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robusta. No Mundo industrial tudo é vida, movimento, vicissitude, morte, decadência, e ressurreí-

o^pelo progresso.

Acreditar que as vicissitudes das jndustrias Com-

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porção de productos, um exportador ate um certo berta da America ?— • Perdeu as forças, fez-se velha$

ponto forçado, e obrigado, e que seja por isso o zé- morreu quasi no Mundo antigo, para ressuscitar .em

lador natural da genuidade, e do credito dos pró- o novo;^que e da industria dos gallões, e infinida-

duetos, que por este motivo tenha todo ò interesse de de outras que morrem com a raoda ? em estender, dilatar e conservar os mercados antigosj O Mundo, económico tern também o seu grande

e procurar os novos, por tudo isto queremos dar-lhe livro de óbitos, e nascimentos: não ha dia nenhum

algumas vantagens, mas vantagens compatíveis com em que não nasça uma industria nova, e morra uma

os fins pára que é instituída, e não inteiramente op- velha, em 'que uma. não adoeça, "e outra se torne postas, e destructoras delles,'como e' a nova base.

Mas ainda antes de entrar no exame preciso da nova base, permitta-me o illustre Deputado que lhe diga; que e com injustiça que nos attribue ò espi-

rito de systema; o affmco exaggerado a' princípios mercial e Agrícola do Douro são causadas pela fel*

absolutos, o espirito de systema está encarnado nas ta do exclusivo _da aguardente, isso é que é ser pró*

suas opiniões; , . fano nesse Mundo.

Quem dissexao illustre Deputado, que o exclusi- Nãoquero dizer com isto, que a industria do Dou*

vo das aguasardentes ha de salvar, e reanimar o Com- ro tenha os seus dias cheios, nern prognostico que

rnercio, e a Agricultura dos vinhos do Porto? E o morre: digo primeiro, que, as suas vicissitudes sãa

espirito.de systema, e rnáo systema porque as suas devidas a causas geraes, independentes da^Compa-»

conclusões não se formam corn a realidade dos fa- nhia, dos seus regulamentos, dos seus exclusivos ^

ctos. Onde estão os factos em que o Sr. Deputado que os remédios estão nos princípios averiguados,

funda a utilidade do. exclusivo; que e da sua ;liga- apurados pela experiência dos séculos, e pelas theo-

ção necessária com os resultados; como mostra que rias dos sábios, e não em meios reprovados, desacre-

d.o exclusivo- se seguiu em tempo nenhum a prospe- ditadissimos, e que todos os dias estão produzindo

ridade do Douro? Como mostra que pelo .exclusivo effeitos contrários aos que se lhe querem agora attri-

se produzia melhor e mais barato, ej>e vendia mais buir. Quorercurar os males do Douro com oexclu-

e mais caro? Não tem nada disto, não tem senão o sivo da aguardente, é o mesmo que querer curar

espirito de systema descarnado, furioso j theoria e, sezões com veneno.

theoria desacreditada. ^ - O pensamento da Companhia foi fazer entrar na

Existiu em tempos uma Companhia de vinhos, es- ordem os Feitores Inglezes, q

sa Companhia com o andar dos tempos obteve. o ex- que vexavam a. industria. vinícola' do Douro, con-

clusivo da aguardente, véndia-se então maior porção luiando-se, e obstando aos effei.tos da concorrência»

de vinho v e rnais caro%lo^p o exclusivo hoje é útil á.

e ha de produzir os mesmos effeitos. Systema e mão rente poderoso contra todos os monopolistas , do-

systema, porque não e' o resultado dos factos, e por ta-lo cie grandes cabedaes para poder supportar

que improviza Leis, contra as quaes se revoltam os grandes empates, beneficiar por longos annos o vi*

factos. — As Leis económicas estudam-se nos factos, ntio , é como era urn exportador forçado, consti-

e.e só nesse sentido que os factos obedecem ás Leis. Uii-ío na necessidade de estender os mercados pó f

Mas a industria do Douro está a definhar, ergo e todos os meios possíveis. Este pensamento ainda

defeito na organisação da Companhia, e preciso transluz no Projecto N.° 6 , mas fica inteiramente

dar-lhe o exclusivo , o remédio de animar esta in- destruído pela nova base. ' "- .

dustria está no monopólio , systema e systema dês- Á Companhia formada sobre a nova base, não

graçado.

corresponde ao pensamento geral de todos os Pró*

Todas as industrias nascem, crescem, morrem nos jectos ou desideratum: a nova ba&e não ge'ra um

diffeientes povos, têem períodos de vigor e prospen- grande exportador obrigado, que auxiliando-se de

dade, e e'pocas de decadência, de abatimento e de uma grande' massa de. cabedaes concentrados, e

morte. Têem uma vida, têem idades próprias com tendo obrigação, necessidade, e interesse-em ex-

seus períodos porque passam necessariamente, tem portar, procure todos'os meios, e faça todos os

infância,, adolescência,, velhice , saúde, e enfermi- esforços para estender os mercados e alargarmos

dades. Nenhum estado industrial é eterno, nunca consumos, A Companhia pela nova base hca sem

houve tal.cousa, nem pôde existir, nenhuma indus- obrigação do exportar unia só pipa de vinho,

tria pôde affrontar no mesmo estado de vigor uns A Companhia fica pela nova base, corn obriga*

poucos de séculos. Onde está a nossa industria Com- cão de comprar ao Douro, vinte mil pipas de se-1 mercial, que tão magestosa se ostentou nos primei- ,.gunda qualidade, e o commercto fica com a obri-

ros -reinados depois das Descobertas- Morreu, envê- gação de comprar á Companhia uma quantidade

lheceu e acabou; e pôde ainda nascer outra vez. Por

agora passou para os Hollandezes, depois para os essa quantidade de vinhr>.—^Para demonstrar que

Inglezes, para os Fráncezes, e por lá anda, por ca- a b'ase é viciosa, e o Projecto inadmissível , basta

sa de quem a tracta melhor, digo de quem a tracta somente mostrar, que a quantidade de aguardente

.melhor, porque e' muito altiva, muito susceptível , que ha obrigação de comprar á Companhia, produz

muito inconstante ; para a conservar é necessário ani- a mesma quantidade de vinho, que a Companhia

ma-la, ameiga-la, tràcta-la muito bem, .dar-lhe tetnde comprar ao Douro. Ora isto póde-se mostrar,

muita liberdade que é o alimento de que gosta mais, e somente com a exportação para Inglaterra. Todos

e com que engorda f e se faz giganta, e sobre tudo os cálculos dos Oradores de todas as opiniões, todos

livra-la lá dopadrasto do monopólio, seu inimigo fi- os dados estatísticos de dentro e fora da Camará

.dagal, que a mata em podendo. Onde está hoje a concordam em que a exportação regular , c^nstan-

.industria da mineração europea anterior, á Desço- te, que parece estacionaria' para Inglaterra j é de