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acontece i^so aos ele boa íé , os quaes desejam varejos Iodos os dias, porque e!les tem a certeza deque nos seus errnazens só existe vinho legal, o compelen-te paru embarque, e eHes tem interesse na conservação dfi pureza do vinho, por que sendo todo o quê se embarcar'legal, o. ganho e certo , e certíssimo, e ganho muilo grande; isto e o que fazia a Companhia, c nào ha ninguém que'se queixe con-1;a fila pelos vaiejos, porque repito eslào acostu-rnados a elles, querem-nos mesmo, e só os não querem os de má fé, os quaes não querem nada.; e*ses oneram poder fazer nos seus armazéns as misturas, que pó tarem para verem se L, ode m tirar lucros maiores, ainda que ás vezes efémeros, com os quaes se perdem a si e aos outros.

Sr. Presidente, esle Artigo , como já disse, não pôde entrar em discussão, porque eHe e a Lei de 7 tie Abril palavra por palavra, como vou provar á Camará. A Lei de 7 d'A br. l estabeleceu a Companhia por 20 aurios, por este espaço de tempo eslào orçados interesses, que se não devem extinguir ari-les dolle espirar, aqui >stá a Lei que diz isto.

( Lcti o Ari, 1.° da Lei de 7 d'\4bril de 1838j.

E* o mesmo que aqui t-stá ; agora se a Camará quer fxtiogiur aquella Companhia, e necessário que lhe d;vum praso para que aquelles interesses se li-quid-em , e nào faça o que fez o Decreto de 30 de Maio, que a extinguiu de repente, prejudicando nào só a Companhia, mas'os Negociantes que tinham comprado nosuppost.», que a Companhia exis-lia , porque tinham comprido vinho a 45 mil réis y pipa n .i adega do Laviador, e tinha sido adubado com íigo.t-ardente de du/.; nto«; e tantos mil réis u pipa; isto impedia que e-ievi.iho concorrt-s.se com os 3t':4í)n pipas dos Negociantes fraudulento* que o 'linhnrn comprado por muito 'menor preço , e, aqui e>lá o que ff/, uma ««xlincçào precipitada da um Banco, cuja duração era de 80 annos, á sombra de cujos privilégios se tinham empregados muitos, e muitos capitães, e por isso se nào devia extinguir «Je chofre, devia-se dar-lhe alguns annos para poder dar sahida aos seus géneros, evitando assim demandam, como houve por essa occasião, por vendas (j(H> se tinham (Vito debaixo daquelle imposto n um preço, maior, e que os Tribunaes annullaram, por que fui força maior. Por todas estas ra/ôès enlendo que a Cnmara nào pôde discutir nem votar o Art. i.° a nào ser pró forma.

O Sr. P estanha: — Sr. Presidente, não enfadarei a C/unara por muito espaço como tenho de costume; mas antes dY-ntiar na matéria nào posso deixar de dizer,ao illustre llelalor da Commissão,' que acaba de ('.«liar, que eu não posso confortnar-me «";om a opinião que emittiu de que este 1.° Art. deve consi'lerar-!,e fóru do campo da discussão como «Abjecto decidido e legislado, sobre o qual nada podemos alterar; eu entendo que este Artigo é o pon-lo e assumpto principal do Projecto, por isso que nelle se Lrucla do estabelecimento d'um Banco protector d* Agricultura e Comtnercio dos vinlios do Douro, dando para a sua formação preferencia á Companhia actualmente existente ; e que por conseguinte não poda o Artigo deixar de submetler-se á jdiscussào.

Sr. Presidente, eu approvei esle Projecto na SIM generalidade, assim corno estou decidido a appro-Var na maior parte a doutrina especial dos seus Ar-

tig'~;s. Este meu voto nào pôde por modo algum considerar-se parcial: não sou Lavrador nem Cornmer-chinte de vinhos do Douro ; pelo contrario pertenço a uma Província , e ao alto Traz-os-Montes , para a qual nàx> podem deixíir de ser odiosas as recordações do t f m pó d'antiga Companhia Geral da Agricultura dos vinhos do alto Douro: foi aquella Pro-vincia talvez a que mais soffreu, e mais avexada foi durante o tempo que essa Companhia durou ; soffreu corno queíw se achava, para assim o dizer, debaixo do pé do gigante; para prova desta minha asserção baslará referir que nesse tempo nern era permittfdo áqtiflia Província exportar os seiii vinhos em que muito abunda , e muito mais poderia abundar ainda ; mas que nem rnesrno lhe era concedido destila» los , porque essa destilação alli era também urn exclusivo da Companhia, a quern somente os podiam vender para esse effeito, e por muito baixo preço, porque ella não podia ter concorrentes neste mercado. Mas, Sr. Presidente, não serão de certo eslas recordações odiosas que hão de mover-me sobre o objecto em discussão, mas sim o meu vehernente desejo pelo bern publico, e pelos interesses nacio-na^s bem e devidamente avaliados: também tenho a honra de ser Deputado pelo Douro, sou Deputado da Nação inteira: não repetirei aqui agora nada do muito que se tem dito pró e contra a Companhia ; mas considerarei este objecto unicamente em relação á actualidade ( Apoiado»). Ninguém ignora o, estado da decadência a que se acha reduzido o Commercio dns nossos vinhos do Douro , assim como ninguém deixa dê reconhecer a importância com-mercial que nos pôde resultar conseguindo promover o melhoramento , e prosperidade possível deste Co;jiíiiercio iTuín producto tão principal da nos$a industria; por conseguinte não devemos hesitar na applicaçào de rneios necessários para conseguir este fim : a Commissão apresenta no seu Projecto aquelles que lhe pareceram mais próprios, e npportunos: ninguém ainda lhe substituiu outros aqui que fossem no meu entender mais efíicazes ; e isto sem duvida pela di-íficuldade que ha de depnra-los mais convenientes. A Substituição que ha pouco mandou para a Mesa o Sr. Deputado Mariz alérn cie extemporânea, parece-me pelo juízo que pude fazer d'uma simples leitura delia , que não pôde produzir resultado algum, visto que ahi se nào o (Te ré cê nenhum núcleo de capitães para a formação do Banco. Mas todavia , Sr. Presidente , é forçoso sahir do embaraço , e prover de remédio ião prornpto como a força das circumstancias altamente reclama.