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não fazer o que não pôde, de que só pôde ser accu-sado, se se provar que não fez o que podia fazer.

A' vista do que tenho dito, repito, que voto pela substituição do Sr. Joaquim António de Magalhães, e contra o § da maioria da Comrnissão. *

O Sr. Ministro da Fazenda: — Sr. Presidente, eu hei de cançar pouco a Assemble'a, e principio por dizer que considero quanto são relativas, e passageiras neste mundo as virtudes humanas; ha menos de tfes dias recebi aqui grandes elogios; não são passados três dias quando uma trovoada de raios, de repente se levanta contra mim; pore'm eu vou mostrar que não e verdade o que se disse. Eu principio por dizer a urn dos melhores ornamentos desta Carnara que acaba de fallar, que é testemunha esta Gamara, de que ern toda esta discussão da resposta ao Discurso do Throno não tive senão uma vez a palavra. O Sr. Deputado principiou por dizer que a maioria que o Ministério tinha alcançado na Gamara, tinha feito com que eu declarasse que era solidário com os outros Ministros. Sr. Presidente, isto e' uma grave injustiça, porque eu se não fiz essa declaração antes, foi porque não tive a palavra, e não porque eu me não considerasse solidário dos meus illustresCollegas, pois como homem de bem e honrado, assim sempre o entendi, e se me não expliquei mais cedo sobre este ponto, foi porque não tive a palavra. O Sr. Presidente e' testemunha , se quando eu tinha a palavra usei delia; não usei porque a Carnara pediu votos, e eu a essas vozes cedi delia; e então não é exacto o que o Sr. Deputado disse que eu tinha declarado que tinha um Projecto decapitalisar a divida fluctuante. Sr. Presidente, eu quero que todos os homens sejam justos uns para com os outros; eu não sou injusto pára ninguém , e não quero que sejam injustos para comigo; logo que-eu não fiz uma tal declaração, não ha motivo para lançar sobre rnins uma torrente não sei, se de raios, se de que. O Sr. Deputado por Aveiro não pôde provar em como eu fiz essa declara-çiio, e nào me pôde accusar; porque a não fiz. Sr. Presidente, é urna verdade que não, tenho feito a declaração, que seennunciou, e e uma verdade que não lenho feito todas quantas devia. Que diz o Discurso do Throno a este respeito? (kv) que disse eu aqui ? dei uma ide'a, apresentei na general idade a esta Gamara o estado, em que nos achávamos, relativamente a finanças, para que a Gamara soubesse que nós não tínhamos chegado ao abysmo , e que a Nação podia salvar-se facilmente; rnas não quiz de modo algum dizer quaes eram as medidas que se deviam tomar, porque não era essa aoccasiâo. Sr. Presidente, e' um facto o que disse o Sr. Passos (Manoel); 'nós não estamos perdidos; estamos nas circumstan-cias de satisfazer a cada uma das dividas do Estado, que pesam sobre nós, mas e' necessário tempo para isso ; é necessário destruir esse pensamento funesto, não só na Nação, mas nos paizes estrangeiros, de que estamos compietamente perdidos. Eu sei, Sr. Presidente, que os nossos fundos não lêem baixado; pe!o contrario lêem subido em Inglaterra.

Eu poderei ler offendido alguns dos Membros desta Gasa, mas o que posso dizer e, que se lêem soltado expressões que de certo não são lisongeiras para um dos lados da Gamara. A discussão tem sido muito longa, e eu terminaria, se não tivesse de responder a um dos Oradores desta Gamara que muito respeito, e que lenho a honra de conhecer depois que é Mem-

bro da Commissâo de Fazenda, a que eu pertenço igualmente. O Sr. Alberto Garlos, como cavalheiro que e', ha duas Sessões roe preveniu que tinha a fazer-me algumas observações, e nisto mostrou que era cavalheiro; o Sr. Deputado hontem disse que eu tinha comettido na minha Administração erros, e talvez erros de gravidade; eu confesso, Sr. Presidente, que tenho comettido erros, e erros muito graves; mas não cometti erro no que disse o Sr. Deputado.