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conservar á custa dos maiores sacrifícios. Sr. Presidente, eu espero que .a actual administração saberá •vellar e pugnar pelo decoro e pela independência da nação; e que.concluindo uno tractado para a total repressão do trafico da escravatura, não será menos zelosa que a administração transacta pela dignidade do paiz ; sendo todavia mais hábil e mais prudente no conduzir das negociações, e por ventura mais bem succedida.

Agora responderei somente a algumas observações aqui apresentadas por um Sr. Deputado por Cabo Verde; disseco Sr,, Depurado que — não queria que o seu Paiz fosse tractado como colónia d'Inglaterra, sem gosar das vantagens que gosam as colónias desse Paiz — pois eu declaro que nem gosando dessas vantagens, quero gosar de tão triste prorogativa. (Apoiados). Disse mais o Sr. Deputado — que elle não queria um tractado perpetuo — nem eu iambem o quero: a abolição do trafico da escravatura e que eu quero ver perpetua,, e não o tractado que deve levar a effeito essa abolição; porque se hoje é necessário o direito de visita, amanhã pôde não sê-lo. O Sr. Deputado esteve a matasse inutilmente para provar unta cousa que ninguém lhe contestava.; isto é, que o tractado do trafico da escravatura devia ser considerado como tractado dê commercio ; quem lhe contesta isso] Por-ora-.ainda ninguém: foi certamente uma tarefa inútil a que o Sr. Deputado tomou. Disse mais. o Sr. Deputado — que na resposta ao discurso . do Throno se deve inserir uma declaração, manifestando a Camará que não approvará tractado algu.m.^.e-Ji.âo^Len.ka^laej-^^êAaesjclausulas — isto e contra a Constituição; e uma perfeita í n-, vasão de poderes; nós não podemos marcar as clausulas do iractado, o que .podemos fazer e, approvar, ou reprovar o mesmo traclado depois de feito; isto é urna cousa evidentissima. Os Ministros não sào Embaixadores da Camará, são Conselheiros da Coroa.

O St.Moniz:—Sr. Presidente, asopiniôes queeu tinha a emillir a respeito deste negocio tão importante, e em occasião tão soíernne, estão já emittidas nesta Camará, e aléd'uma maneira muito superior áquellaque eu poderia empregar, muito principalmente pelo Sr., Midosi , assim como também por vários outros, e a fallar a verdade, até agora lenho vtsto; muito .pouca discórdia na Camará, ao menos pelo que respeita a pontos essenciaès. Quanto aos sentimentos de patriotismo contra o trafico, e contra a aggressão íei-la contra nós, também concordo com tudo quanto se tem annunciadó nesta Camará: agora, avista disto, Sr. Presidente, desejoso que SB .poupe o tempo,, sem a menor intenção de inhibir os outros de faltarem , digo eu a V' E.xa que cedo da palavra por este instante; porque nesta occasião não se offy-

recem cousas novas a dizer; se se me offerecerem eii pedirei novamente a palavra.

O Sr. Leonel: — Sr. Presidente, reservando-me o direito de pedir a palavra outra vez se o julgar conveniente, cedo-a agora ao Sr. Passos (Manoel), qnè e' quem se me segue.

O Sr. Passos Manoel: — (O Sr. Deputado não restituiu o seu,discurso a tempo de ser impresso nes» ta Sessão).

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros: — Sr. Presidente, eu pedi a palavra para uma explicação, em consequência d'uma pergunta que se me fez de aquelle lado da Camará, a respeito d'existir alguma proposta sobre a compra de Goa: naquélla occasião respondi que não tinha conhecimento nenhum desse negocio ; porque quando entrei no Ministério procurei instruir-me do estado dos negócios pendentes, mas não tem sido õ tempo demasiado para tomar conhecimento de tudo o que é relativo a alguns delles: procurei saber logo do illustre Senador que tinha sido Minisiro dos Negócios Estrangeiros , se tinha havido alguma cousa a esse respeito, e verifiquei então o facto, e depois li as diffe-rentes notas que se escreveram de donde se mostra qtre«ste^negocio não teve seguimento, nenhum, tendo princip5á3ò'kem uma conversação com o Ministro d'Inglaterra ao qual se disse que escrevesse (Fo^es — Mas respondeu-se que não ?....)

O Orador: — Eu vejo que os Srs-: Deputados sabem mais da Secretaria dos Negócios Estrangeiros do que eu ! (Riso, apoiados da direita) Direi porém o que houve a esse respeito. (O Sr. Passos 4sManoel) , Leonel, e José Estevão pediram a pá-vra). Recebeu-se^uma.nota^ eréspondeu-se que não; houve segunda por aquella não ser bastante explicita, e também se lhe respondeu que não ( Vo%es: —bem , bem,).

Agora permitta-serine também dar urna explicação sobre uma passagem; do. discurso do Sr. Passos (Manoel). Eu já aqui disse que tomei conta dós negócios no estado em que ell«s se achavam, e que me não erigia etii Juizípara julgar da marcha anteriormente seguida; mas como Ministro dós Negócios Estrangeiros não posso deixar passar a interpetração feita aos tractados , sem .dizer que é a minha opinião, e como os intendo ... (O Sr. Passos (Manoel) : — Eu não emitti j«iso; apresentei as duas hypotheses). O Orador: —Assim mesmo intendo que devo explicar-me . .. ( Fo%es da direita — reserve isso para quando fallar na matéria). Como já: deu a hora, reservo-me para quando fallar na matéria, para o que peço a V. Ex.a me inscreva.

O Sr. Presidente: — A ordem do dia para amanhã é a continuação da de hoje. Está levantada a Sessão.— Eram'4 horas da tarde.

N.° 13.

ire 15 te Jítvemw,

1840.

Presidência do Sr. Guilherme Henriques.

.bertura—Depois do meio dia. Chamada — Presentes 79 Srs. Deputados; entraram depois mais algnns, e faltaram os Srs. Que-