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perrnittírá que ao menos sobre esse facto eu diga •doas palavras.

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, rebatendo o Additiímento, que eu tinha mandado para a Mesa, o qual sustentei, mostrando a impossibilidade de levar a eííeito ns sisas promessas de levantar o dinheiro a 5 por cerilo; disse S. Ex.a que o que tinha levantado tinha sido por esse preço , e que actualmente íhe havia o mesmo. — Ora pelo que toca ao dinheiro levantado no Paiz, não ha duvida alguma de que dos esclarecimentos que pelo Ministério foram mandados a osta Camará, consta,que algum ficou a 6 e algum a opor cento; mas não succedeu omesrno'peio que toca ao que se levantou fora do Paiz; nesse não .me parece que acontecesse o mesmo, porque dos esclarecimentos remelúàos, consta que se únYiam \evanYaao .987 tontos de reis, ou 50/000 lib. , ficando como total depois de deduzidas todas as despezas em (5:676 réis a preço de 6 e quasi 7 décimos, e a mais de 6 por cento e mui próximo de 6 e três quartos por cento. Também e' menos exacto o que se acha no Relatório géTa-l do Ministério dos Negócios .da Fazenda, onde se assevera que nenhum desse dinheiro íica a mais de 6 por cento,- e em alguns casos pelo módico preço de um oitavo por cento; tanto rio RelaTorio, nesta parte, como no que disse o Sr. Ministro ha falta de exactidão. Isto, como e um fado,'entendo que não podia deixar de o dizer.

Eu poderia accrescentar rnais alguma cousa , e ainda que não esteja presente o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, como está presente o Sr. Ministro da-A3arinba, a Camará rne permittirá que eu diga alguma cousa mais. Sr. Presidente, os Srs. -Ministros da Coroa devem medir muito as suas expressões, .e para isto os aconselha a sua posição elevada, e a dignidade de um Ministro da Coroa o obriga a ser mais circurnspeclo nas suas promessas para evitar o acontecido com o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, não aííiançando á Cornara aquillo que por ventura se não pôde conseguir^ e se isso assim fosse, talvez nem eu mesmo tivesse feito o meu' Requerimento; porque, Sr. Presidente, as esperanças podem falhar, e e mui-lo para estranhar, quando um Ministro diz no njeio de um Parlamento. «.Eu digo á Camará que isto ha de acontecer» isto, Sr. Presidente, nunca devia ser dicto por um Ministro, por que e contra n sua própria dignidade, e vir repellir depois aquel-les Addítamentosque apresentam idéasexactas, e positivas, ou é enganar o Parlamento, .ou irreílexão nos negócios, porque depois de ter apresentado as medidas que precisa, vem depois annullar os factos. Sinto como já disse que não estivesse presente o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, mas como e

O Sr. Ministro da Marinha: — Sr. Presidente, eu sinto muito, corno o nobre Deputado, que não esíefa .presente o meu Còffrga o &r. áfíniáíro aos Negócios ii-sírangeiros; porque eíle melhor poderia responder ao nobre Deputado , e mesmo porque eu não estava na Sala na occasião ern que eile apresentou • ;js suas asserções agora taxadas de inexactas pelo. i!lustre Deputado , o qual esceiheu çsta

occasião para lançar esta censura ao V OL. 3.° — M A RÇO — 1843.

Sinistro, di-

zendo que o fazia porque eu aqui me acha vá 4. -Ê de todo o modo collocou-me na obrigação de dizer alguma cousa. Sr. Presidente, os cálculos que apre* sentou ò meu Collega , foram" exactos, o próprio Sr. Deputado o confessou, e ate' accrescentcu que o sacrifício feito para obter aquelle dinheiro, foi menor do que o que se affirmou, porque tendo-se affmnado que e lio fora de 6 por,cento, o nobre Deputado verificou que alguma parte fora só de cinco; mas para fazer cahir a sua censura sobre o Ministério foi calcular tnathernaticamente até aos décimos, e desse calcular concluiu, que dinheiro houve levantado em Londres que sahiu a rriais de 6 por cento: ora Sr. Presidente, V. Ex.a sabe, e. a Camará, que qualquer oscillação nos câmbios, qualquer augrhento de urna corretagem, pôde tra-'-•Aet v}Y\s> Aec\vfto% TOÍIÀ*, o\\ vms> d^c\roo% TO^AM^S , v\\\\a. vez que se levou o calculo até aos décimos,-e cen-tessimos; quando se disse aqui, que o sacrifício não tinha sido maior de 6 por cento, fallou-:se no todo da operação.

Disse agora o Sr. Deputado que os Ministros de* vem medir muito as suas palavras, e fallar com. muita dignidade na Camará, daqui quiz tirar a conclusão, de que houve falta de dignidade da parte do meu Collega, quando não quíz annuir a que na Lei se consignassem os limites do juro; ..pois eu entendo o contrario, entendo que o*meu Collega andou excellenlemente, porque marcar o quanlum do juro porque se deve fazer uma trarisa-cção, quasi nunca^se tem admittido nas Leis, é até um impossível, porque seria -contar com as bolsas alheias. O Sr. Silva Sanches: — Eu quando disse que a asserção do Sr. Ministro dos Negócios .Estrangeiros era inexacta, fundei-rne nos esclarecimentos , que pelo Ministério tinham sido mandados a esta Camará.

Agora polo que toca ao preço dos fundos pôde bem acontecer que muitas vezes succeda aquillo, que acabou de dizer o Sr. Ministro da Marinha; mas repito não foi essa a asserção do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros nem é esta a asserção que se acha no Relatório do Ministro da Fazenda, porque se diz que o preço dos juros do dinheiro, que se levantoju, não fica a mais do que 6 por cento, e só n*alguns casos, pelo motivo da corretagem, ficaria mais dous oitavos por cento, parece-me que o Sr. Ministro fallou ern detalhe, e não em geral , e por consequência não se lhe podia dar o sentido rnais lato , que lhe deu agora o Sr. Ministro da Marinha.