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particular de ensino publico, e e«íe s^síem-a deve ainda variar, e aceon-irnr.rfíir-^e ao modo de existir -das sociedades.; ás diversas" faces cU* sua civilisação-, e ás variadas precisoes da sua industria.

Se o systemu de instnicçâo -n ao harmonia com o systema p-oiilieo , esí-e fica mivpre inseg-uro, e minado nos seus fundamentos.,

O nosso-antigo systeifla de _ inslnicçâo-era sobremaneira próprio para o Governo que então, regia, lille linha por fim educar , e i-nsiruir quasi exclusivamente os que deviam tomar porte na Administração, e Governo do Paiz , e dekxar na mais. pró» funda ignorância os que tinham- de sor governados.

A instruccào superior era principalmente alteu» dida ; parecia que n instrucção primaria , e secundaria só existia como preparatória para os e alados maiores.

O Governo curava sobre tudo de fazer Theologos, e Juristas, porque eram. estas profissões facultativas as que lhe serviam de principaes auxiliares na gestão -Aiíminlstiativa.

Se alguma atlençào se dava á Medicina, e ás Sciencias Mathematico-phihigophicas, e' porque convinha c-urdar da Saúde Publico, e~da Instruccào do hxereiio , e da Armada corno meio de acção, -e de força.

Querer conservar este sy-stenía da Monarchia antiga, e querer irmana-lo com as londcncias, e pie-cisòes da Monarchia nova seria um absurdo, seria querei mudar somente com palavras a índole, e a constituição da sociedade — e com taes elementos era preciso esperar ou pelo rctroces&o para o absolutismo, ou por uma democracia insenlata e feroz, sempre pieciirsora do obscurantismo, e da tyrannia.

O.systeraa de instrucção de que a actual sociedade carece e muito diverso deste.

E' absolutamente preciso não dar uma tão subida , e quasi exclusiva importância á instruccào superior, o dar maior consideração, e latitude á instruccào elementar e industrial, habilitando assim as classes productoras para melhor produzir..

Reformar portanto a instruccào era uma necessi-sidade imperiosa , ti geralmente reconhecida. O primeiro pensamento desla reforma brotou cai 1835. Este -pensamento malogrou-se -*— encontrou, a'penas projectado, resistências que não podo vencer.

A questão nacional da instruccào publica foi tractada'posteriorrnente^ern 1836 e 18.'57; mas esta questão não foi nessa época, nem cabalmente com* pre.luMidi.da , nem convenientemente resolvida. Reclama porem a justiça que se diga que « pensamento que presidiu a essa reforma foi civilisadòr , e sinceramente getvprosn.

Alas íi instmcção primaria e industrial menos attendidas que a-superior não receberam por essa occasião o conveniente desenvolvimento. E era este o ponto capitai a que devia altender-se assim por ser esto' w differênçá característica entre os, syste-rinas de inslrucção próprios de um Governo Absoluto, e de um Governo Representativo, coaio por ser esia a maior, e mais l ratice ridente necessidade da civVjisaçào moderna , e dos interesses tnateriaes do Pai;?.

E' preci^t formar a int-eiecttaialidade nacional para o desempenho das fuueçôes publicas .a que. é chamada i s o Regunen Representativo, de outro -modo e*te'Redimen ha

de uri* vicio constit»rt>vf} , e origina fio.. Só a publica n à a for esclar-ecída , como ha de el'a «n«" tender , e prover nos Negócios Públicos a qu^ é chamada por L<_-i p='p' energia-='energia-' como='como' intelligencia='intelligencia' de='de' acerto='acerto' e='e' corn='corn' ha='ha' coai='coai' fuoccioiiíar='fuoccioiiíar' _='_'>

Na organização das socied. (ieã; ina.lertías: os Cidadão* tor-narn parte tão activa na gerência dos neg.icios -administrativos, que é impossível que a dos-empenliern cababneute sem a converfieivte illus» traçào , e moralidade;..

Q Governo Municipal, a Administração da Jus» tiça, as -Candidaturas Populares , nunca poderão corresponder cabalmente aos seus fins, se o povo não for educado, e instruído. Só então poderão' fuoccionar de urna maneira uoroia! , e convenien* te os Corpos Administrativos, o Jury, e os Colíet gif»s Elejtoraes. .

A. administração, só então marchará desas&om9 brada de um sem numero de tbrpcços — e ate' o principia eleitoral ganhará em efficacia se os Elei^ {ores souberem .procurar , e encontrar os siirTragioa nas inspirações de urna consciência illurninada , porque só se escolhe com acerto quando se sabe comparar , e quando se pôde avaliar o que se adopta . e o que se rejeita.

Mas os povoa não carecem só de ser educados para poder exercer com discernimento os direitos, e as .funcções a que são chamados pela Lei— -precisam também instrucção --para saber obedecer , e riróraf idade para se deixar governar— ^é então que as Leis têem força, as Auctoridades prestigio, e a| insiituicòes estabilidade.

Por outro lado o trabalho, e ti industria são o grande elemento, da civilisação , e da riqueza das Nações, e é preciso tornar aquelle livre , e expe» ditivo, e esta esclarecida c inteíligenle para que ambos sejam proveitosos. Para obter este grande resultado cumpre generalisar entre os povos a chá» mada instrucção industrial. Esta necessidade com» m um a todas as sociedades e para nós tanto inais vital, quanto é certo que na carreira da civilisação material somos precedidos de algumas Nações, que não têem os nossos recursos naturaes.

Foi por estes motivos que o Governo deu uma grande importância, e o desenvolvimento compa-livel com as nossas difficeis circumstaucias financeiras á instrucção elementar primaria, e á instruo cão industrial. Reformando a instrucção, elle de« via seguir um caminho diverso d aquelle que foi seguido em tempos anteriores nos reinados de El-Rei D. João III, de D. João IV, e ainda mesmo de 'D. José I, com quanto nesta e'pocã apresentasse a reforma da instrucção um caracter de liberalidade, que honra o grande hornem de engeiVho vasto, e comprehensivo , que presi'dia aos Conselhos do Soberano.

A Monarchiã absoluta era consequente quando dava á Instrucção Publica o caracter da sua e'po« ca , quando a tornava o património de certas classes, quando tnonopolisava os conhecimentos humanos , e deixava as massas -entregues á sua simplicidade , e rudeza. •

A Monarchia absoluta era consequente , reformava, para ai, e para a sociedade sobre que im-