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qne ficaram petrificados co.m'éssa idea , como disse «iij ilhislre Deputado d'áquelle lado o Sr. A.,Alba-'no, como se as.pautas não fossem- um exclusivo, accrescentou õ mesmo Orador; Sr. Presidente, se as pautas são uru exclusivo, eu as rejeito, e quando ellas corno tal, abrirem a porta ao contrabando, kei de sempre rejeita-las; eu sustento as pautas como um meio protector á nossa industria.

O mesmo Sr. Deputado disse , que a quantidade do Vinho do Douro exportado regula pela mesma ha muitos annos, o que eu creio ser verdade r mas o que não é verdade, e convém que se saiba, e que -n à o são somente as classes que bem podem pagar o Vinho do Douro, aquellas que o bebem; Sr. Presidente, as classes baixas em Inglateira também consomem Vinho do Douro ; nas convalescenças de moléstias a faculdade muito lho reçomrnenda: diíse mais o Sr. Deputado, o exclusivo devendo au-gmputar o preço das agoas-ard,entes-não prejudica a Estremadura; oh , Sr. Presidente, prejudica a Es-, trernadura , e prejudica o Douro, que se quer beneficiar ; o augmento do preço da agoa-ardente deve íiugmentar o preço do Vinho j ç este augutento di-ininue o consumo; e será assim que s« quer aliviar o peso dos depósitos d'esle género ,. augmentando-lhe o preço...! Não entendo, o contrario seria\ o resultado; .diz-se,já não ha contrabando em agoa-ardenlc, e porque, Sr. Presidente, será pela activa fiscalisação ? Não e', Sr. Presidente, é por que desde que acabou o antigo exclusivo d'esse género que tinha a Companhia, a agoa-ardenle das m» t rãs Províncias, começou a concorrer rio mercado do Porto, e peia sua bua qualidade, e baixo ((nas remunerador) preço , 'excluiu a estrangeira.

Sr. Presidente, esta só razão que ninguém me po« dera contradizer com provas, btfstaria se outras faltassem para eu me decidir contra o exclusivo; Sr. Presidente, uma industria nascente que sem nenhum auxilio extraordinário deita fora do mercado um género estrangeiro, j-ornão poder competir com a pro-dnoção nacional , deverá ser sacrificada a um principio fulso , e retrogrado? Nunca , Sr. Presidente; e preciso saber-se geralmente que à producção de Vinho em todos os Paizes que o produzem , é maior que o consumo, e então o Douro soffre o que sof-frern os rnais Paizes; Sr. Presidente, este excesso de producção não tem para onde appellar se não para o lambique, este é o segredo, mas ha de deixar de o ser, e cada um obre de conformidade (d-potados): disse mais o Sr. Deputado, e os 150 contos d'onde sairão ? Das algibeiras dos contribuintes; assirrj se diz em Inglaterra John Buli pai/s for ali, isto e a Nação paga para tudo ; Sr. Presidente, estes 150 contos devem sair do direito de 12JX)00 réis por pipa, que paga de saída pela barra do Porto o Vinho do Douro, que montam a mais de 300 contos, isto e'juslo porque é um draw back , aliás se não saísse dos direitos que o mesmo Vinho paga, eu não os. votava, deixaria que o Douro se indirei-tassc por si, o não á custa de um exclusivo,, a que só podem pretender novas descobertas, empregos nas Colónias etc.: outro. Sr. Deputado disse, oexclusivò aíéos Negociantes o pedem, triste nolicia, masoilius-tre Deputado pelo Porto, o Sr. Santos Silva, ainda hontcm nos fez ver' o contrario : mas em fim accres-centou o mesmo Sr. Deputado, o Douro o que quer, é uma medida que dê saída certa, e^segura aos seus VOL. 2.°—FEVEREIRO—J843.

; Sr« Presidente, e o mesmo que todos os Paizes qnerern para Iodas as suas producções; resta ver até que ponto é possível,' e até aonde o for sem prejuiso de terceiro, d meu fraco apoio será dado ao Douro J é parte da Nação, e tanto basta: o il-íustre Deputado o Sr, Silva e Cunha disse que as agoas-ardenfes do Douro serão sempre preferidas, porque são homogéneas? abi'está um exclusivo que ninguém lhe pôde disputar, não precis-am, não de-, vem ter outro; então para que temem a livre concorrência f que também este Sr. Deputado confessa tem excluído o contrabando.

O Sr. Dias de Azevedo: — (Sobre a ordem} Disse-nos que nos não fizessem impressão as.Representações de varias camarás do Douro a pedir a appro-ção do Projecto que concede á Companhia os 150 contos, aqui apresentadas peío nosso Collega o Ex.mo Sr. Administrador Geral de Villa Real, por-i que essas Representações foram feitas quando sejul-gavà impossível !....'Oli, Sr. Presidente, pois erá-o então, e agora não; isto petrifica na verdade.