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podiam fazer, os Ministros Inglezes, uns lhes deram mais attenção outros meoos, mas quando elles redobraram de energia contra a Companhia foi de* pois do Tractado de 1810; depois deste Tractado quizeram por força ver no Artigo 8.°, creio eu , a extinção da Companhia, e então não houve qualidade de sarcasmo, de injustiça, e de abuso que não assacassem á Companhia; eiles metteram nos seus interesses um grande homem de Estado, foi Mr. Caning Membro do Parlamento popular, que deu muito apoio a estas queixas, e as sustentou no Parlamento, mas nem o Governo Inglez, nem o Parlamento Inglez nunca tomaram resolução nenhuma sobre isto, no entretanto houve outros homens de Estado em Inglaterra que não deram attenção a estas representações, e as repeiiiram sempre ; estes homens de Estado foram Lord Chalam e seu filho o Sr. Pitt bem conhecidos, estes respondiam—cada Paquete de Portugal traz uma serie de queixos contra a Companhia, mas é cerlo que isto não são mais que murmurações d'aquelles que foram privados de fazer lucros injustos á custa do descrédito dos vinhos de Portugal. — Foram as palavras de Mr. Pitt, e já tinham sido as de seu . Pai. Esta questão ficou intacta, mas o rancor dos inglezes não se limitou só a representações aos seus Governos, espalharam em Portugal constaniemen-te, que a Companhia era a principal causa de que o Commercio dos vinhos do Douro não chegasse a um estado de prosperidade, que elles imaginavam para iiludir e ind.spor contra a Companhia : eu nào quero dizer, que a Companhia não commettesse abusos, porque em fim era composta de homens, estavam armados de grande poder, e necessariamente uma ou outra vez havia de praticar-se uma injusli-Ça ; mas o certo é que aquelles lavradores de boa fé, que recolhiam na sua adega só os vinhos da sua pioducção, e os não adulteravam , e não commel-tiauí fraude de qualidade nenhuma, a Companhia nunca praticou cotn elles abuso nenhum, agora aquelles que iam comprar vinhos junto aos limites .da demarcação, para introduzirem ahi vinhos de fora, aquelles que lhe deitaram baga de sabugo, aquelles que estragavam os vinhos para terem maior porção, mas deteriorado, aquelles que procuravam por estes e outros modos fraudar a genuína qualidade dos vinhos,que a Companhia eslava encarregada de sustentar, aquelles que queriam augmen-tar fraudulentamente a sua colheita, estes a Companhia caía-lhe em cima, mas isto não são abusos, isto e fazer cumprir e executar as Leis.

Disse-se muita cousa, escreveu-se contra a Companhia, mas o valor de muitas destas cousas eu o vou demonstrar por um exemplo. Dizia-se a quem não entendia o tnaquinismo do commercio e cultura dos vinhos do Douro, a Companhia é tão injusta que até do vinho que o Lavrador tem n'um só tonel faz-lhe três qualidades, o tonel por exemplo tem nove pipas, approvou três para primeira qualidade, três para segunda e três para terceira, isto pôde acreditar alguém que o tonel tenha ires qualidades de vinho f E quem não entendia fazia-Ihc isto peso, e assim passava de boca em boca, e vogava o descrédito da Companhia, mas isto não se ia dizer ao dono , nem a quem entendia porque isto em logar de ser abuso ou um mal era útil para o Lavrador, tuas dizia-se cá por fora o quem não VOL. 3.°—-SETEMBRO —184-2.