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Pro,víncia dizem, que lhes convém, e como os Srs. Deputados são os verdadeiros Juizes desta Cau/,a pelos conhecimentos locaes, que possuem, por isso voto por «lie: ha outros muitos Artigos neste Projecto, sobre que eu heide lambem fazer iguaes declarações; por ora fico aqui.

O Sr. Silva e Cunha:—Sr. Presidente, eu bem sabia que este Artigo havia de ter contra si todos esses argumentos theoricos, e se eu pela pratica, e especialidade que tenho da operação mencionada neste Artigo, nào estivesse corno estou ao conhecimento da sua utilidade, também faria coro com o nobre Deputado, que o combate.-—O meu nobre Amigo o Sr. Felix Pereira, corn a sua costumada claresa, e com o conhecimento, que tem da matéria em questão, já explicou o que «rã esta operação. Se ella, fosse olhada pela face com que a quiz encarar o nobre Deputado, decerto nào haveria, quem a solliciiasse ; porern este corte, e quantitativa, que nunca1 servio de inconveniente aoCominer-cio, e á Agricultura tem sido pedido pela lavoura, e pç-1 a classe do cornmercio, como se pôde ver nos respectivos pareceres, que tenho presentes.

Sr. Presidente, o corte é a delicadesa de todo o systema protector dos vinhos da primeira qualidade, este faz com que a offerta, e a procura, isto é as precisòes do vendedor, e do comprador andem equilibrada* entre si, desta maneira nem ha o barato, e a depreciação, nem a rningôa, e carestia ; desta sorte susienla-se o preço com vantagem do Agricultor, e cons«rva-se a boa qualidade a favor do Neguciantí-, tendo este sompre um garante tombem seguro com o Deposito, por cujo motivo lambem nào pôde nunca recear a carestia e rningôa artificial, desta sorte o Lavrador anima-se n escolher a melhor uva, a beneficiar os seus vinhos, e a rivalisar em apresentar na feira as melhores qualidades; porque desta sorte espera vender já uma avultada porção de vinho, que lhe compense a sua despesa e trabalho. Sr. Presidente, figure V. Ex.a dons ou três, ou quatro mil Lavradores, que se es-merarn em fazer muito bom vinho, e que no con-corto delle gastaram enormes quantias ; foi este qualificado em primeira qualidade ; concorre ao mercado ; os Negociantes achando no mercado o dobrodoge-nero que precisam, que fazem? barateiam, porque a offerta e mais do qtie a procura, e o resultado e' vender com depieciaçâo aqnelle que chega a vender, e ficar inteiramente arruinado aqnelle que não chegou a vender, tendo muitas vezes melhor ou tão bom vinho, e t?m cujo beneficio linha feito «fastos e de?pezas consideráveis; porem pela operação da quantitativa-chega a vender a todos, e se os Negociantes querem que naquellas adegas, que desejam, todo o vinho da primeira qualidade seja seu, compram então as casas do approvado e habilitado para exportação, que sào as passagens que têem outros Lavradores, a quem ficou vinho approvado, e que têem meios de dar extracção e consumo ao seu vinho no interior , e que não tendo tantas relações com cotnmprcianles, arham lucro em vender as suas paisagens, e habilitações.

Sr. Presidente, eu louvo muito aos Srs. Deputados, qn«? se oppõern ao Projecto, os desejos, qne mostram para beneficiar o paiz do Douro; sou mui cavalheiro para não deixar de acreditar que seus desejos são tinceros; louvo que elles excedam ein

tão santo zelo aos Deputados daqueJIe paiz ; porem permitam-me os nobres Deputados, que lhes diga, que os meios que empregam, são contrários a tão justas intenções. Bu quisera que os Srs. Deputados acreditassem mais aos Deputados daquellepaiz, que não se atreveriam a propor medidas que fossem fa-laes aos interesses da sua Província, e permityrn-me os nobres Deputados, que contrariam o Artigo do Projecto, que eu assevere o contrario do quecl-les tem dito: eu digo que não é exacto, queocom-mercio, e a lavoura se opponhàm a esta providencia, antes a pedern ; e na Cornrnissão estão documentos, que comprovam o contrario da asserção dos illustres Deputados. Acredit'-m os Srs. Deputados, que eu e os Deputados da Província de Tras-os-Mo n lês não seriamos tão estulto?, que viéssemos apresentar medidas que repugnassem á opinião do paiz, e á vontade geral daquelles Lavradores; osn:i-bres Deputados tem a fácil evasiva de dizer — fomos mal informados, assim no-lo haviam diio pessoas da nossa confiança, etc. etc. Porém os Deputados do Douro não estão nestas circuimtaneias, não podem nem devem faltar á verdade, porque ate' não tem evasiva alguma. Sr. Presidente, nesta Gaza está um Sr. Deputado,.que por lodosos motivos merece a toda esta Camará o maior conceito, e eu invejo os seus talentos, e sou um dos seus mais invejosos admiradores, (refiro-me ao Sr. Rodrigo da Fonseca) appello para o seu testemunho ; eu sei, era publico, e eu o ouvi da bocca de S. fíx.* que quando foi Ministro do Reino tivera representações mui fortes aeste respeito, .que ouvira pessoas instruídas sobre a matéria, que se chegara a convencer de utilidade do corte, que porém se não julgara aucto-risado a manda-lo fazer ; porque as Leis a isso o nào auclorisavam, e eu conheci pelo que disse S. Kx.a na Commissào, que esta maieria lhe não era nova ; elle fallou como sempre, com tal conhecimento que me convenceu, que ei!e a penetrara cornpíetamente. Kste objecto foi ponderado na Commissào; ahi foi desenvolvido, e todos os Membros da Corn missão ficaram convencidos da sua utilidade, e jáoSr..Felix Pereira expôz com cUresa, e