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rem de fazer sacrificios, não os ha de fazer o exercito? Não tem outro remedio senão faze-los. Na classe dos officiaes inferiores, isto é de capitão para baixo, tirar alguma cousa é tirar o pão (apoiados); mas de major, ou de coronel para cima, deve-se deduzir alguma cousa a favor do estado. Seria até uma indignidade para o exercito não fazer sacrificios, quando todas as outras classes o fizessem.

A respeito dos exames, declaro que me admira muito que se façam tantos esforços para evitar que os exames tenham logar. Pois quem ha de recusar-se a mostrar o seu merecimento? Um homem, que tem verdadeiro merecimento, deseja até ter muitas occasiões para o manifestar. E se os exames são uma phantasmagoria, se não prestam para nada, como dizem, para que se levantam contra elles?

O sr. Guerreiro: — Eu não me insurgi contra os exames; referi-me só á infracção da lei: disse que me parecia que a consulta em que se fundava o sr. ministro da guerra não devia ser tomada no sentido em que s. ex.ª a tomou.

O Orador: — Bem; o illustre deputado não faz questão do exame, mas sómente da fórma por que o sr. ministro da guerra os decretou.

Ora, se a opinião do illustre deputado é favoravel ao exame, e se a questão é só de fórma, salvemos as formas e salvo fica o fundo da questão.

Haja pois o exame, mesmo por honra dos officiaes das armas scientificas, que não se devem eximir a elle. Pois se o pobre official de infanteria e cavallaria, a que a classe dos scientificos chama tarimbeiros, se sujeita ao exame, por que não se hão de sujeitar a elle aquelles de quem a sciencia deve irradiar para todo o exercito?!

Creio pois que o illustre deputado esta de accordo, pelo que respeita ao exame, e que apenas differe emquanto á fórma por que o sr. ministro o decretou.

A este respeito ouvi fallar em novissima reforma na Prussia.

Eu hei de trazer aqui o que ainda hontem li ácerca dos exames militares na Prussia de posto para posto. A Austria ainda ultimamente decretou a mesma cousa, e na Inglaterra ha tambem o merito. De tres em tres mezes publica-se pela imprensa a relação dos officiaes promovidos, declarando-se o motivo por que são promovidos em prejuizo de outros que eram mais antigos.

Como a hora esta quasi a dar, nada mais digo a este respeito.

O sr. Galrão (para um requerimento): — Requeiro a v. ex.ª que consulte a camara sobre se a materia esta sufficientemente discutida.

Consultada a camara resolveu affirmativamente.

O sr. Presidente: — Vou pôr á votação a moção do sr. Freitas e Oliveira, e, se ella for approvada, ficam prejudicadas as outras.

O sr. Rolla (para um requerimento): — Requeiro a v. ex.ª que consulte a camara sobre se quer votação nominal.

Consultada a camara, resolveu negativamente.

O sr. Pereira Dias: — Peço que se leia a moção.

Leu-se na mesa a moção do sr. Freitas e Oliveira, e posta á votação foi approvada.

O sr. Correia Caldeira: — Mando para a mesa a ultima redacção do projecto n.° 4.

O sr. Rodrigues de Azevedo: — Mando para a mesa o diploma do sr. deputado eleito Bicudo Correia.

O sr. Presidente: — A ordem do dia para ámanhã é a discussão do parecer n.° 5.

Está levantada a sessão.

Eram quatro horas da tarde.