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"cMda pelo Ministério do Reino , para pelos Administradores dos Concelhos mandar examinar, se nas margens do Douro havia alguns açudes, ou levadas dos particulares, que impedissem o-transito das 'embarcações; expedi estas ordens, e -todos me responderam que ali não< haviam embaraços alguns ar.tifíciaes; estes Officios creio que vveram ate no seu original pa-ra a Secretaria do Reino, e senão vieram , posso affirmar e assegurar ao Sr-. Deputado que estas respostas foram todas neste sentido, e que por conseguinte eu tenho toda a razão para acredita-los^ não só por que aqueHes Empregados me merecem toda-a confiança, mas porque lambem tem mostrado o maior zelo no cumprimento das ordens, que lhes tem sido expedidas; o Sr. Mbusi-nho pôde ser que fosse mal informado pelos seus agentes, custa-me muito a acreditar aquelias informações que lhe deram ; ípodm eu também ser illu-dido por um, ou outro Administrador, mas quando eu vejo que todas as informações foram unanimes, não tenho raaão para duvidar delias.

O Sr-. Mansinho d? Albuquerque:—Se eu tivess« designado o Governo Civil de Villa Real, tudo isso vinha para a questão-; mas eu não designei Governo Civil algum em particular, não podia designa-lo , posso =pore'm designar negativamente que não alludi ao Governo Civil de Villa Real.

O Sr. Presidente: — Continuamos na ord«m do dia; tem a palavra o Sr. Felix Pereira de Magalhães.

O Sr. F. Pereira de Magalhães: — SP, Presiden-te, no estado avançado em que se acha esta importante discussão, tentlo-se divagado muito do ponto principal delia, e vistas as minhas circumstancias particulares , como Membro da Com missão especia-1 de vinhos, eu julgo que é muito conveniente, e que é já tempo de fixar o verdadeiro estado em que se acham a Camará, e a Com-missao a respeito desta quesião.

Sr. Presidente, a-Camará está perfeitamente livre em adoptar qualquer das bases que estão em dncus-são , e os Membros da Couunisbão têem igual liberdade paia adoptar uuia ou outra base, nem a Gamara se contradiz, nem a Co«imissão também 'cotmueue alguma contradicção , digo isto porque alguns Sfs. Deputados tem querido Afazer ver á Gamara que não pôde.já affastar-se da base do Projecto N.° 6, e que a Commissão ou seus Membros também estão-em contradicção apresentando na Sessão passada aquelle Projecto; e sustentando agora a base novamente offerecida .pelo Sr. Dias de Azevedo.

Sr. Presidente, a Commissão especial dos vinhos reunida o anno passado, quiz acudir com -um re-rnedio j)rompio-, e protuptissimo ao Gommercio e AgricuJHira dos vin-hos do Douro, quiz aproveitar todo o tempo para apresentar uma medida salvadora á Camará para ser por-elladiscutida, approvada, ou substituída , T eu n. vn-s e a Commiasão , e as convicções cia maior parte dos Membros detfa, petos conhecimentos especiaes que tinham deste objecto, e pela experiência de mais de 80 annos, entendiam, era sua opinião que um exclusivo de agua-ardente devia ser dado a uma Companhia, não um exclusivo total, mas t-uui exclusivo parcial, que este exclusivo era o remédio mais fácil, mais efficaz para -acudir aos males

nada affectava as outras Províncias do Reino, nem "outra alguma industria; porém fazia parte da Commissão 'especial dos viuhos, e faz ainda um Membro, que sinto não ver nesta Sessão, e sinto muito mais o moirvo porque elle não assiste a ella; disse elle que ao exclusivo se opporia com todas as forças •q-u e tinha, e qiíe se se apresentasse havia de achar grande •opposiçab nas Camarás, mas que outro qualquer alvitre, mesmo de uma contribuição elle o apoiaria com todas as suas forças, e por todos os seus amigos, e que até podia dizer que toda a Pró-vincia da Estremadura pela qual foi eleito, não teria duvida em pagar uma contribuição para auxiliar o Douro : -a Commissão tendo o pensamento uniforme de fazer -passar, uma medida que acudisse aquelle Commercio, não teve duvida por transacção, de adoptar a medida que está no Projecto N.° (3, e depois de ter differenies conferencias com os Membros do Gabinete sobre os meios de levar a efteito, e sobre a possibilidade de o adoptar, confeccionou o seu -Projecto e apresentou-o á Camará, e a Camará discutiu esse Projecto, Camará discutiu a base del-le, e quando a discussão estava a fechar-se é que appareceu uma indicação, de que se não podia votar sem uma. Lei,-que substituísse a despe-za que se criava com com a adopção da base dos 150 contos; neste estado ficou a discussão, por ventura já a Gama-Ta sobre essa base votou l Não, por consequência a Camará está livre para votar, e os Membros das Commissoes tem igual liberdade , (quando fallo da Comrnissão eritende-se que fallo da Maioria da Commissão) porque-as suas convicções eram pelo exclusivo , e se adoptou a base que apresentou á,Gamara o Projecto N.° 6, com outra base, foi por mera transacção; contradizem-se pois os Membros da Com missão trazendo esse Parecer sobre o Projecto do Sr. Dias d'ázevedo? Não. E esse illustre Deputado contrariar-se-ha ? Não ; porque não assistiu ás conferencias da Commissão no anno passado, nem concorreu pá a a redacção do Projecto N.° 6. Por consequência lambem eu não estou em contradicção'. Eu já disse, e repito, não. tenho interesses nenhuns no Douro, todos os meus interesses são na Estie* madura; e apezar de que as minhas convicções são pelo exclusivo, eu votaria contra elle se se:demonstrasse que era prejudicial ás outras Provincias do Reino. Eu não tinha,ainda a minha opinião formada a respeito do voto que daria sobre a nova base; mas hoje, depois do que ouvi aos'Oradores que .a combateram, digo que voto pelo exclusixo, porque não prejudica em nada as outras Províncias.

São três os Oradores que têem fatiado contra o exclusivo. Um não apresentou argumento nenhum para provar que causasse prejuizo ás outras Provincias; só fallou dos muros que se levantavam em frente do Douro para excluir as outras Provincias; mas como não sei de que se possam compor esses muros ; nem o nobre Orador se explicou a este res-