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O Sr. Derramado : —« Rogo a V. Ex.* q»« pergun». Ia ao Sr, Presidente d« Conselho, e ao Sr, Ministro do Urino, qu* acaba .defaJlar, se retira formfttmen» lê o Projecto paia a contipuaçào da existência dos BatalhòpsNacionaes, organizados, exercitados edie-cipliiwujoÊ ew conformidade do Regulamento das Milícia^ Eu dou-lhe Q nome que SS. ER. lhes tem dado; não lhes chamo Milícias, «193 Batalhões Na-cianaes,. organisado* pelo Regulamento das Milícias, com QfBciaes nomeados pelo Governo, «egundo as regra? ^hj estabelecidas.

O Sr. Ministro do Reino:-*— Sr. Presidente, eu não sei que qiais é preciso do que a§ explicações que eu lenho dado. Não sei qual é o motivo, porque se duvida d'aqui|lo que o Governo solemnentente decla-rou aqui. Não se retira, nem deixa ida retirar o Pró-jecto 408 Batalhões, que não está, em discussão. O que ^u declarei, o que o Govetno declarou pela rainha hdca, e que no momento em que sç discutir a Lei da Guarda Nacio,nal, oGoverpo desiste do Pró» jecto dos Batalõos; não o reúra agora, porque não está em difcussâo, porque não é objecto de que se tracte. O Governo declara que nào quer os Batalhões, senào licenciados como estão, $«m incremento nenhum da sua força , SPIIJ exercício, ate' que se dicu-ta o Projecto da Guarda Nacional; o Governa tem motivos, para querer qtn» isto assim SP faça pata se discutir o Projecto da Guarda Nacional. ! -

Estão dadas as explicações que julgo serena as mais claras, amplas e Ienes possíveis»

O Sr. J. .J. de JMugcia; e se elle soubesse a verddde, coin quanto seja grande oppo-siçâo, que a Administração actual encontra em todo o Paijí, muito maior havia de ser, se se tivesse rompido esse véo, que encobre as vergoohosas transacções diplomáticas, que se fizcr-am; ! (Apoiados $ rumor.)

O Sr» Ministro do Reino : — (com vehemencia) Permitla-rue o nobre Deputado , que o interrompa; mas S. Ex.a deve declarar quaes são essas transacções (Apoiados. J

O Orador : —Eu lá vou, não se a He ré ; se fosse um ferro agudo ; mas éuma pontinha de alfinete ! . . Não se exacerbe tanto, não saia do caracter, que deve representar: eu lá vou com todo o sangue frio. Fallo das vergonhosas transacções diplomáticas de Novembro passado. Qual é a razão, porque, tendo ellas acabado ha perto de seis mezes, S. Ex.a Não apresentou ainda o Relatório relativo a ellas? Qual e' a razão, porque tendo eu feito um requerimento na ultima Sessão, tendo-o repetido mil vezes, qual a razão, digo, porque se não lêem mandado todos os documentos relativos a uma transacção finda e completa? A razão sei-a eu; é porque se esses documentos forem mandados, e se não vierem trun'çado3, como já aquivieiam alguns, roas \ierem na sua integra e com a fidelidade que e' própria de um Qowno, ha de çon,hecer-se a roisetia,, a vergonha* a que ,o Ministério fez chegar a Na^ão Por-tugueaa ; ha de a e* Qjonbcceí, que lodo quanto espa-*«/ fez. J}jb ftú, senão para impor; que o Mi-

nistério não teve nunòa intenção deresi-tir á são estrangeira! Se entrasse urna pouca de Tiopa Hespanhola pelo território portuguez, que remédio tinha o Governo, senão oppôr-lhe as forças, que tivesse? Mas isto é uma cousa muito distincta, muito diversa. Ern quanto o Governo queria lançar a poeira nos olhos do Paiz, em quanto o Governo não queria senão, authorisar-se das eireuni tafrcias extraordinárias, para tomar as providencias, que lhe aprouvessem, para fazer asdespezas, que julgou, que devia fazer, nesse mesmo tempo curvava o col-lo 3 e pedia misericórdia á Hespanha !.... — Qual foi a intimação, que o Governo Bespanhol fez ao Governo Portuguez? A intimação-foi, que queria n'una praso ceito e detei minado approvada a Convenção do Douro; e que fez o Ministério? Cornpro-metfceu-se a dar-lhe esta Convenção approvada sem •discrepância (e supponho que só com a differença •de um parenthesis!) no praso indicado. Qual foi a satisfação, que p. Governo obteve do Governo H-es-panhol a respeito desta intimação, e sobre esse praso dado, e sobre essa tíoacçâo, e. sobre essa violência imposta á Nação Portugueza? Diase-nos aqui O Sr. Ministro do Reino, que desapprovou a condu* cta do MM diplomati.co.-Que quer isfodizer? Quando desappiovou, se é que desapprovou-, o Governo Hespanhol esta conduct»? Depois de ter consegusdd o que quieria , depois d« ter o Regulamento appro-vado, é que oes-sou a política que aqueHe Governo tinha seguido. Sr. Pre^id^nte, ha cireumstanriafr, em q4i« as Nações jo^arn o todo pelo- locip; porque d«*sdé o mnmenlo, ern que as Nações estão na razão dos indivíduos, desde o momento em que c"ur« vão as costas para Itevar pontapé, e»tão habilitadas para levar lama e pontapé de todos as Nações. O MinistérioIJespanhol não teria empregado a lin^oa-getni forte edescomedida, violçnta, e insoffnvel com o Ministério Português, senão tivessem sido os celebres saccos de ouro levados pnra Inglatena.... tr« nhã mós levado um pontapé da Inglatena , eslava-moa habilitados para levar pontapé da Hespanha, e estamos habilitados para ser-mos injuriados, alfron» tados, e espesrnhados por quantas Nações nos — quizeretn injuriar, affrontar, e espesinhar!.. Esta é a verdade, mande S. Ex.a os documentos, que eu tenho pedido , e então poderei continuar a asseverar, que fbi debaixo da coacção, que f t i debaixo de ameaça, que esta Camará delibero», € que o Regulamento foi approvado, e que a ameaça da Hespanha foi completamente satisfeita ! Ha poucos dias que o ?idimstro dos Negócios Estrangeiros daqueHa Nat^ão , no Relatório que apresentou ás Cortes, acabou de rasgar este véo, e os Periódicos de Hespanha a este respeito recentemente lêem feito grandes cominentarios. Se eu tivesse sabido, seeupo-desse prever, que S. Ex.* havia de tocar nesla discussão similhante corda, eu viria preparado com el» lês; mas tenho-os em meu poder, leiam-se os Periódicos Hespafchoes desta ultima Semana . e lá se verá coiiio con>menlarn o Relatório do M.nistro dos Negócios Estrangeiros ! Elles dizem et o Pafa visinho não sabe completamente tudo o-que se posso?/, eqnerrt tem a fw//xz disto é o Ministro, que estando acabada esta transacção ha tanto tvmpo ainda não apresentou , como lhe cumpria, o Relatório do modo, por* q/ue se c-onduiiu com o Ministério Hespanhol.«