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26 DIARIO DA CAMARA DOS SENHORES DEPUTADOS

que esse expediente devia ser posto de parte e abandonado, e acho que fez muito bem em o não dizer, porque, á falta de melhor, deve ser um expediente que represente uma questão de primeira necessidade.

A origem desta solução financeira está numa operação que o Governo Português procura remediar; e eu entendo que o procurar remediar essa extorsão que se fez...

(Interrupção).

Não ha duvida nenhuma. A Caixa não podia recusar os titulos que lhe eram reclamados. (Apoiados).

Eu acho isto de boa fé e lealdade, e prova que o Governo procura cumprir honradamente os seus compromissos.

O Governo viu-se em uma occasião difficil obrigado a lançar mão de recursos que, em rigor, lhe estavam vedadas; mas fê-lo passados annos, e hoje procura remediar, esse mal, pelo modo por que o pode fazer.

Se por acaso o Governo pudesse indemnizar immediatamente a Caixa Geral de Depositos das quantias que lhe foram retiradas, isso seria muito melhor.

Como não é possivel faze-lo, fá-lo pela unica forma porque realmente o pode fazer. (Vozes: - Muito bem).

Por outro lado, isto permitte fazer uma operação de encontro que, se não tem uma grande importancia, e um grande alcance financeiro, sob o ponto de vista orçamental, como S. Exa. muito bem disse, concorre para attenuar sensivelmente o déficit; e, em um país que vive tão dependente do credito, como nos vivemos, essa questão do deficit é uma questão importante.

Portanto, eu penso que a Camara faria bem em approvar essa parte do projecto.

Quanto á outra parte, comprehendo que haja uma grande divergencia de opiniões.

Comprehendo que uns queiram que a Caixa tenha mais largas attribuições, outros que tenha menos.

(N'este ponto não se pode acompanhar a palavra do orador por não ser ouvido).

Portanto, as caixas economicas para poderem funccionar, precisam da garantia do Estado, e desde que assim succede, natural é que ellas dependam d'elle e desde que o Estado se encontre em situação angustiosa não admira nada que elle não abandone os proventos dessa instituição.

Eu entendo que é muito melhor a Camara approvar este projecto, tal como está, do que deixar as cousas no estado em que se encontram.

A Camara, pelo facto de approvar este projecto, não abdica do seu direito de o modificar quando entender.

O projecto que se está discutindo não é da minha responsabilidade, mas é um projecto que me é sympathico.

Se a Camara me perguntar se ao Governo é necessario este projecto, dir-lhei que não.

Não ha duvida que pode continuar a viver como até aqui tem vivido, mas certos abusos que poderiam ser corrigidos por esta forma continuam em aberto.

A Caixa precisa desta organização para continuar a auferir os ganhos que até agora tem auferido?

Da mesma forma, mas o que não ha duvida é que a Caixa ganhará com o systema que se propõe. (Muitos apoiados - Vozes: - Muito bem, muito bem).

(O orador foi muito cumprimentado).

(S. Exa. não reviu).

O Sr. Malheiro Reymão: - É outro projecto como o das casas baratas.

O Sr. Archer da Silva: - Requeiro a contagem.

O Sr. Presidente: - Estão presentes apenas 49 Srs. Deputados, numero insufficiente para a sessão poder continuar.

A proxima sessão é na segunda-feira, 2 de agosto, á hora regimental, sendo a ordem do dia a continuação da que estava dada para hoje e mais o parecer n.° 71 - tratado com a Allemanha.

Está levantada a sessão.

Eram 6 horas e 10 minutos da tarde.

Documento mandado para à mesa nesta sessão

Representação.

Da Camara Municipal de Oliveira de Azeméis, expondo as vantagens que adviriam cem a compra de um prédio onde pudessem ser installadas todas as repartições publicas.

Foi apresentado pelo Sr. Deputado João Pereira de Magalhães e enviado á commissão de administração publica.

O REDACTOR = Sergio de Castro.