O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

( 286 )

raes; espero que o faça: já nesta Camará ha trabalhos de illustres jurisconsultos, e entre estes referiu os do Sr. Bispo Élleito de Leiria. Depois disto perguntei eu a S» Ex.a, interrompendo-o, se o Projecto ficava' retirado, porque o Sr. Ministro tinha usado da expressão — que não o approvava; e S. Ex.* voltou-se para rnim e disse: eu retiro o Projecto.

Agora, Sr. Presidente, alguém duvidou da veracidade deste Relatório; não rue importa saber por que motivos; o que é certo pore'm é, que se o Sr. Ministro da Fazenda retirou o Projecto, os seus Gol-legas que eram solidários com o Sr. Florido, quando Ministro da Fazenda, não o podem ser com o Sr. Manoel Gonçalves de Miranda, sem uma visivelcon-tradicçâo, principalmente o Sr. Ministro da Justiça, o qual quando eu denunciei á Camará a natureza oppressiva do Projecto, logo que elle foi apresentado declarou, que o Ministério havia dê sustentar o Projecto , àcceitartdo aquellas alterações que a Camará lhe fizesse na sua sabedoria. Ora, ninguém dirá que acceitar alterações ao Projecto de Foraesé retira-lo. Como pode pois o Sr. Ministro das Justiças ser solidário com o Sr.. Miranda, que o retira, e ter sido solidário com o Sr. Florido, que o apresentou, quando S. Ex.a protestava sustenta-lo? Sfja como for; se o Sr. Miranda retirou o Projecto, e os seus Col-legas são solidários com elle, estão em contradicção com as suas opiniões anteriores, cantaram a palino~ dia j e se não retirou o Projecto, o Ministério ha de cahir, porque a Camará não o approva.

Sr. Presidente, q«e ganha o Ministério em retirar o Projecto, depois da Cormnissâo respectiva declarar que rejeita as suas bazes principaes; depois de cesta Camará se terem levantado tantas vozes contra o Projecto, e ninguém se ter atlrevido a dizer urna palavra em seu favor; depois de toda a imprensa da opposiçâo se ter pronunciado contra elle sem que nenhum periódico do Governo se attrevesse a dizer uma palavra em suadefeza; depois em fim que toda a Nação bradou contra e!le? Quem tem ouvido os Srâ. Deputados de todoà os lados da Camará sabe, que elle, genâo for retirado, ha de ser rejeitado: nós os Deputados da opposiçâo temos a certeza disto. Por isso tanto nos importa que o Governo retire o Projecto conio 4^ue não retire: o Ministério ba

O Sr. JYazareth:—Também eu fui ucn dos Deputados, que assistiram até ao Era da Sessão, e por t&nto presenciei esíe facto, e quero dar o meu tes--temnnho a esse respeito.

E' verdade o que disse o Sr. Deputado por Guimarães, estavam presentes muito poucos Srs. De-potados Í25 ou 30, e por essa consideração, que para laim é muito forte, e mesmo pela deferência para com S. Ex.% convenho «m que se não lance o«r»huína declaração na Acfca sem que S. Ex.a esteja presente.

Não íetiiio muito a accnjscentar aos já factos pro-nuneíado-â peio Sr. Ferrer, que, se a minha memória ene não falha, são exactos; mas tenho ainda aaccres-centar «tna eig-cuínstancia t

4irada: eis-aqui as minhas expressões. S. Ex.a declarou depois que desejava, e pedia que incessantemente setractasse deste objecto ; mas quanto áqueMas bases muito expressamente disseque as retirava. Este é o facto; é preciso não confundir. Entretanto convenho que S. Ex.a esteja presente para se lançar na Acta esta declaração.

O Sr. José Estevão: — Eu requeria a V. Ex." passasse as ordens convenientes, a fim de que se apresentem na Mesa as notas tachigraphicas da Sessão d'hontem da parte relativa a esle incidente. (Uma voz : — Não havia Carnara . .,) O Orador : — Nós disputamos sobre um facto, que aqui se passou ; este facto deve constar das notas tachigraphicas, e eu peço que ellas se apresentem ; se o Sr. Ministro da Fazenda disse aquillo que se escreveu , é preciso ver o que ae escreveu para se saber o que- elle disse: agora se tudo aquillo que se escreve não vale nada está claro que os actos parlamentares não lêem au-thenticidade nenhuma .... (Uma voz:—Estava-se em tumulto). Mas os tachigraphos não estavam em iuinulto ... se eu soubesse onde ellas estavam hia busca-las.

O Sr. P ice-Presidente: — As verdadeiras , e o que se deve exigir é o testemunho dos Srs. Deputados, que se achavam presentes; os Srs. Deputados sabem snuito bera que eèsas notas passam depois poi uma correcção dos Srs. Deputados.. ..

O Sr. José Estevão:—Estou satisfeito; a explicação vale mais que o documento; ha de ser o que S. Ex.a riscar e escrever.'.,,.