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ou ires messes antes do dia -12 de Agosto, em , Tque se haviam de fazer as eleições; e por conse-. sequência nada tinha uma cousa com a outra.

Agora, Sr. Presidente, além das outras considerações que podia lazer, a perturbação dos habitantes do sul, a perda de suas fortunas, a desordem dà-.quelle paiz , a falia de cobrança dos rendimentos, além de tudo isso, já o Sr. Presidente do Conselho «esta Sessão indicou que o Governo linha motivos para recear que os carlislas hespanhoes tentassem aproximar-se de nossas fronteiras., se isso acontecer em quanto no Algarve existe o que lá existe, não se-lá mais grave a nessa posição do que se elle estivesse em tranquilidade Misíe receio auctorisa a cada um de nós para Urar as conclusões., que entender. Mas, Sr. Presidente, será verdade que o Commandante •da 8.a Divisão, ao Sul do Reino ainda ha pouco tempo deu ordem ao Commandanle da Esquadrilha do Algarve para se fazer avela, e evitar que um navio Sardo se aproximasse da costa e entregasse aos guerrilhas armamentos que trazia? Peço que me digam se isto e verdade. Será verdade que esse Com-mandante respondeu que não podia fazer-se á vela, não^só porque a Esquadrilha estava reduzida a dous pequenos navios, mas porque lhe faltavam rações de salgado? Se-isto e verdade bastaria para provar a existência das guerrilhas.

Por outro lado quaes são ascautellas tornadas pelo Governo .para evitar a aproximação desse navio, ou a sua coramunicaçâo com o Guadiana. Pois então o próprio caliiqu/}, que lá está com uma guarnição muito pequena ha de ter falta das rações necessárias para se fazer á vela ? Sinto muito que isto «ntenda com o Sr. Ministro da Fazenda, que eu não tencionava incommodar; mas agora fallaréi alguma cousa sobre despezas. Dizem-me que a Esquadrilha está a cargo do Sr. Ministro da Fazenda; isso não sei eu» Mas u respeito da falia de pagamentos tal-\ez se eu pertendesse ou alguma outra pessoa que a tropa , que está no Algarve fosse mais bem paga do que qualquer outra , talvez pertendesse o que deve ser; porque quando está empregada n'um serviço tão penoso rasão havia para ser mais bem paga, como se tem praticado com outras Divisões por estarem ern serviço extraordinário; mas nem ao menos está tão bem paga como a outra no resto do Paiz.

Dir-se-ha que se essa tropa não está bem paga é por falta de meios. Sr. Presidente, quando nós soubermos a quanto tem montado a despeza do Ministério da Guerra, e o quanto se tem pago, então veremos se se pôde adimttir a allegaçâo da falta de rneios.

Creio, Sr. Presidente, que do que eu disse, relativo ao Algarve, resulta que esse negocio não está no caso que se figurou, e que estará, quando muito,

nos termos em que estava no inverno passado; e por isso ha rasão para recear que no verão aconteça o mesmo que aconteceu o anno passado: oxalá que não; mas se acontecer, grave é a responsabilidade daquelles que não aconselharam o mesmo que nós.

Ora, Sr. Presidente, vamos a responder a uma cousa a que não ha remédio senão responder: e' a respeito da palavra guerra. Quando um bando armado se levanta contra as instituições de um paiz creio que se chama a isso guerra; as guerrilhas estão levantadas conira o governo do Paiz, e contra a forma do Governo. Mas diz-se: elles já não têem caracter polilico ; a quem invocam elles ainda? não e o nome de D. Miguel? eis ahi o caracter político. E de mais talvez já neste mez, se estou bem informado, foram fuzilados alguns delles em virtude da lei marcial; e por essa lei se verá se as hypolheses que ella figura são ou não de guerra.

Mas diz-se : na guerra civil devem-se observar os direitos da guerra como entre duas Nações differen-tes; distingo, para me servir do estilo da Universidade; distingo, quando as duas forças- são quasi iguaes e preciso observar esses direitos; mas quando por um lado está toda a força de uma Nação e por outro lado um bando de rebeldes, quando esse bando não tem senão força sufficiente para perturbar e pôr em confusão, sem ter os meios que se podem julgar necessários para conseguir o seu fim , nesse caso, não senhor. Mas seja o que quizerem ; se qui-zerem tirar a palavra, tirern ; mas então hão de tirar também do Discurso do Throno a palavra rebeldes, que está no mesmo sentido.

A hora já deu; nós já todos nos entendemos; de um lado ha censura clara e franca, do outro lado ha adiamento, e do outro lado ha apoio ; e eu sup-ponho que este lado e muito pouco numeroso: agora resolva a Gamara o que entender; porque também já todos sabem qual ha de ser o resultado (apoiado).

O Sr. J. A. de Magalhães : — Pedi a palavra para um objecto extranho a esta discussão, mas cou-' nexo com ella. A estação tem-se adiantado mais do que prometlia ; dias tão bellos são mal empregados, convidam a levantarmo-nos mais cedo, por consequência requeria que em logar de começarem as Sessões ao meio dia, começassem ás 11 horas ate ás 4 horas. Isto involverá uma hora de prorogação, mas seja sacrificada á discussão da Resposta ao Discurso do Throno.

O Sr. Ptesidcnfe:—Eu vou consultar a Camará sobre es?e requerimento.

Resolveu-se que a abertura da Sessão fosse d^aqui em diante ás 11 horas da manha.

O Sr. Presidente: — A ordem do dia para amanhã é a continuação da de hoje. Está levantada a Sessão. — Eram quatro horas e um quarto daíarde*

.° 35.

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Presidência do Sr. J. C. de Campos.

.bertura — A's onze horas e meia. Chamada—Presentes 101 Srs. Deputados; entraram depois mais alguns , e faltaram os Srs. Cândido ae liaria, Bispo Conde, e Queiroga,