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inconvenientes que estou bem certo de que a Camará não deseja que tenham Jogar, (apoiado)

O Sr. Ministro do Reino: — Direi muito pouco. — Eu estou convencido na realidade , de que a questão não e' tão importante como se quer apresentar, nem merece, que se tome tão grande fogo na discussão delia; se se não tivesse fallado n'uma promessa feita por rnim, eu não teria pedido a pa-íavra; mas entendi que o devia fazer, tanto mais que se pertende fazer acreditar, que eu tinha feito uma promessa, que não tinha cumprido; eu pois vou ratificar o que disse em outra occasião, e que é exactamente aquillo, que acabou de dizer o illus-tre Deputado, que me precedeu—Eu disse, na occasião que se traclou deste negocio, que estava prompto a comparecer nas coinmissões, para conferenciar 'com ellas, quando para isso fosse convidado por ellas; (apoiado) este convite não appare-ceu ainda; logo da minha parte não tem havido falta de cumprimento da promessa, (apoiado) E, Sr. Presidente, quando se apresenta um Ministro como faltando ;a uma promessa é preciso fallarcom mais cuidado, e circumspecçâo (apoiado), porque em verdade e' a accusação mais forte que se pode fazer a um Ministro, é o dizer, que elle não tem cumprido aquillo que promelteu ao Parlamento. (apoiado)

Eu digo francamente, que não me parece que a questão possa ter a importância que se lhe quer dar; tem-se feito eleições até agora pelas disposições da legislação, que se acha em vigor, e a pátria não tern corrido perigo, (apoiado) e também nem por isso lêem os nobres Deputados até esta época entendido que a salvação da pátria depende da revisão da legislação eleitoral ; (apoiado) apparece agora, e eu faço justiça á opposiçâo ; a opposição com razão anda neste negocio assim, pois que são já sediças as armas, que tem empregado até aqui, as armas de.—foraes, milícias t dízimosetc. — tudo isso são armas, que estão desacreditadas; são armas a que o povo já não dá altenção, e visto odescredito destas armas, o meio que resta é este, pois que estamos chegados á época, em que se deve proceder á eleição geraTpara Deputados, eé necessário, para poder fascinar alguma gente, e esta se possa reunir ao seu partido, argumentar com um meio novo ; a opposição está no seu direito, vai muito bem por esse ledo; mas nós outros que estamos á K-rta, e que conhecemos os planos, e tendências da opposição, entendemos que devemos esclarecer o paiz sobre este ponto. Direi, que se as eleições se fizerem, segundo a legislação vigente, as cousas continuam como. até aqui, e os Corpos Legislativos reunidos por essa legislação hão deoccupar-se da organisação

tende ter nas eleições, (apoiado) E eu sinto que um nobre Deputado, que pertence á opposiçâo, ao qual eu muito respeito, que já está traclando de eleições, começasse por apregoar que a victoria é certa a favor da opposiçâo ; (riso) mas eu acho-lhe razão, porque o mesmo nobre Deputado tem declarado que é preciso o dizer que a vicloria é da opposiçâo, porque só fallando assim, é que se poderá talvez fascinar os espirites; (apoiado) eu acho toda a razão á opposição. (riso)

Ora, Sr. Presidente, eu estou prompto a considerar a questão, estou prompto a reunir-me nas commissôes; mas hão de os nobres Deputados convir, em que o Governo, em que a maioria desta Camará, se quizer, annulla o seu projecto, está na sua mão o pode-lo fazer, porque sejam quaesquer que forem os princípios apresentados pelas comrnis-sôes, ou pelos Srs. Deputados, a maioria pôde rejeitar o projecto ; logo o projecto não podo ir por diante, e a eleição ha de fazer-se pela lei que actualmente existe, (apoiado) Não vale a pena pois o fazer tão grande estrondo sobre este negocio ; eu mesmo peço á illustre Cornmissão, e estou certo de que este é o seu pensamento, que tracto quanto antes de decidir este negocio, que elle venha á Camará, 'e que na Camará se discuta incessantemente até final conclusão; hoje não posso, mas de amanhã em diante, estou promplo a ir á Commissão. Parece-me pois, que não devemos continuar na discussão desta matéria, e que devemos passar a tractar de objectos d'onde se possa tirar algum resultado, (apoiado) porque o resultado desta discussão é nenhum, absolutamente nenhum, (apoiado) Entendo que aapprovaçâo do requerimento daria, como disse o Sr. Deputado, que ina precedeu, em resultado fazer uma acre censura .á Commissão, ceusura que de certo ella não merece, (apoiado) Limito-me só a estag ponderações, esperando que o Sr. Deputado que se segue a fallar, rectifique a parte do seu discurso, que diz respeito á promessa que eu fiz a esta Camará.

O Sr. J. M. Grande:—Eu principio por declarar ao Sr. Ministro do Reino, que talvez ouvisse mal o que S. Ex." disse, e em tal caso dou a S. Ex.a todas as satisfações, que possam dar-se : pareceu-me ter ouvido dizer ao Sr. Ministro do Reino, que elle não só estava prompto para ir ás commissôes, senão que também entendia que o negocio merecia ser tractado corn certa urgência; talvez que S. Ex.a não dissesse isto, e que dissesse realmente o que acaba de dizer, isto é, que compareceria na Commissão, quando a Commissão o tivesse convidado; acredito que é isto o que S. Ex.a disse ; e se foi jsto o que S. Ex.a disse, é claro que a Commissão já devia ter convidado o Sr. Ministro do Reino, (apoiados do lado esquerdo) Pois o Sr. Ministro do Reino está prompto para comparecer na Commissão, logo que pela Commissão seja convidado, e a Commissão não o convidou para tractar d'urn objecto tão importante !?!... (apoiado) Isto bem se vê, sern querer fazer censura nenhuma á Commissão, que ella não deu ao negocio a importância, e attenção que elle reclamava, (apoiado do lado esquerdo)