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Io tolerante nestes excessos; mas eu, Sr. Presidente, digo francamente perante esta Camará dos Representantes da Nação ( Havia na ('amara a mais profunda attençlo;: quererei antes ser accusado de demasiada leniencia corri a Liberdade de Imprensa (Mui-tos 'apoiado*) ; ha comtudo deveres dentro dos limites dos quaes o Governo se deve conter, e no que não e licito sem faltar ás suas obrigações fechar os olhos ( Apoiados).

Eu não sei se já passei, mas fiz tenção de passar as ordens, cm virtude do meu officio, para serem ac-cusados os artigos subversivos desse Jornal, que abusa de mais (Apoiados) da tolerância do Governo, do espirito que reina na Camará, e deste amor que temos todos nós á grande amplidão da Liberdade de Imprensa (Apoiados). »

Mas intendamo-nos bem : a Liberdade cessa de o ser, quando se practicam. tacs abusos; abusos que es-candalisarn ; abusos que podem ter resultado, se não o resultado desejado, ao menos um resultado parcial de desordens no Pai/ (Apoiados), e nessas desordens Cidadãos honestos e honrados podem padecer. (O Sr. Burjuna:— Isso tem que se lhe diga; isso são allii-sões que se rião devem fazer). O Orador: — Sr. Presidente, eu acho-me actualmente—oxalá que sempre assim estivesse! — (O Sr. Barjona: — E dar origem a que se façam cousas que não lembrariam a ninguém) no maior sangue-frio (O Sr. Barjona: — Todos me farão justiça nesta reflexão) ; eu acho-rnc actualmente no maior sangue frio que e possível ; eu inlpnd" (O Sr. Barjona :— Não tem que dizer) que havendo referido alguns acontecimentos, dois isoladamente, dois acontecimentos da natureza daquelles que apresentei, quando n r h o, srnno crri tudo ao menos em parte, a causa delias nos abusos de urna certa cor da Imprensa, não sei que me seja prohibido dizer a minha opinião; a ninguém ofíendi, não citei homens, não citei nomes: a Camará inteira, a Nação inteira está vendo o abuso que st* fax da Liberdade de Imprensa, intende-se muilo bem por quem, intende-se muito bem por que.

Eu, Sr. Presidente, não considero que sejam Partidos Políticos dentro do grémio da Constituição do Pastado aquellcs Partido.» que tendem a subverter a ordem estabelecida, e a mudar a Dynastia (Muitos apoiados), esses não são Partidos Políticos que eu considere como taes; digladiem-se, combatam-se, ar-guam-se mutuamente, accusem-se se querem, os Partidos Políticos que a Nação reconhece, os de maior progresso, os de menor progresso, mas todos os libe-raos, todos aquelles que reconhecem a bandeira da Carta (Apoiados). (O Sr. Barjona:— Mas um Ministro da Coroa não faz allusões dessas), a esses amplíssima liberdade; mas, Sr. Presidente, ha uma terceira entidade que pertendc trazer a discórdia entre nós; não e Partido Político esse de quem eu fallo (Apoiados^ e por tanto não ha aqui allusões a nenhum dos Partidos Políticos, que a Nação reconhece. (Apoiados). (O Sr. Harjona: — Ha allusões, houve allusões).

Sr. Presidente, o Governo tem tomado as medidas de cautella e precaução necessárias, o Governo espera que estas duas, principalmente esta primeira tentativa não terá resultado; mas não pôde crer, e e-lhc licito desconfiar que não seja só aquclle rompimento Loladarncnte em uma terra do Reino, sem ramificação em tnai- algumas; e! por isso que tenho

tomado certas medidas e que hei-de continuar a tomar, não para opprimir, não para fazer victimas, mas para sustentar a ordem e o Governo estabelecido (Apoiados).

O Sr. Leonel Tavares (Sobre a ordem):—Tem-se diclo t nu U cousa, que já me não lembra para qur» pedi a palavra. Nós ternos que nos reunir ria Com-missão par.i a conferencia sobre o Acto Addicional, e o que lia pouco se acabou de dizer de ser preciso trabalhar fora das horas da Se«sào, isso é «mito bonito, mas e' para quem tem força, e e necessário que afí saiba que nu Com missão esiarnos pelo menos dois velhos (O Sr. Derramado:—H um doente). O que peço pois a V. Iix.a e que dê ámnnhã para ordem do dia tnibiílhos em Secções, para ver se a Commissão pôde acabar este negocio do Acto Addicional (Apoiados).

O Sr. Mendes Leal (Sobre a ordem):—Míu levanto-me pelo mesmo principio porque rne levaniei ha pouco. Assim como pedi que continuasse n ques-tão que se tinha encetado para que o Sr. Ministro do Reino tivesse a palavra, pela mesma razão recln-ino agora, que V. líx.* e a Cornara conceda a palavra ao Sr. Barjona, porque depois de ter dado explicações o Sr. Ministro do Reino sobre 03 obji-clos tocados pelo Sr. Barjona; parece-me injusto que este Sr. Deputado fique agora privado (lê poder responder. K por esta occasião direi uma cousa q tio e* lano espirito de todos, e e que se gasta mnis em te decidir se se ha de dar ou negar a palavra a qualquer Sr. Deputado, do que se gastaria, se logo de principio se Ide tivesse concedido que Miasse. Agora o que me parece e que não é decoroso para a Camará que di-pois de ter fadado o Sr. Ministro do Reino, se não PCM m i l ta ao Sr. Barjona respondei a S. Ex.B ( f'"o-xes: — Fulle, f,âll.-).

O Sr. Presidente: — A palavra proscguia sobre a questão de ordem, se se havia de interromper ou não u ordem do di.i. N ao sei se fui o culpado em deixar continuar a fallar; mas agora consulto a Carnarn se quer interromper a ordem do dia para se concluir este "assumpto (Apoiados).

Decidindo-KC afirmativamente, disse

O Sr. Barjona: — Bem dizia eu que o Sr. Ministro do Reino não havia de dizer tudo ; sem ser profeta acertei, e era mesmo fácil acertar.

Relativamente ao Contracto da Figueira, que eia um dos objectos da Inlerpellação, direi muilo pouco, como sempre costumo, e appello para a Camará Ioda, porque não costumo nunca entreter a Camará com palavras inúteis. Os habitantes da Figueira e de Coimbra estão em anciedade sobre este objecto, e di/er S. Ex.tt pura e simplesmente que vai rescindir o Contracto é augmentar a anciedade dos povoa: e preciso que se diga mais alguma cousa sobre este objecto, porque os Jornaes para lá vão, e eu não quero que os meus Constituintes vejam esta pura e simples resposta do Si. Ministro. S. Ex.a disse que queria que e?la matéria se tractasse pausadamente n'um;i Com missão, mas disse lambem que o Governo intende que se deve rescindir o Contracto; e i>so é máo para os Povos, e é o que querem 05 Contracta-dores; eu tenho recebido cartas particulares onde M; me diz que os Contractadores são os primeiros que desejam s^ l lies rescinda o Contracto.