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? pagar, dêem uma porção á Companhia, ou Banco rural, para ser a nossa Casa Pia, que nos alimente, e nos soccorra. — Alguns Srs. Deputados quando combateram o Projecto na generalidade, invocaram em desfavor delle odesfalque nas rendas do Thesouro.— Ah! Sr. Presidente, donde sahe este subsidio que se pede? Não é dos Vinhos do Douro? Quererão os Srs. Deputados, que os lavradores do Douro sejam oxcepcionaes para o pagamento das despezas do Estado, e cxcepcionaes para o sofírimenío e para a desgraça ? Sr. Presidente, sejamos justos, sejamos imparciaes, osencargos do Estado devem ser pagos por todos, isto é .de toda a razão e justiça ; e não nos venham impressionar com o desfalque das rendas do Thesouro ; porque tenho menos susto disso, doque das circumstancias , ern que estamos, e que necessariamente hão de causar maior déficit no Thesouro—esle^ desfalque e temporário, elle ha de ser em breve tempo resarci-do corri o augmento de exportação, e pelos valores do relorno, que hão de compensar nas Alfândegas esse tão assustador desfalque.

Sr. Presidente, no Douro já não se fazem contractos de compras e vendas; porque ninguém quer propriedades., que dão perda, e por esla ra/âo senão recebem Sizas — alli já se não podem cobrar as Décimos, dividas dos extinctos Conventos, fó« ros, nem o Subsidio Lillerano— os, arrematantes teem deixado de pagar, porque não tem podido receber, e por essa razão lá tem sido protestadas as leiras contra elles— e nestas c ircumstancias ha de haver, e continuar a haver esse déficit mais prolongado, mais ruinoso, e arrastando com sigo a perda da mais importante riqueza nacional.

Sr. Presidente, tanto zelo financeiro, a este respeito, e só agora! E nenhum pela boa arrecadação da Fazenda ,'pelas economias que se podem fazer, e pelos desperdícios que se devem evitar!! — Sr. Presidente, aonde estamos nós! Negar.se-ha este soccorro aos povos do Douro; quando aliás se concedem enormes soturnas para theatros, e divertimentos! Daremos nós os Deputados da Nação mais esla demonstração de imprevidência, de imprudência, e direi ate d« hnnioraSidade \ Será desta sor-te que queremos altrahir os povos ao Syslema ttepresen-YàVftW\ ¥^£irtm^S

Não podia, Sr. Presidente, não podia o meu zelo pela defeza dos meus constituintes deixar de me sensibilizar, ao ver pôr em dúvida a approva-ção deste Artigo. — Eu espero, que a Camará reconhecendo a precisão desta medida lhe dará plena approvação, nem eu quero suppôr outra cousa do patriotismo, honradez, e conscienciosa deliberação dos Srs. Deputados, a quem peço, que attendam á miséria dos lavradores do Douro, attenuados com a indigência a mais horrível, e com um soffrirnen-to iusupportavel.

O Sr. Agostinho Albatio:—Sr. Presidente, foi proposta urna questão previa, que importa um Adia-

mento indefinido, por assim dizer; o Sr. Deputado, que se senta no banco inferior, apresentou um Adiamento mais definido, e eu não posso deixar de me conformar com esta Proposta, porque o Governo coriveio na redacção deste Projecto e naexa-ração deste Artigo, pois que debaixo das suas vistas foi feito; por consequência foi com a intenção de propor um rendimento, qu;; cobrisse esta des-peza. Ora o que me parece mais acertado e', q-se nós fossemos discutindo os outros Artigos , e que logo que o Governo estivesse presente, então viesse á discussão este Ari. 14.°; porque sem o Ministério estar presente realmente não podemos dar um passo, a questão previa é muito curial por mais que a quizessemos contrariar; poderiamos, e verdade, discutir o Projecto no presupposto de que o Governo ha de substituir esses 150 contos; mas a Carnaia pôde ser, que para o fim proposto conceda mais ou menos; e o Governo só ha de propor o que for mister para cobrir a despeza accrescida ; parece pore'm mais rasoavel , que elle assista á discussão, porque com os esclarecimentos que der, com mais facilida !« se caminhará na mesma discussão. Eu , Sr. Presidente, como Membro da Commis-sâo , desejoso quanto e possível de que o Projecto passe nesta Camará com a promptidão possível, vejo comtudo a difficuldade em que nos achamos por não estarmos habilitados com os moios de cobrir e&ta despeza; não sejamos pois ião impacientes, porque desta impaciência não pôde resultar senão-maii demora ; eu, Sr. Presidente, corno Membro da Com missão, ou de accordo corn algum dos Membros da mesma concordamos no Adiamento proposto pelo Sr. Ávila; isto e', que a discussão deste Artigo fique adiada até o comparecimento do Sr. Ministro da Fazenda , ou ate que apresente o Projecto de Lei , corn que se crie receita para fazer face a esta despeza.

O Sr. Presidente: — A ide'a do Sr. Deputado e um Adiamento que eu devo dirigir em forma, reclamando que elle seja apoiado por cinco Srs. Deputados.

O Sr. Cardoso Castel-Branco: —Eu concordo em retirar a minha Proposta , e em approvar o Adiamento, unia vez que seja entendido daseguin-\e vnaneua, e \em a í>ev— ale que o Governo apresente o respectivo Projecto àe Y.er.

O Sr. Ávila: — Sr. Presidente, a minha idé^a é (amóern a fofrá Gkffíabre&ff/s/teàt?,' #&ó> jidgpFÍ>J®» tudo preciso um Adiamento tão largo, porque o que eu quero e', que se não vote este Artigo sem estar presente o Governo, porque estando elle presente poder-se-hão fazer então as considerações, que mui bem ponderou o nobre Deputado, e demonstrar a necessidade de se não votar o Artigo sem se criarem as receitas correspondentes á despeza , que elle vai causar.