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porque aliás seria preciso que o Thesouro tivesse meios para poder satisfazer immediatamente a dinheiro de ct/ntado o excesso que vai do valor do prédio á dívida, por que qualquer devedor é obrigado. O Sr. Moniz: — Estou satisfeito.

ORDEM DO DIA.

Continuação da discussão especial da resposta ao Decurso do Throao.

O Sr. Presidente: — Continua a discussão do § 7.°; o Sr. Neutel tem a paí-avra.

O Sr. J\eutel: — Sr». Presidente, é com acanhamento que rne levaato para falias sobre uma matéria, que tem sido tractada por tão sábios e eloquentes Oradores, mus não posso, por dever, deixar d'en-trar nella, já por ter sido eieito pela Província do , Algarve, já ua qualidade de militar, que teui tido parte nas operações contra os guerrilhas, que infestam aqueiie Diátnclo.

Sr. Presidente, realmente esta Administração tendo maiores meios que as outras, longe de augmentar ali a força, a tem dcminuido, porque ainda que os map-pás j que o Sr. Ministro da Guerra apresentou são exactos, coiutudo não o tão na época a que se refe-r em , porque hoje ha, de rnenos no Algarve QOO ho-mcní do cii:e aiii existiam ha um. anno, porque os íruippas que apresentou S. Ex.a foram assignados em Dezembro antecedente, e já em Janeiro haviam forças ciaiores , pois que foi então que para aih foi o Sr. Fontoura, e todos sabem que este nobre militar levou coíijsigo uai angmento considerável de forças para aquclle Districto; e depois disso o Governo com a forca de linha, que de lá tem tirado, e com as forças naciouaes, que desmobiiisou:, fez demiriuir de SOO homens as forças do Algarve.

Em quanto á centralisação, em que aqui tanto se te.;u falíado, devo dizer que a maior parte dos habitantes da serrei são os mesmos que desejam, e querem a centralisação dos casaes dispersos nos pontos forteíicadoà na serra, porque aquelíes habitantes que-resn soíírer de bora grado antes um encommodo de í) ou 7 íiiezes, que estarein conUmum.ente sendo as-saitados peloa guerrilhas.

A deseuobilisaeão da Guarda Nacional fez com que se sentiáseirí na serra eífeiios terríveis, porque aquel-k-s pontos que eram guarnecidos pelas Guardas .Na-eioaaes, for eu n depois occupados por tropa de linha, e por consequência íuliou esla para perseguir osguer-

Tiiuibem produzi;1, mui!:) mão eíFeito o não levar-£e a effeho a concentração da povoação da serra, porque os guerrilhas, se aterraram com esta medida, a ponto qr.t: uni seu comm;mdante , que se dizia do Batalhão 6, me e.icvevfeu dizendo-me, que se queria entregar com a sua força ; porém depois que se dês- . vaneeeu a kíéa cie levar a eíTeiío esta medida, man-doa-tne dizer ijuo já não estava pelo que me tinha prometíido , por isso que podia andar á sua vontade por onde quizesne; e se esía, medida foáse levada a eífeiio seria a única capaz cie acabar em menos tempo com as guerrilham, porque não tendo aonde se abrigarem, neta donde tiuir soccorros, e perseguidos continuamente, ou haviam de entregar-se, ou haviam de ser extennnjados pelas nossas forças.

A retirada de alguma i r o p a d\ili, demmuiu também os meies de perseguir os Guerrilhas, e o Sr. Coronel Fontoura, eonheeeado isso, expoz ao Sr. Mi-r-istro da Guerra os inconvenientes de similhanle

medida, ^orem o Governo não atíendeu ás razões ? que se lhe expozeram, e mandou vir a força para a Capitai, dizendo que era para se fardar, e sem a substituir d'anlemão, como devia.

Sr. Presidente, o Sr. Ministro da Guerra disse, que era uma verdade que a tropa do Algarve eslava mais atrazada em pagamento j que os outros corpos do exercito, e que isto proveiu da revolta de Julho, que fez coro que os que vieram deHespanba, e que aquel-les que estavam no Reino, mas que fizeram juntos no Paiz a guerra, ficassem pagos era dia, ao passo de que os que estavam no Sul se fossea> atrazando ; porém, Sr. Presidente, alguns dos corpos, que estão no Algarve, são desses que vieram da Hespanha pagos em dia, e acham-se hoje atrazados quatro mez^s dos outros, por isso se vê que lambem ao Governo não tem merecido todo o cuidado a força, que ali está, a quem tern faltado com os prets e soldos. Também disse o Sr. Ministro daGuerra que osGuer» rilhas estão qnasi anniquillados, mas pelas informações, que lenho, sei que elles es!ao no mesmo estado se«í differoiiça alguma, porque apesar de se ter morto o seu principal Chefe, não se tiraram desse acconteciniento as vantagens, que era possível tirar, como já muito bem aqui se tem ponderado. O Governo tern empregado todos o* seus cuidador na Capital, emprega aqui toda a força, e não faz caso das Províncias, julgando talvaz que o Reino todo se concentra em Lisboa.

Ora, Sr. Presidente, em vista do que tenho dito não posso deixar de approvar o §. da maioria da Commissâo, e por isso declaro que veto por eiíe. *

O Sr. Ministro do Reino: — Sr. Presidente, a discussão tem tooiado a alteração desta Camará, por longo tempo, e assim eu nesta occasião tractarei única, e principalmente de responder ásarguiçõjs? e censuras, que alguns dos Srs. Deputados lêem feito á actual Administração, e principalmente no grave, e importante assumpto da segurança publica.