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960 DIARIO DA CAMARA DOS SENHORES DEPUTADOS

estradas, se estivesse presente á sessão em que elle se votou. = Eduardo Abreu. Para a acta.

JUSTIFICAÇÕES DE FALTAS

Declaro a v. exa. e á camara que, por motivo justificado, não pude assistir ás ultimas sessões. = O deputado pelo districto de Evora, José Joaquim de Vasconcellos Gusmão

Participo a v. exa. e á camara que o sr. deputado José Maria de Alpoim deixa de assistir á sessão de hoje por motivo justificado. = José de Napoles.

Declaro que o sr. deputado João de Sousa Machado não tem comparecido, nem poderá comparecer a algumas sessões d'esta camara por motivo justificado. = Matoso Côrte Real.

Declaro que faltei ás sessões de 30 e 31 de maio e 1 de junho por motivo justificado. = Eduardo Abreu.

Declaro que, por motivo justificado, não me foi possivel comparecer á sessão de sabbado e ás seguintes até hoje. = Antonio Lucio Tavares Crespo.
Para a acta.

REQUERIMENTOS DE INTERESSE PARTICULAR

Dos primeiros tenentes da armada Antonio Hygino Magalhães Mendonça, Carlos Augusto de Magalhães e Silva, Eduardo Cyriaco Pacheco, Guilherme Augusto da Cunha e Silva, Carlos Ernesto Gonçalves Teixeira e João Alberto Godinho de Faria e Silva, pedindo a promulgação de uma lei que colloque os officiaes da armada, emquanto desempenharem as funcções do capitaes de portos no ultramar, fóra do quadro eftectivo da armada.
Apresentados pelo sr. deputado Ribeiro Ferreira e enviados á commissão de marinha, ouvida a de fazenda.

Dos officiaes de engenheria, José Fernando de Sousa e Manuel de Gouveia Osorio, contra a organisação dos serviços technicos de obras publicas, approvada pelo decreto dictatorial de 24 de julho ultimo.
Apresentados pelo sr. deputado Pereira dos Santos e enviados á commissão de obras publicas.

De Belisario Saavedra Prado e Themes, major pertencente ao quadro das praças de guerra, pedindo a eliminação do artigo 8.° do projecto da reorganisação do quadro das praças de guerra.
Apresentado pelo sr. deputado Avellar Machado e enviado á commissão de guerra.

De Joanna Francisca do Casal, pedindo que se lhe mande pagar a pensão que deixou de receber por morte de sua avó, ate 16 de julho de 1884.
Apresentado pelo sr. Matoso Côrte Real, enviado á commissão de fazenda e mandado publicar no Diario do governo.

De Antonio Luiz de Moura, primeiro sargento de infanteria n.º 15, pedindo que se lhe mande contar a antiguidade do posto de primeiro sargento, desde 25 de outubro de 1875.
Apresentado pelo sr. deputado Luiz José Dias e enviado á commissão de guerra, ouvida a do ultramar.

O sr. Bandeira Coelho: - Por parte da commissão de guerra, requeiro a v. exa. que consulte a camara sobre se permitte que sejam aggregados á mesma commissão os illustres deputados os srs. Brito Fernandes e Goes Pinto.
Foram aggregados á commissão de guerra os srs. Brito Fernandes e Goes Pinto.
O sr. Frederico Laranjo: - Renovo a iniciativa do projecto de lei n.° 49, de 22 de abril de 1885.
(Leu.)
O sr. João Augusto de Pina: - Sr. presidente, pedi a palavra para mandar para a mesa uma representação da camara municipal de Ceia, pedindo a construcção de uma estrada, que, partindo de S. Thiago a Par de Ceia, passe pela Folgosa, Sameiro, Feira da Boa Vista, Santa Eulalia e Travanca de Lagos, communicando assim os districtos de Coimbra e Guarda e os concelhos de Ceia e Oliveira do Hospital.
Sr. presidente, já lá vae o tempo em que os povos sómente se conheciam uns aos outros pelo nome, e viviam isolados e separados por longas distancias.
Hoje, porém, que os inventos modernos têem encurtado as distancias, os povos tendem para se approximarem e estreitarem as relações.
Devem, pois, auxiliar-se estas aspirações por boas vias de communicação; porque assim lucrarão muito os povos, o progresso e a humanidade inteira. O pedido é justo, por isso deve ser attendido.
Sr. presidente, quando na quarta feira, 1 de junho, pedi a palavra a v. exa., foi para fazer algumas considerações sobre a questão agricola, que foi levantada n'esta casa pelo sr. visconde da Torre, illustre deputado da nação, questão que hoje agita todo o paiz, e em que todos nós somos interessados, e visto que me não coube então a palavra e estar agora no uso d'ella, exporei á camara o que então tinha a dizer sobre assumpto tão grave.
Desejo, pois, concorrer com o meu pouco cabedal de conhecimentos para a solução de um problema tão complexo.
Sr. presidente, não póde negar-se que uma das fontes de riqueza da nação é a agricultura, e que o nosso estado agricola não é bom, dizem-no as estatisticas, porque compra todos os annos ás nações estrangeiras 5.000:000$000 de pão, que é o elemento principal do homem, porque Portugal não lavra pão para comer.
Sr. presidente, donde vem estes 5.000:000$000 réis que Portugal manda para fóra todos os annos? vem da agricultura? não sei; vem da industria? não sei; mas esta quantia ha de vir de alguma parte, e ha de fazer falta d'onde for tirada.
Sr. presidente, metade do solo do Portugal está por cultivar, ainda fazemos obra pelas estatisticas, e ainda que nem toda a terra por cultivar daria pão, pelo menos dava-o alguma, principalmente os terrenos do Alemtejo; e cultivada, ella, era natural que Portugal lavrasse pão, não só para comer, mas tambem para vender.
Para a cultura da terra são necessarios braços, e ainda que as machinas modernas supprem muitos braços, mas ainda assim são necessarios alguns.
A questão dos braços vae tambem tocar com a emigração, parecendo á primeira vista que, se a nação precisa de braços, os não deve deixar sair.
Sr. presidente, tendo nós terrenos e braços, falta ainda um terceiro factor, que são os capitaes indispensaveis para a cultura dos terrenos; mas capitaes baratos, que o governo, ou mesmo outra qualquer empreza ou estabelecimento bancario, mediante certas condições, fornecesse ás emprezas agricolas, que fundassem colonias agricolas á similhança da do Pinhal Novo, do sr. deputado José Maria dos Santos, dando-se o terreno gratuito por algum tempo, embora mais tarde paguem um pequeno fôro ou pensão.
Sr. presidente, com estes meios talvez se conseguisse que Portugal lavrasse pão para comer, que era um grande passo dado para a resolução da questão agricola.
Sr. presidente, depois que se desamortisaram os bens as corporações de mão morta, ouvi eu dizer a um cavalheiro que comprou alguns, que o seu dinheiro lhe não rendia 4 por cento, ao mesmo tempo que ouvi tambem dizer