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cia da sua opinião) dizendo — Sr. Ministro da Fazenda, não responda nada — e S. Ex.a teve a bondade de callar-se, e de nada responder. (O Sr. Si/vá Cabral—E'falso, é f altíssimo j eu disse isso em relação a ovtro objecto) O illustre Deputado acaba de dizer, que é falso o que eu acabo de dizer ; e como houve tantas testemunhas deste facto, \eja o illultre Deputado a que triste condição vai expor a sua moralidade, negando uma verdade tão manifesta. (O Sr: Si/va Cabral: — Eu responderei ao Sr, Deputado.) Conheçam todos esta circunstancia, para q cré se entenda que nós Hemos olhos e ouvidos, e que não e partilha daquelles que susten* tam o poder exclusivo da honra e verdade; que quando um Deputado diz, e dizem vinte ou trinta Deputados: islo passou-se, isto fe/-se assim, não se pôde destruir esta asserção com urn desmentido, principalmente quando esse desmentido não tem a força moral para contrariar o desmentido de nenhum dos outros.

Sr. Presidente, o facto como se passou e' este — o Sr. Ministro da Fazenda retirou em nome do Governo o Projecto dos Foraes; S. E*/ mesmo levantou-se, confundindo esta declaração do Sr. Ministro d,a Fazenda, com o desejo que elle ernittiu de que a Camará nem por isso deixasse de se oc-cupar desta matéria.

O Sr. Presidente : —Eu desço do meu logar para explicar este facto.

O Sr. face-Previdente passoit a occupar a cadeira da Presidência.

QSr.Seabra: — (Continuando.) Mas não se pôde negar, que o Sr. Ministro retirou o Projecto dos Foraes. E finalmente para prova de que no que acabo de dizer não sou movido senão pelo amor da verdade pura, apoio o Requeiimento do Sr. Deputado para que esta discussão não progrida, ou se ella progredir, não se tome resolução alguma definitiva sem ser ouvido o Sr. Ministro da Fazenda, homem de quem eu conimno a ter opinião de que e de uma só fé', e de um só caracter. (Apoiados.)

O Sr. Derramado: — Sr. Presidente, peço a V* Ex.a que faça manter a ordem na discussão e a decência parlamentar; eu protesto observar uma e outra.

Também me parece que, a discussão não pôde progredir, sem que esteja presente o Sr. Ministro da Fazenda ; porque logo que se- põem em duvida as suas palavras, é necessário que el!e as venha rectificar ; até para se não repetir o que já aconteceu, ha poucos dias. O Sr. Ministro da Fazenda fez uma declaração nesta Camará, isto é, concordou perfeitamente corn um Sr. Deputado daquelle lado, que ironicamente, ou porque assina eslava persuadido, negava que uma Lei que authonsou o Governo a cobrar os Impostos, com a condição de pagar um mez em cada rnez, ás Classes activas e nào activas do Estado; impozesse realmente esta obrigação ; duvidava disto o illustre Deputado;—-e o Sr. Ministro da Fazenda levantou-se e disse que estava inteiramente prevenido pelo duo Sr. Deputado.— Eues-tranhei que o Sr. Ministro da Fazenda desconhecesse a obrigação imposta por uma Lei, na qual S, Ex.a tinha consentido. Seguiram-se a fallar dous ou três Srs. Deputados, que igualmente estranharam , como eu estranhei, a condescendência que teve o Sr.

Ministro com um Deputado da Opposição systhe-matica. Mas depois veio outro Sr. Ministro dizer que, se tinha levantado um aleive ao seu CoJIega ca Fazenda, que elle linha rectificado as suas expressões e nào linha dito aquillo, que nós todos nos persuadíamos ter-lhe ouvido. Para que se não repita este facto peço que nào progrida a discussão, sem. estar presente o Sr. Ministro da Fazenda: e estima* rei ate que estejam presentes todos os seus Colegas; porque pareceu-me hontem que S. Ex.a ora p

Venha por lanto o Sr. Ministro da Fazenda rectificar as suas expressões, diga se pede licença para-retirar a Proposta, se e etn seu próprio nome como Ministro da Fazenda, ou se em nome do Governo: esclareça-se a questão, e a Camará que resolva. De todo o modo hade ter grande moralidade polilica esla scena do nosso Ministério.

O Sr. Ferrer:—Sr. Presidente, também me não opponho a que se espere que venha o Sr. Mmistio da Fazenda, pon/jue também tenho nelle a mesma confiança, que o nobre Deputado, que fallou, e supponho, que elle não e' capaz de dizer o contrario do que disse hontem, mas visto que se pôz ern duvida o que S. Ex.a declarou, e como eu estava muito perto de S. Ex.a, e a Camará sabe que tenho tomado~~rrèsta matéria de Foiaes grande interesse, espero que accreditará que eu prestei toda a attenção possível ao que; disse S. Ex.a (urna v»1»—-então não pôde dizer, que elle relirou o Projecto) O orador'.—Eu não lenho interesse em que o Sr. Ministro o retirasse; porque de qualquer modo o Ministério está entre Sylla, e Charybdis, se o retira contradiz os seus princípios^ ficâo em contradição os Srs. Ministros, ou com o Sr. Florido, ou com o Sr. Miranda; e se não retira, a Camará rejeita de cerlo o Projecto* Por isso fallo desapaixo-nadamente nesta meteria.