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, a historia porém que S. Ex.a nos contou longe de concluir a seu favor, conclue contra S. Ex.a, S. Ex.a contoti, para apoiar a vantagem do uso dos bilhetes do Thesouro , que um homem que empre-gíxra parte da sua fortuna nestes bilhetes, pela queda do valor destes enlouquecera, e reduzido á miséria se vira obrigado a recolher-se a uni Hospital de doudos; onde forrara o seu quarto com aquelles papeis, mas que no fiun de alguns annos por uma circumstancia imprevista, porque uma guerra que poderia ser desgraçada, foi feliz, porque uma Colónia assumio e sustentou a sua independência, este homem recobrou o {Unheiro e a razão. Ora, Sr, Presidente, três ou'quatro annos de miséria, e na casa dos orates, como consequência dos bilhetes do ThesouFo, não offerecem decerto uma prespectiva tãoaprasivel, que disponha a desejar aemissão de bilhetes. Por conseguinte, aqui temos também vicio nos argumentos fundados emanecdotas. E necessário por tanto vir a argumentos positivos, e para que havemos de trazer anedoctas e comparações de outras partes, quando podemos acha-las no nosso próprio Paiz e nas operações do mesmo Sr. Ministro da Fazenda? O Sr. Ministro da Fazenda emittiti uma vez estes bilhetes do Thesouro, e emittiu-os com hypothecas mais fortes dequeaquellas que hoje lhes pôde consignar, e estes bilhetes nãochegaram ao par, antes soffreram uma perda muito considerável. Segunda vez fez S. Ex.a um ensaio desta medida, gastaram-se 3 ou 4 contos no material do fabrico destes bilhetes, e apenas pôd« S. Ex." vender unias 100 moedas., os outros ficaram no Thesouro, e lá estão. Pois então se estas tentativas feitas duas vezes produziram um resultado Ião desfavorável, eomo havemos nos recorrer uma terceira vez a este meio i*

Disse o Sr. Míni&tro da Fazenda «é necessário repelir differentes vezes os ensaios para produzirem resultado. 55 Ora, Sr. Presidente, ensaiar sobre uma Nação uma medida que produz tão tristes consequências, e ensaiar dilacerando urna ferida pungente, e' dernaziado ensaio. Nós temos uma ferida muito viva, muito pungente neste Paiz que são os papeis de credito cabidos em descrédito, pelo seu numero e variedade, por virtude da multiplicidade de operações, do estado apoucado da nossa Fa/en-da , e da pouca economia -com que a mestria Fazenda tern sido administrada ha tanto tempo, Simi-jhantes papeis, se teern produzido a fortuna de alguns , lêem produzido a miséria real de muitos, e se som mar m os as misérias que elles produziram , e as compararmos com as fortunas que teem gerado, haveuios de achar que a sornma das misérias excede muito ásomma das vantagens. Por conseguinte este meio dos bilhetes parece-me de todos o monos acceitavel, e por tanto desejaria eu, que ainda quando se concedesse ao Sr. Ministro .a-latitude de fazer quacsque.r outras transacções, nunca se lhe concedesse a faculdade de emittir similhantes bilhetes ; mas se por ventura assim mesmo se admiitiretn o que de modo nenhum se pôde admiuir nem ate pensar e b seu curso forçado ; nem ainda aqut-ila' espécie de curso que não sendo forçado na forma; o e na realidade. Não basta dizer que o curso não e forçado para que efectivamente o não seja ; se os homens que tern a receber som mas do Thesouro forem postos nacollisão de receberem estes bilhetes no nada; embora se diga na Lei que o curso não é

forçado, elle será tal no effeito, porque quando ao homem que precisa de receber o dinheiro para seu sustento se diz «dou-vos ou esta má moeda ou nada)5 b que hade elle fazer ? Hade acceitar a má moeda, e na necessidade de a empregar para a sua manutenção irá vendê-la immediatamente ao mercado mais próximo por aquillo que llve quizerem dar; e que se lhe dará em um Paiz, onde o credito se acha desgraçadamente no rnais triste estado ?

Eu não quero dizer que o credito não possa melhorar-se no nosso faiz; pelo contrario melhorará, e melhorará muito, quando se estabelecer uma administração económica e reflectida, quando se empregarem na gerência da fazenda regras certas e invariáveis, e se seguirem por um certo espaço de ternpo, com lealdade e constância. Então o eredilo virá cobrir a difficiencia material que possa «existir nos meios; mas isto só tem logar, quando este credito for fundado em solidas bases, e não sobre especulações do momento, ou, seja-me licita a expressão, em. pelotícas financeiras, não é neste* meios que o

O Sr. »/^ví/a: —Sr, Presidente, na ultima Sessão tractei de fazer ver quaes eram as razões que me assistiam para rejeitar o Artigo â.° deste Projecto: pouco direi hoje portanto sobre esse assumpto; mas como algumas dessas razões talvez não fossem ouvidas pela Camará, vou de novo submette*las á sua consideração.

Sr. Presidente, e' preciso que a Camará saiba que as despezas extraordinárias que pesam sobre o Thesouro no 1.° de Setembro próximo, segundo o que aqui disse o Sr,. Ministro da Fazenda, se reduzem a 39:000 libras, uns 170 a 180 contos, que são destinados apagar a ultima prestação das reclamações dos Súbditos Britannicos: a prestação das reclamações do Governo Britannico vence-se no 1.° de Outubro, « as outras despezas extraordinárias tem logar depois, dessa1 epocha. Eu sustentei pois que não havia necessidade alguma de dar ao Governo esta auelorisaçâo , de que o Governo podia fazer uso delia cornproaveltendo a regulartsação da nossa fazenda ; eqwe não havia necessidade de lhe dar esta auctorisação para o pagamento das 39:000 libras, porque estas já deviam estar pagas, quanto este Projecto se convertesse em Lei.