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dás Escolas.

í)e que servirão Escolas e os mais hábeis Professores, SP não houver discípulos, que delles se uli-lisem ? É ,verdade quenào faita em parte nenhuma HIII certo numero'de indivíduos, que queira aprender, ou de Pais que queiram instruir seus filhos, quando a Inslrucção e bem entendida. Mas mostra'em toda a parte a experiência, que lia sempre pessoas, que despregam o beneficio que se lhes of-ferecíe. É como a Instrucção bem en-t-endida e uma verdadeira necessidade, com ra/,ão ejn alguns -Es-~:iados do Norte se impõem penas a-os que a despregam , ou aos Pais e Tutores, ,que a não dão a s«us filhos e tutellados. O Governo .julgou que dt-via seguir até certo ponto o exemplo dess-as Nações, e com particularidade o da Al-ernanha-, onde os chefes de família negligent(!S são punido» com m u leias severas, e outras penas correecionaes.

Julgou ainda o Governo, que a par das med-idas activas deviasn empregar-se alguns incentivas com gratificações aos Professores, que educarem um crescido numero de Alumnos, e certas vantagens a estes -no -provimento dos Empregos Públicos, estabelecendo ao mesmo tempo as.Escolas necessárias,, fazendo que seja fácil a sua freq-uencia , e dando nellas uma Inslrucção de utilidade pratica. Escolas de Meninas-*

A in?tmeça*} e a educação das meninas não exigem menos atlençào que a dos homens; pois que seria grande crime não cuidar em tão numerosa porção da humanidade dotada, como o homem, de igiiaes qualidades e condições moraes, e com igual direito ao aperfeiçoamento e á felicidade,

Não e' possível ignorar a influencia das mulh-eres ern toda a Economia Social , influencia poderosíssima desde antes do nascimento dos indivíduos ale ao Jeito da morte.

É \erdade conhecida que as Mais teem maior importância do q.ue os~ Pais na educação de seus filhos, ao menos nos annos -maio tenros; raros sào os exemplos de Mà-is, que saibam ler e escrever, Cíijo? fiihos careçam desta instrucção; e é indubi-- tavel que o melhoramento da condi-ção uiteliectual das classes menos remediadas da Sociedade de.pen-. de em grande parte da ins!.ruoção'díts Màiè,

Instruir e moralisar as mulheres e' abrir urna Escola de Inslrucção e moralidade no seio de cada família, -e que melhor-Asylo para a infância do que o lar e casa paterna •'. E q«e-uie-lhor MnnUor, tj-ue Monitor mais sollicilo e intelligente poderá dar-s s-e aos meninos do que aqueila que os ama, qv-se os conhece , que os protege desd-e que nasceram t

As vantagens que a Sociedade deve tirar da Ins-truccâo mais esmerada dada ás -meninas -e'° inealcu-lavel quer se considere pelo lado da ed^ca-ção e moralidade Publica , quer pelo lado da felicidade e satisfação domestica , do governo, da econo-mi-a e da tranquilidade das familias. E por esias considerações que os Povos civilisados põem os Estabelecimentos de. Educação para as. meninas a ,par dos que são destinados para o outro sexo.

Posto q>ie em Portugal nào tenham faltado para a educação do sexo femenino alguns Estabelecimentos d t* um carecter Publico, e sabido que esla tão importante parte dos interesses sociaes tem sido quasi geralmente deixada aos cuidados paternos: e

que a opinião Publica não tem exigido que pelo Governo seja facultada igualmente a Instrucção a ambos os sexos.

Todavia algumas Escolas para a Inslrucção do sexo femenino teci sidocreadas em diversas,épocas. O Governo tem reconhecido as necessidades da ci-vilisação e lem-Hie prestado homenagem : entretanto circumstancias diversas não tem permittido, nem ainda hoje periniltern a creaçâo de um verdadeiro systema de Escolas para meninas. Mas a impossibilidade de fazer todo o bem não dispensa de fazer o (.pie e' possível ; é por isto que o Governo entendeu que a Lei deve sanccionar a existência das Escolas aetuaes, e estabelecer em principio a crea-çào successiva de outras. Alguma cousa mais se poderá desde já fazer.

Em alguns Faixes' onde a Instrucção Publica está -a cargo-dos Municípios, o Governo cqncone em certos casos com uma parle da despeza, como acontece na Nova-Yoik onde o Governo contribue com quantia igual á que disperidem os Municípios. Este exemplo poderá imitar-se entre nós, suscitando-se o zelo das Camarás Municipaes, e concorrendo o Governo, querendo eilas estabelecer Escolas de meninas, -c o R) unia parte da despeza que diversas considerações aconselham que não seja nunca superior á metade do ordenado.

Não se persuade com tudo o Governo que cora isto secrearào todas as Escolas necessárias ate' porque conhece a escacez dos recursos de muitos Concelhos; todavia alguns ha que o poderão e quererão faxer; e o exemplo de uns será seguido por outros, e o zelo das Aucloridades Superiores poderá ser efficaz. Não se deve desprezar o pouco bern, só -porque não e possuel faze-!o maior. Por outro la-, do este alvitre devendo realizar-se mui vagarosamente pôde ser consignado na Lei , visto que por isso mesmo não trará-grande ónus ao Thesouro Publico; ate porque e provável .que no maior numero de casos os ordenados estabelecidos pelos Municípios hão de ser inferimos aos estabelecidos na Lei.

Entendeu finalmente o Governo que nada poderia concorrer tarito para o aperfeiçoamento do Ensino Pr.imario coroo bons livros elementares, que proporcionassem aos alumnos^ conhecimentos claros, positivos e simplices das Disciplinas que HH-S hão de srr ensinadas. E que a regularidade do ensino só poderia obter-s« em todas as.Escolas, quando em todas se fizer uso das convenientes Obras Elementares. Considerou o Governo este objecto ião importante que propõe a concessão de remunerações a todos os indivíduos que apresentarem as melhores Obras Elementares para o uso das Escolas Primarias.

- ' Inslrucçâo Secundaria.

Depois da Inslrucção Primaria , que deve ser o património de todos os Cidadãos, e que pôde por essa razão ser denominada Nacional ; depois desta iflstrucçâo que e para assim dizer aporta que Iran-quea a entrada dos conhecimentos hurnanos, e que pôde por isso ser considerada menos como Inslr-uc-çã-o do que como rneio de a adquirir, nada iníeres-sa tanto á generalidade dos Cidadãos corno a íns-trucção Intermédia ou Secundaria.