado o casus facderis e o Governo Portu- cional de um povo pondonoroso qual o nosso; são

guez leal ás suas estipulações, e sensível ás desgra- os empenhes de honra por elle contraindo quem re-

Ças, que opprimiara um povo irmão e amigo, ceie- clama imperiosamente aquellacoadjuvaçâo. Concluo

brou a convenção de 4 de Setembro de 18.15, pela por ía.nto propondo que ao artigo, que aliás encon-

qual se obrigava a cooperar na lucta contra o pré- tro muito bem concebido, se addicionera as palavras

tendente, com ura corpo de tropas de todas as ar- -empenhas contrahidos em conformidade com o addi-

uias, qua devia desde logo ser da força de 6:000 ho- cionamento seguinte: —que depois das palavras es-

raens. Este corpo entrou effectivamente em Bespa- tipulaçoes dos tractados, se accrescentera os empe-

tília, e mostrou-se sempre no campo da honra e das nhos conirahidos.

batalhas digno do real e valoroso Chefe, que a historia já poz hombro a hombro com os grandes Capitães do seu século.

j. Um importante acontecimento político chamou então ao Reino a Divisão auxiliar, e desde essa epo-eha não tem sido possível reenviar novas forças em auxilio de nossos alliados.

Ora, Sr. Presidente, é certo que o Governo Hes-panhol nos estendeu uma mão protectora e amiga durante a lucta contra o usurpador; elle fez enlrar no paiz um exercito que cooperou corn o nosso ; elle subministrou-nos em alguns pontos auxilio de ar-

O Sr. José Estevão: Sr. Presidente, a Commis-são não se recusa a sustentar o artigo de todo o modo, como lhe for compatível com suas luzes, mas corno vejo pedir a palavra a dois Srs. Deputados peço a V. Ex.a que me reserve a palavra para depois de elles fallarem , mesmo por que ainda até agora se não combateu o § em discussão.

O Sr. Silva Pereira:—r Sr. Presidente, não e'para impugnar o artigo , que eu acho excellentemente concebido; por elle se responde literalmente á falia do Throno: e se diz mesmo mais alguma cousa. Sr. Presidente, todo o mundo conhece que tendo nós

mas, de munições, e de equipamentos. A praça de a guerra aporta é incúria não ter uru corpoprompío Marvão, por exemplo, que havia sido escalfada por para a rebater, e aonde mais prompto que em Hes-nm punhado, de valentes, que proscriptos do seu paiz, panha 1 além disso nós devemos á Hespanha esse

vieram,, ajudados só do seu valor, commetter bello feito (Tarraas; a praça de Marvão que foi um baluarte de lealdade, e um padrasto inexpugnável con»

auxilio por muitas circumstancias;'devemos coadjuva-la por um motivo rnoral, e qual e elle? e ajuda-la a anniquilar o terrível presente que lhe fizemos,

ira o qual vieram quebrar-se os exforços de sete ba- não lho fez a Nação , fez-lho a diplomacia , mas talhões, que para a sitiarem, foram destacados do nós fomos o instrumento- Demais elle deve ser prestado por nosso interesse próprio, porque é fora de duvida, que as batalhas que se pelejam nas longas os quatro corpos, que ali se orgatiisaram , ura dos quaes eu tive a honra de commandar, foram armados e pela maior parte municiados pelo Governo de

exercito do usurpador; esta praça, repito, foi era grande parle abastecida pelo Governo Hesparthol; e

S, M. C.; e a sua organisaçâo pôde com'« auxilio

províncias da Hespanha, hão de ter resultado em Lisboa, isLo todos o conhecem, toda esta Camará o entende; ora nestas circumstancias não ter um Exercito prompto, como desgraçadamente não temos,