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lia theorias-, que as^verrdkdès •económicas 'não tem para ali applicação, não tem préstimo; formaes. palavras de um dos^Oradores não tem serventia ne-nhurna; Fora-m «por tanto revogadas -por estes iMus-tres 'Deputados todas as theorias económicas, nesta questão eminentemente... -económica-, essenc-iaJ-mente económica. Para maior segurança, fôra laN -vez -opportuno 'revogar as theorias por uma Lei.

Nos sVslernas padece que não ftcha-ram apoio em nenhum, 'n', rrefn , máo , proscrevera-m o« systemas. Tudo quanto é -contra, a. 'nossa .-opinião exclusiva, disseram filies,,— isso e' systema , Deos nos livre de sysle-raas, pá já o Douro ivâo lia sys-tema.

Era natural que os Deputados que cultivara bem ou mal a matéria, houvessem de dizer alguma «ousa : cernira o moflopoHo, e em favor da liberdade da industria; pois bem, e'~preciso declara-los profanos, foram declarados profanos r exconimungudos do assumpto, como laes.nâo podem ter ingresso no sancluario do Douro. ,

O assumpto do Douro c objecto de w ma scien-cia especial, jdisseram elles, essa scíencia só nós n possuímos1, e individual, não e communi á, espécie ; ninguém a sabe senão «os ,x todos os mais não são do collegiò, nàò 'tem 'accesso aos Biystefios^, não podem c o-m prebende f os arcanos.

A experiência e a observação de que depende c assumpto, também são peculiares e não constam dos fastos económicos, por ahi atida alguma cousa impressa , ovas bagatella , o mais. lambem e exclusivo, é 'monopólio; proseguirarn ellés ainda.

Assim pois para o Douro, na Lei dos il lustres defensores da nova base, não. ha theoria , ri ao. lia systémn , não lia indivíduos competentes fora del-les ; princípios, sciencia, observação, experiência, ludo e exclusivo. '•.-..

Ao menos os defensores do exclusivo da agua-ar-denle foram consequentes, nas suas opiniões, declararam exclusivo tudo quanto ha, e fizeram monopólio da doutrina, do raciocínio, da theoria , e da. pratica. Está por tanto monopolisado todo o assumpto, quem quizer entrar nelle ha de ir ao estanque dos seus exímios defensores, qiie collocados no throno do bom senso, *e da chanternidade de-lam de suspeitos todos os quê contrariaram as suas .opiniões, e recusaram todas os armas que não foram compradas nas suas lojas.

Coberto com a malha dê sêmilhante láctica, o principal defensor do exclusivo, fezTJin longo e erudito discurso, e no fim delle folga, triunfa, e reisem intenção certamente,, mas de facto com

na

muita certeza sobre a .ruína de mil industrias que prosperavam, de grandes cabédaes que se anniqui-lam , e da esperança de , um futuro, que ^se malogra. ,• i

Mas que q'uer o iílustre Deputado, que se lhe responda, se recusou todas as armas parlamentares, e deu de suspeitos Iodos os argumentos ? Não lhe íipprouve, e verdade, decretar também a revogação das máximas do bom senso; combateremos pois nesse campo, visto que é o único reducto, que nos permilte , donde podemos aggredir, o colosso dos seus argumentos. ', :

Não haverá nisto grande mal, porque como a questão abrange vastos interesses maleriaes, que pertencem a indivíduos de todas as classes, a ma-

neira de a a-prèsentar com a mellioT fé', e trata-lar em linguagem bem .vulgar, que a entenda todo o Paiz-, sem excepção de pessoas.

Não precisamos theorias, systemas, formulas •«cientificas', sciencia infuza, e recondila, com pi i» •cados cálculos eslalisticos , farragem lógica, sofiS'-Irca, « escholar^

Ver, ouvir, e apalpar, o discernimetilo com-mum e apenas necessário para os negócios mais tri-viaes da vida chegam para resolver f .s ta questão, for minha parte o esforço táctico dos i.lhistres defensores do monopólio não terá efíeito, porque não etitraram na questão..com legares communs nem argumentos que possa «i chamar-se puramente theo-TÍCOS , e fun-dados mais em deduções do que em. fectos> '-..-.. .. , •

Creio que éstt; methodo chegará para salvar esta industria dos raios abrasadores do monopólio.

Primeiro que tudo perraittirá o illuslre Deputado, que sem ser b atictor originário do exclusivo é certamente um bom defensor, que lhe diga , que urna boa. pá í te do seu discurso, sendo talvez muito profícua para outras cousas, não o veiu a ser para a questão; defendeu a Companhia, elevou ate' ás nuvens a utilidade do seu vasto systema regulamentar, encareceu as suas vantagens, admirou o chefe de obra desta instituição, que de cento urna tem prosperado, tendo-se arruinaclo quasi todas, ma* tudo iáso\veiu pouco para o. caso , porque a Companhia exiííe creada por Lei, está funccionando na fruição de um praso muito longo, não carece por tanto de ser defendida agora, porque existe, é nín* guem a combate.

A-' sombra dessa instituição regulamentar edu-cotr-se. iirna industria , concentraram-se e fixaram-se cabédaes , crearam-se hábitos cornmerciaes, contraíram-se encargos .f adquiriram-se direitos, fundaram-se freguezias mercantis, formou-se um estado commercial artificiai, sim talvez máo, mas que durou longos annos; a queda repentina de tudo.isto sem precauções previdentes, sem preparos, e meios próprios de substitui-los poderia causar abalos commerciaes, deslocação prejudicial de ca-bedaes,, alteração nos productos, restricção nos mercados ; e por tudo isto nós deste lado da Camará nunca ternos combatido a idea fundamental de uma Companhia Commercial, mas que seja boa Companhia, e não inimiga das outras industrias, que seja um concorrente poderoso contra todos os monopolistas dessa industria, um obstáculo aos seus vexames, e não ella mesma um monopolisla este-rilisador, querereps Companhia contra monopólios em favor da liberdade da Industria,, da sua independência,, e não Companhia monopólio para abafar* retaidàr, e escravizar a Industria.

E como foi creada a Companhia pelo seu fundador, não lhe dotou o monopólio da aguardente, deu-lhe outro, então querem agora os defensores da nova base ser rnais restrictivos do que o fundador da Companhia, para a conservar querem dar-lhe mais do que foi necessário para a fundar?; Isso e que e' ir^rniiito longe, isso é que é ser systematico, e furiosamente systematico. : •