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cio-e miúdo, o& cordoe» das bolsas dos contribuintes; vejo infelizmente essa necessidade. Porem a confiança que pôde determinar um sitnilhante voto, pôde ser absoluta, ou cingir-se dentro de certos lemites, pôde ser cega, ou motivada; a confiança irreflectida , quero dizer, aquelta , que se não «striba ena fundamentos sólidos, nqueíla, que se não funda, no conhecimento do systema para cujo desenvolvimento *e concede essa confiança, é a que eu chamo confiança cega. Esta confiança pôde cada um tc-la, quando dispõe dos seus próprios, e ind/ividuaes meios, mas o procurador de outrem não pode em nome desse outrem ter confiança que não seja limitada, fundada ern princípios, em razões e em factos, ar. Presidente, são estes os sneus princípios, e creio que são os de todos os Representantes, que se assentam nesta Camará. Nenhum de nós quer zelar menos o decoro do Governo, nern os interesses geraes do Povo: nenhum de nós quer zelar menos os interesses collectivos, e individuaes dps seus commitentes, e mister conciliar estas duas cousas £u vou entrar na discussão da matéria, fundado nestes mesmos princípios.

Eu desejaria muito, ou para melhor dizer, eu considero essencial para que nós possamos conscen-siosamente votar sobre esta matéria , e votar sobre ella promptaiKenle, que o Governo houvesse tido o cuidado de nos expor, senão os prornenores, senão os desenvolvimentos do syslema de Administração de Fazenda, que pertende seguir, dos contractos, que pertende fazer, das operações, que pertende. effectuar, ao menos o complexo, e chave, o index desse systema que pertende seguir. Se isto se houvesse feito, nós avaliando por essa chave, por esse Índex, por esse esboço simples, o plano que o Governo tem em mente executar, poderíamos combinar esse plano com as nossas próprias ide'as, e demonstrar as nossas próprias consciências , que esse plano era o mais económico que as cucumstancias permitiam adoptar, que era não só o mais diminuto em despezas, mas o mais fértil em resultados, porque estes são os dois caracteres da verdadeira economia, a qual não consiste só em gastar pouco, mas principalmente em gastar bem; quando apparecessetn estes caracteres, eu francamente abriria com confiança a bolsa dos contribuintes, prescindiria do exame rigoroso , dos tramites legaes, e da marcha regular porque devem ser collectados os meios peccuniarios, e approva-das as despezas pciblicas , passaria sobre tudo isto, e diria aos meus commitentes que a minha confiança foi lata , mas que a minha confiança não foi cega. Pore'm , Sr. Presidente, á vista do que aqui se apresenta, á vista mesmo (seja-me licito dizê-lo) do que diz a Commissão, que com o seu Relatório pretendeu illustrar o Projecto do Governo, não vejo a questão esclarecida, não vejo nada do que eu entendo que é essencial para a resolver. Diz só a illustre Commissão, que quizera em objecto de tanta transcendência seguir os u&os adoptados, restringindo a um tempo cerlo , e determinado a auctori-sação, que se pede, porem que as repetidas conferencias que teve com o Sr. Ministro a este respeito lhe mostraram a conveniência, e a necessidade absoluta de approvar a Proposta qual a òfferece, mas n à o nos diz em que consistiram essas conferencias, nào nos refere o que disse o Sr. Ministro. A Com-

missão aponta um faefco, mas um fact©, donde nào podemos deduzir nem convicção nem imoralidade. A Commissão podia ter dito ao menos o que

Sr. Presidente, a confiança que se deposita no Governo, não é a confiança que se deposita em certos , e determinados indivíduos, porque um Governo não e' para mim a collecção de João, Pedro, Paulo, e Francisco, o Governo e um Systema Go-vernativo ; eu não dou essa confiança a João, Pe-dio, ou Francisco, dou essa confiança atai, ou tal Systerna ; quando digo pois que tenho confiança no Governo, não alludo,ao gráo de confiança que tenho nos indivíduos, que o compõem, alludo á corsflança jque rne merece o pensamento Governa, livo, o Systema que se me apresenta ; portanto para que o Governo adquira o primeiro gráo, a primeira unidade da minha confiança, é necessário que elle descubra a primeira cortina, que me manifeste uma parte do seu Systema , e á medida que elle me for rasgando um outro veo do seu pensamento, a minha confiança podará ir accrescentando uma á outra unidade, ate' tocar o máximo, ou miriimo, se o Systerna me desagradar.