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repeli i r com indignação, cofn.o e' rigorosamente do meu dever de honra, ama asserção genérica apresentada aqui por um i l lustre Deputado, asserção donde se podem tirar illações e inducções desfavoráveis já para rnirn como Funccionario Publico, e já para oti-tros Caracteres respeitáveis que estão nas mesmas cir-eumstancias.

-Sr. Presidente, eu seria pouco digno de sentar-me nesta Cadeira de Deputado, e daria testemunho de que não tinha no meu coração o sentimento mais digno delle, o sentimento da minha honra, se guardasse silencio, depois daquelle dito. Sou muito me-lindroso neste sentimento de honra, e de pundonor; não admitto nunca duvidas a esse re?peito, nem jamais deixarei de responder de modo resoluto, todas as vezes que directa ou indirectamente se fizerem ai-lusões, ou insinuações desfavoráveis: hei de desaffron-t,ar-me sempre como Deputado, como homem, e por todos os modoa. Na longa carreira que tenho de Funccionario Publico, e em toda a minha vida, nunca pracliquei acto algum, pelo qual merecesse o conceito de devasso, nem de covarde: não hei de, espero om Deos, agora que os cabelios me alvejam, obrar de modo diverso, e deshonrar-me. Nunca, repito, deixarei pas?ar impune um insulto. Estou persuadido, de que nenhum Membro desta Casa tem, quando falia, a intenção de injuriar; mas se apparecer expressão, que. pareça injuriosa, hei de responder-lhe, como Deputado na Tribuna, com toda a severidade, que puder, sem faltar aos deveres de decoro, e de consideração, a que o logar me obriga. Se a injuria o exigir, ou se for inferida fora desta Sala, usarei dos oi>t'os meios, que todo o Cavalheiro deve empregar para manter a sua própria dignidade e honra. Devo agora declarar, que, quando repelli com indignação a proposição genérica, que foi apresentada por um illustre Deputado, preveni desde logo, que não punha em duvida a probidade e inteireza desse illustre Deputado: refiro-me ao illustre Deputado pela Figueira, ouviu toda a Carnnra, que eu fazia justiça á probidade do mesmo Sr. Deputado ; rnas e certo, e o illustre Deputado o confessou hoje, que da pró. posição genérica que S. S.* apresentou, podia tirar-se uma illação realmente muito desfavorável ern geral . a Ioda a. classe dos Funccionarios do E^tíido. Como porem o illustre Deputado declarou hoje, que o que disse fc:i sem intenção de offc-nder a classe dos Servidores do listado nos differentes ramos de Publica Administração, eu não direi rnais nada sobre esse objecto.

Sr. Presidente, appellou-se também aqui para o tribunal da opinião e da moral publica, e disse se — Que elle era superior a todas as Leis—Eu, Sr. Presidente1, não receio esse tribunal : o homem q.ue atravessa vinte e um annos n*uma carreira, onde se offerecom milhares e milhares de occasiõcs tentadoras para n corrupção, para faltar ao que é seu dever, e depois desse tempo pôde apresentar-se cm toda a parte cprn a fronte erguida, e sem ninguém lhe poder dizer — Que practicou uma acçTio indigna ou criminosa— esse homem hão receia o tribunal da opinião e moral publica (Apoiados). Esse homem ha de flpresenlar-se perante elle, e est;i certo, que terá por seu lado um Feredicfmn favorável (/1poind'>n). Quanto á questão ab?tenho-me, como já disse, de. toda a discussão a respeito do que tem sido objecto delln, não porque mo faltem forças e argumento?,

na-) porque não tivesse muitas considerações a fazer a respeito de algumas cousas, que se tcem dito durante este debate, porque realmente'me parece, que não se intendeu bem o Direito Constituído, mas porque me quero - nffnstar deste debate, c por isso vou dar á Camará as explicações respectivas ao ponto que referi, logo que comecei a falia r.

Sr. Presidente, a minha entrada para a Secretaria de Estado teve logar em Julho de 1830. Pertencia eu a um Corpo Militar a que V. Ex.* também pertenceu, ao distinclissimo Batalhão Académico, que tantos trances passou, « tanta gloria adquiriu nas guerras da Liberdade Constitucional. Achava-me na [lha Terceira, em serviço activo, e n'uma posição importante, quando fui chamado e sem o sollicitar, nem esperar, pelo Ministro da Regência o Sr. Bra.-klami hoje fallecido. Pôde dizer-se que não havia então verdadeiras Secretarias de Estado;—existiam corntudo estabelecidas certas Repartições onde setra-ctavam 05 diversos negocio» do Estado. O Sr. Bra-klami tinha a seu cargo os Negócios ISccIesiasticos e de Justiça, e os da Fazenda : pnra dirigir o expediente dos primeiros debaixo das immediatas ordens do dicto Ministro, fui chamado, na qualidade de Bacharel Formado; ficando por isso dispensado do serviço militar, activo sem outra nomeação que não fosíe a Portaria que me chamou. Assim estive por muito tempo sempre servindo no Ministério da Justiça, e continuei na mesma situação depois da chegada do [rnmortal Duque de Bragança á Ilha Terceira. O Sr. D. Pedro dechrrn, que não fiizia nomeação ou despacho para as Secretarias de Estado, senão quando chegasse n terra Poitiigueza: não obti-ve pois nomeação alguma regular senão no Porto por Decreto de 3 de Dezembro de 1832, pelo qual fui despachado Olíiicial Ordinário da Secretaria de Estado dos Negócios Ecclesiasticos e de Justiça. Não .exerci, nem podia exercer o logar de Amanuense, nem eu o ncceitaria.com as habilitações que tinha. Isto não admira; porque já ern 182<_2 mui='mui' de='de' depois='depois' anno='anno' junho='junho' existem='existem' oíficiaes='oíficiaes' do='do' de12='de12' lei='lei' mesmo='mesmo' delia='delia' camará='camará' logo='logo' dois='dois' os.quaes='os.quaes' são='são' foram='foram' e='e' entrft='entrft' ornamento='ornamento' p='p' hoje='hoje' nomeados='nomeados' ó='ó' nesta='nesta' vários='vários' cavalheiros='cavalheiros' secretaria='secretaria' da='da' distincto.='distincto.'>