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à somma em prata de 15/000 reis, se torne desregrado. Eu vejo que os nobres Deputados se riem ; mas o que exponho é dito com a maior seriedade. Lembro-rne do mau uso que fiz da primeira moeda de ouro de que fui senhor, e que julguei somma inextinguível. Falta-me agora um texto latino para justificar esta opinião, (riso)

Sr. Presidente, principiemos por inspirar aos mancebos semimentos de honra e generosidade: o dinheiro é bom , é óptimo, e eu não digo que a recepção delle exclua taes sentimentos dó coração da-quelle que o recebe, mas o prémio do estudante realmente não é o dinheiro, é o louvor, (apoiados) é um objecto em que elle ponha os olhos, e que o excite e mova afazer novos esforços; que elle possa mostrar aos seus amigos e parentes. O dinheiro não serve para isto ; e o que elle receber do prémio pouco lhe durará: uma boa obra da sua faculdade; ou a de um auctor famoso que lhe dê instrucção , e preferível ao dinheiro» é aíais nobre.

Nada posso acciescentar ao que se disse, e nem é nece-g&miw ; mas o argumento que se fez, de que os prémios pecuniários eslão estabelecidos em todas as escolas do reino já tem uma excepção , creio que na escola medico-cirurgica. Ora pois j se na escola mediicowcirurgica para se estabelecer o prémio literário ^ para assim me explicar, não mereceu consideração o acharem-se estabelecidos os prémios pecuniários em todos os outros estabelecimentos, ha de v&ter isto para nós —agora quando já temos uma excepção?... Augtnentemos essa excepção coai outra; successivamente virão muitas mais; e esta-beiecer-se-ha uma regra geral -contraria á de hoje. Assim se vai substituindo

« Não se estabeleça o tíielhor porque está estabelecido o peior! » Esta ra?Jão é eontraproducentc: "é melhor não produzir nenhuma*

A commissão, segundo acaba de explicar o Sr. relator, não retira a clausula do prémio pecuniário^ mas estou certo e confio no bom senso de cada urn dos seus membros, que nenhum delles deixará de reconhecer que e' melhor o prémio Jiteiario, digo ó prémio lilterario, porque insisto ela que ao estudante se dê o prémio em livros, ou em outros objectos úteis ao seu adiantamento e insti ucção , principalmente nos últimos annos em que os livros lhe devem prestar no exercício da sciencia, a que se tiver dedicado. Isto e mais nobre, e melhor do que o dinheiro, e vale-o; porque os livros custam dinheiro-. Assim se evita a occasião de e-omnieiter uma falta qu

Poitanto, eu appiovo a doutrina do meu illustre amigo o Sr. Alves Martins, e a do meu illustre siusigo o Sr. Agostinho Albano. Desejarei que a Cambra approve que o prémio seja dado pelo modo que acabo de ennunciar. (apoiados)

O Sr. Ferreri:— Sr. Presidente, eu desejo que se gaste o menos tempo possivel crn tractar de sus-"Icntar-se um principio, que ninguém combate.

A questão v r m a reduz-ir-se a: se, neste caso, deve seguir-se a icspeito deste estabelecimento o •'wpsttío qu« se r.cha e^taot-lccido para a escola me-riioo-cirurgica. Já se deu a razão , porque aqui se tjj.labeleceu o prémio pecuniário, e o motivo por-N.* 12.

que isto aqui se estabeleceu e, porque efíectivamen» te se deve suppôr que os concorrentes a este estabelecimento sahem das classes menos abastadas, e que isto é uma ajuda de custo.

Ora quanto a dizer-se: que e de certo melhor dãf ao estudante urn documento, que elle possa mostrar, e que possa ler duração como prémio do seu merecimento, isso existe no'diploma: todo o indivíduo, que e' premiado, apresenta o diploma, esse diploma fica em seu poder para o mostrar quando quizer, e passar até aos seus vindouros: ré cebe o dinheiro, e o diploma ; o mesmo acontece em outros estabelecimentos.

E póde-se dar também opção ou o prémio pecuniário, ou uma obra de veterinária; estou persuadido de que naturalmente o brio os levará a preferirem talvez o prémio da obra ; todavia haverá algum cujas circumstancias sejam taes, que queira antes receber o prémio pecuniário. No ernlanlo, repito, não vale a pena estarmos a gastar tempo com isto. Por fim digo, que desejo, que o projecto vá por diante a fim de se fazer alguma cousa a este respeito.

O Sr. dlvcs Martins:—Eu admiro que o nobre Deputado diga: que se não gaste tempo com isto, e não qríeira transigir nem n'uma virgula!.. Ad-miro-rne ! .. E sendo militar!.. Isso ainda e'mais. E tanto e mais que as dislincçôes aos militares não são em dinheiro, as dislincçôes na batalha são sempre premiadas com um posto, com fitas, ou com medalhas; são disiincçôes de honra, nunca é dinheiro. Ao militar que se distingue, dá-se uri) posto ou urna condecoração, e nunca dinheiro. Já via dar-se dinheiro ao alferes, ao tenente ou ao soldado que se distinguiu T

C) Sr. Ferreri:—Augmento de posto dá dinheiro.

O Orador : —- Isso e uma parle annexa; mas o posto é que é a parte essencial. Admira-me ouvir isto a um militar!... Não sei a razão, porque o nobre Deputado insiste em não querer, que o pre-wiio seja determinado pelo conselho da escola em uma obra que o mesmo conselho escolha ; reconhece os princípios, diz que ninguém os contesta, e ao mesmo tempo insiste, não sei porque principio porque não fique o conselho •aiiictori»ado para dar um prémio em uma obra qualquer á sua escolha! Não sei, porque não transige nesta parte! Reconhecendo o principio, não transige diante das consequências desse principio; não quer ceder urn palmo de terreno !

O Sr. Presidente; — Não ha mais ninguém inseri pt o.

Leu-se na :Mc$a o seguinte

ADDITAMENTO.— Ora uma obra veterinária á escolha do conselho da e-scóla.— Ferreri.

Foi approvado o artigo com o additamenlo, salva ti redacção.

Entrou em discussão o seguinte Dos diplomas.

Art. 19.° Aos alumnos que completarem o curso, se passarão os diplomas, que serão, segundo os modelos, approvados pelo Governo, e assigna-dos pelo cornmandante, e pelos lentes. Os alumnos, x^ue não forem pensionistas do Estado, pagarão três mil réis pela caria geral.