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vento, vínhajn muitas vezes tra nsmptog com menos exactidão os discursos dos Deputados, e agora acaba de fazer a applicaçào desta asserção ao seu Discurso.

O Sr. Cardoso Cartel-Branco:—-Eu não me queixei dessas inexactidões; queixei-me de que as reclamações dos Deputados da Opposiçào não fossem «dmittidas no Diário, como as dos Sr». Deputados da Direita.

O Sr. Ministro do Reino: —Eu digo ao illustre Deputado, que, se se queixa da pouca exactidão d

Ora parece-me que se o illustre Deputado se dirigir ás pessoa.^, a quem isto compele, para que se i n s.i y.i no Diário do Governo o extracto de qualquer Discurs1), parecerme,' que nãp se negarão, e por esta parte PU farei, corn que sempre que o illustre Deputado, ou algum outro da Opposição, queira que se lhe .insira no Diário do Governo algum Discurso, pôde estar .na cerleza , de hoje em diante, de que se ha de insejir. Eu o pedirei «is pessoas, que estão encarregadas deste negocio. Quanto á inexactidão dos extractos lambem eu me queixo do mesmo.

D Sr. Ctirdoso Custei- Branco : — E eu não me queixo,

O Sr. Fonseca Magalhães: — O Sr. Ministro do Reino satisfez completa mente os meus desejos, e entendo , os desejos de toda a Camará. Mas eu não nie accommodo com esta razão banal, que aqui lenho ouvido dar, de que o Diário e' «ma empreza particular, e que por consequência somente o que nelle e Official é que pertence ao Governo, e que o mais pertence aos Redactores. Eu sei que isto pôde ser plausível por momentos, mas devemos fallar segundo as nossas consciências e as formulas. No tempo ern que tive a honra dê ser Membro dos Conse» lhos de Sua Magestade, e de ser Collega do actual Sr. Ministro do Reino, declarei sempre aqui, por diversas vezes, a reclamações iguaes, que as colum-nas do Diário do Governo estavam promptas para admittir, não só os extractos, mas os Discursos dos Deputados: nenhum Governo decentemente pôde negar-se atai, e quando fosse necessário mesmo passar alem dos estreitos limites dessa propriedade dos Officiaes da Secretaria ; eu fui Official de Secretaria, honro-me muito disso, também já cooperei para a Redacção do Diário do Governo, os Redactores do Diário do Governo fazem o que o Governo quer, nunca disseram que não, ha sempre co-lumnas para o que for preciso, e ainda que não haja intervenção directa da parte do Governo na publicação; do Diari.o do (-inverno , a nobre corpora-cão de Officiaes da Secretaria obedece em tudo ao Governo. Por tanto não venhamos aqui dar uma razão,, que não t.em fundamento. O Sr. Ministro do Reino fez muito bem, declarando corn toda a

franqueza, que tomará as medidas convenientes para que os Sfs. Depmados, de qualquer Ia Io da Ca-rnara, senão queixem de que os Discursos lhe não sãoadmittidos ; se me não engano, comigo não aconteceu isto; eu não tenho fatiado, e protesto aos Redactores do Diário do Governo, que nunca lhes hei de pedir que insiram os meus Discursos, se alguma vez me dí*r na cabeça dizer alguma cousa. Por consequência nào fallo para mim , fallo para bem da decência publica, da mesma decência do Governo ; porque não estava bem ao Governo , a fallar a verdade, desculpar-se com esta razão, que acabo de chamar banal, e e muito melhor que se abram as portas da publicidade para todos assim é que o Governo tem feito o que deve fazer.

O Sr. Cardoso Casíel-Branco: —• Com a declaração do Sr. Ministro do Reino estou satisfeito.

O Sr. Miranda:—Sr. Presidente, haverá perto de um mez, que tive a honra de apresentar nesta Casa dous Projectos de Lei : um para a extincçào das Contadorias, e outro para a substituição do papei seííacío. fíu não quero, tange cie m f'm, dirigir insinuação alguma á Co m missão a quem havia de ser remeti i do o Projecto, porque estou certo do z^llo de todos os nobres Cavalheiros, que compõe aquella Commissão; mas a Camará reputou quer uru quer outro dos Projectos, de bastante importância; declarou-os urgentes e .mandnu-os inserir no Diário do Governo. Sr. Presidente, esta urgência nào está só no espirito daCamara, está também n > dos meus Constituintes ; porque não só um ; mas muitos dos Deputados que os assignararn teem recebido cartas, em que nos estimulam, a ver se sobre elles ha alguma resolução qualquer (Apoiados.) Eu de maneira alguma quero censurar a Commissão ; estou certo de que ella conhece os seus deveres, a matéria é muito difficultosa, é transcendente, precisa ser meditada, e estou certo de que a Commissão em tempo competente , ha de apresentar os seus trabalhos; mas eu lenho necessidade de fallar aqui nisto, para dar urna satisfação aos meus Constituintes, e para mostrar que não tenho em menos "conta as suas observações.