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tempo, e a forçada inércia Parlamentar, e isto cotn definitiva, quem-são os Legisladores nesta Camará

o fim de que aqnelJés que commettem esta falta, se assim como na outra, se deve recorrer a uma Lei,

envergonhem por uma vez de incorrer nella ? o Pai& (dpoiados) e que e»ta Lei deve ser proposta quamo

deve conhecer os mandatários, que tanto se descui- antes, para que quanto antes, se uniformise o modo

dam do desempenho do seu mandato, para que ou- de decidir os negócios em uma e outra Camará. No

tia vez- esse mandato lhes não confie. Este grande entretanto deixemos o Regimento tal e qual está;

resultado moral considero eu de uma immensa ma- não manchemos as nossas mãos nessa indolência,

gnitude. A Nação por este meio tomará conheci- nessa incúria, de que a Nação soffre, e aqueHes que

mento de quem são os homens , que com zelo ver- as mancharam, que as lavem como poderem, ou as

dadeiro e sincero se encarregaram da procuração dos apresentem manchadas ante o Paiz, para que elle as

Povos, e os distinguiiá daquelles, que delia se en- regeite ! ...

carregaram, ou por um sentimento de simples vai- O Sr. Lacerda: — ^. Presidente, depois de ex-

dade, ou por outro qualquer principio, que eu não horloção tão eloquente, que acaba de fazer o il-

pretendo prescrutar; mas que não pôde ser o do lustre Deputado que me precedeu, nada me resta

zelo do bem do Povo, visto que desse zelo deslizam a accrescentar. Na verdade, o appello para a

elles a cada momento!. . . Eu entendo, que é abso- consciência e para a delicadeza de todos nó», é sem

Jutaiuente necessário curar radicalmente o mal, que dúvida o estimulo mais forte , que para comnosco

temos piesente; entendo que é necessário excitar o zelo dos Srs. Deputados no desempenho completo, e rigoroso do »eu mandato; porque sem isso o Sys--tema Repiesentativo não pôde funccionar. Além da moralidade inhererite aos corpos deliberantes, teremos aqui uma morosidade fictícia, resultante desse vicio, vicio que é necessário cortar pelas raízes. Eu presumo, Sr. Presidente, que pode haver diversos meios de excitar o zelo dos Srs. Deputados, mas o

mesmos pode. empregar-se , a fim de não faltarmos ao primeiro dos nossos deveres. Entretanto, Sr. Presidente, os homens não são como nós desejaríamos, que fossem; são, infelizmente, como são; e sendo, como são, e não corno devem ser, não podemos combater-nos em casos taes como este, com exhortações por mais eloquentes que sejam; porque neste século desgraçado as exhortações convertem muito pouca gente (Apoiados); e portanto

único applicavel é a appellação á consciência, ao devemos lançar mão cTalguma outra medida. Os

ponto de um dos Representantes do Povo; (dpoia* factos acabam desgraçadamente de-confirníar me-

dos) porque, Sr. Presidente, se o Paiz (o que eu lhor do que eu quixera , o que acabo de asseverar,

não ciéio, e bem longe de rr.im similhante pensa- Ante-hontein disseramrse excellentes cousas; fize-

mento!...) Se a minha querida Pátria chegasse ao ram-se exhortações patheticas, eloquentes ,. e até

infeliz estado de desapparecerein delia o ponto de honra e a moralidade, deviam vir buscar-se ao me

direi, sublimes ; pore'm qual foi hontern o seu resultado ? E que podemos esperar das novas exhor-

nos aos homens, que se sentam nesta Sala; e quan- tacões feitas hoje? Não sei qual será q resultado,

do estes homens escolhidos fossem constrangidos a fazer o seu dever por qualquer outro incentivo me-

mas arreceio que não seja mais profícuo.

Sr. Presidente, desenvolveram-se sobre o assum-

nos alterado, eu me envergonharia de me sentar pio ern discussão considerações muito ponderosas; nesta cadeira, que olharia, desde então, com tédio mas na verdade uma objecção se offereceu , apre-e corn vergonha! ... Oh ! Sr. Presidente, se para sentada por urn illuslre Deputado duquelle Indo da

defender o Sysiema Representativo contra a espada, contra todas as probabilidades, contra o mundo in-

Camará, que não vi ainda de todo destruída, e que me fez muita força. Parece-me que devemos

íeiro, houve homens que no cume de um rochedo adoptar outro meio diffurente dos qu« se propõem

no meio do Oceano, votaram á Pátria vida, fortu- para chegarmos ao mesmo fim, e um me occorre,

na, mulheres, filhos, e até .a reputação no provir, que julgo mais simples que nenhum outro. A Car-

quasi sempre dependente do successo final, se estes ta Constitucional no Art. 34 diz expressamente —

homens, com outros que se lhes uniram, derramaram as negócios se resolverão pela maioria absoluta de

dep: is seu sangue na Cidade Eterna, da qual todos votos dos Membros presentes — dêem-se quantas vol-

eramos cidadãos; porque não eram os peitos só dos habitantes dessa Cidade, que aella serviram de muro,

tas se queiram dar, use-se da metafísica m tis sublime, examine se o Artigo da Carta nos antece-

e de recinto, eram os peitos dos Portuguezes de todo dentes e consequentes, e ver-se-ha positivamente, o Continente do Reino, e das suas Ilhas; Sim, Sr. que o Augusto Legislador da Carta, do que tra-Presideme, se o amor da Pátria, se o ponto de honra, se o desejo de gloria nos moveram a tão grandes sacrifícios, serão hoje o ponto de honra, o desejo

ctava , era de estabelecer o modo pratico de terminar os debates parlamentares, sendo sua intenção, que nenhuma questão podcsíe ser approvada