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He Commercio- na«> nossas Colónias, que" não "se adiam em estado de os-receber y e. não os q.uere-mós para nos? Sr. Presidente, o systeuia colonial foi fulminado por todos os Publicistas e Economistas ; mas o systerna colon-ial não caiu senão quando acabaram as suas causas; porque logo que houve urna sornma de interesses especiaes, Jogo que as Colónias poderão dar por si uma Representação Kcortomica e Política , acabou o sysíema colonial ; tnas liberdade de Commercio para Colónias que não lêem ci vilisnção, que n'ão lêem Commercio, que não, têem industria , e um contrase.tiso. Sr. Presidente, o. Commercio d'Af;ica ate aqui não tem sJdo possível pa.ra .nós : esse mercado é dominado completfjmente pelo Brasil:, e eu para concorrer líimbcm com a minha quota de Kslalistica, vou ler á- Camará um .papel. « Em 1839 exportamos de aguardente 'para a África , 1114 a l mudes; cm 39, 541;. em 40, 384; em 41, 266; ao todo, 2149 a i m ndes ; e do Brasil exporlaram-se para a Costa d'Africa , no primeiro semestre de 41, 870 aluiu-dês 7 e no p-riuifiro semestre de 42, 4673 ahuudes; de maneira, que nós. em quatro annos nunca exportamos para a Costa d'África metade da aguar-dt-nte, que o Brasil exportou em metade de um aono! E' verdade que não gostam da nossa aguardente ; más nào faliam meios dê a aproximar ao seu- gosto, e de a methamorfosear; .mas isso é o que se não tem feito. Eu sei que o Brasi! , por motivo dos interesses que se lhe ofíendêtn com se lhe fecharem os- portos das nossas Colónias da Cosia d'Africa, cujo receio tem ate' muita voga na-

quelle Paiz, não fugirá de qualquer ntfgocia-çao di* plotnatica para a import-ação do nosso vinho: em. todo o caso, ou a seu mercado para o nosso vinho, ou a Costa d'África para o mercado da nossa, aguardente, (Apoiados). Isto e claro, e fácil, mas desgraçadamente não se tem feito. Sr, Presidente, aberto este mercado o que e' muito fácil ', libertada completaoiente a lavoura, e todas as industrias que lhe são connexas, creio que a questão económica se resolverá.

^Eu voto pelos 150 contos., mas voto por elles por uma razão especial ; não porque acredite que com elles oCommereio dos vinhos do Douro ha de prós* perar ; e sirn porque sendo esses 100 contos uma extorsão que o Governo faz aos productores do: Douro a favor da Companhia, tenho para rn.im que e-lles a soffrerão temporariamente, pois quando raciocinarem, e virem que o Isicro que a Companhia tem, o podem elles ter, hão de pedir a diminuição dos direitos", e a extincção da Companhia. Voto pois pelos 150 conlos, como por um principio que se aproxima á perfeição, sem nenhuma confiança nos seus resultados.

O Sr. Presidente: — A ordem do dia para a Sessão seguinte é, para a primeira parle, o Projecto N.° 32 da Commissâo de" Verificação de Poderes, e para a segunda parte a-mesma de hoje. Está levantada a Sessão. —* Eram cinco horas da tarde.

O L° REDACTOR ,

' ^. B. CASTÃO.

Presidência, do Sr. Gorjâo Henriques,

hamada : — Presentes 7S Srs, Deputados.

Abertura —A rneia hora d«pois do meio dia.

»4cta,— Approvada sem discussão.

CORRESPONDÊNCIA.

. Um Offlcio:-— Do Director da Companhia de artefactos de metaes, remeitendo 80 exemplares de algumas observações acerca deaugniento dos direitos sobre o feno coado. — Mnndaràm-se distribuir.

Uma Representação:— D'alguns Proprietário? e Lavradores da Província da Estremadura, apresentada pelo Sr. José Estevão j contra o exclusivo das aguas-ardentes.—A* Commissâo especial dos vinhos. . . Outra:— Dos Pharmac.euticos dó Concelho de .Villa Flor, sobre as visitas ás boticas pelo Conselho de Saúde Publica. — Â* Commissâo de Saúde Pu-blica.

. Outra ; — Dos Pharmaeeiuicos do Concelho de Villa Nova de Gaia, sobre o mesmo objecto.—• A* mesma Commissâo.

. Outra ; — Da Camará Municipal de Valença, apre-.sentada pelo Sr. Barão de Leiria, pedindo a suspensão do jury nas causas crimes. — /f Commissão de .Legislação.

Outra:—Da mesma Camará , apresentada pelo mesmo Sr. Deputado, sobre à extincção do Contra--oto-das Saboarias. — A" Commisbdo de Fazenda.

O Sr. .A. Dias d'Azevedo;— Pedi a palavra para VOL 2.°—FEVEREIRO— 1843.

mandar para a Mesa um Requerimento , que peço se declare urgente.

REQUERIMENTO : —Requeiro se peçam com urgência ao Governo pela Secretaria d'Estado dos Negócios Ecclesiasticos e de Justiça os seguintes esclarecimentos :

1.° Qual a importância da despeza annual com" os Juizes e Empregados da Relação cios Açores.

2>° Qual o numero de Juizes, que actualmente tem a mesma -Relação , e se com elles ella pode funccionar em causas crimes.

3.° Qual o numero "de causas, que tem sido decididas pela mesma Relação nos últimos três annos; equaes os Juizes de Primeira Instancia perante quem foram intentadas. — António Dias d"Azevedo*

Sendo julgado urgente, foi seguidamente approva-do sem discussão.