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no meu discurso puder offeiider de alguma maneira a sua delicadeza, desde já retiro essa t-Xjjieàsão (O .Sr. Ávila: — Muilo bem).

Sr. Presidente, o i Ilustre Auclor da M o t; â o propoz «sta questão quando cila já calava resolvida. Está resolvida solemnemenle por ambas as Cumarus na Resposta ao Discurso da Coroa; de maneira que eu podia mesmo não admillir essa Moção á discussão como já prejudicada; mas inuilo de propósito votei [J.ira que ella fosse admiltida ; porque esta questão está decidida, mas não está discutida; e eu intendi que ella devia ser ventilada nesta Casa (Apoiados).

Está ou não está decidida? Eu vou !êr dois parágrafos da Resposta desta Camará ao Discurso da Coroa, em que me parece que está couiplelamente resolvida (Leu).

Está ou não está decidida a questão se esta Camará tem Poderes para rever e reformara Carta?.. Está decidida pelos parágrafos que acabei de ler, c parece-me que ninguém dirá o contrario. Está resolvida, mas não está discutida nesta Camará., e eu desejo dÍSCUlÍ-ltt.

Eu podia ainda convidar o illustre Auclor da Proposta, para que a substituísse por outra mais ampla questão previa, isto é—-Se nós tínhamos ou não tínhamos Poderes legítimos, para estar aqui como Representantes da Nação.

Sr. Presidente, o mesmo Mandato, que me concedeu Poderes para me apresentar aqui corno Representante da Nação, é que me concedeu Poderes para reformar a Carta ( /Ipoiados) e s»> mi não sou Krgitiiiio n'um caso, nau MUI legitimo no outro.

Sr. Presidente, o illustre Auctor da Moção insiste, ern que nós somos legítimos para o primeiro caso, e não sornoa para o segundo. Mas como, Sr. Piesiden-lê? Se o di^no Deputado negu a legitimidade do Decreto de 2ó de Maio, nega a legitimidade do Decreto

Sr. Presidente, c-m e impossível deixar de recorrer ao passado; eu desejava não citar nomes; mas não posso deixar de fazer allusões pungentes a um Poder, que dominou pelo espaço de mais de dez annos com alguns pequenos inlervallos, e ao homem que o resumia em si, e o symbolisava, Poder que faltou ás Leis da equidade, e que offendeu todas as regras da Justiça !

Sr. Presidente, esse Poder tinha-se arrogado todos os Poderes do Estado; o Poder Executivo, que esse homem ultimamente presidia, o Poder Executivo arrogou a si todos os Poderes; fez mais, Sr. Presidente, praclicou a maior das temeridades, que se podem pra-cticar rio Governo Representativo, qual é a de procurar, por todos os meios lícitos, e illicitos, illudir a sua responsabilidade, consubstanciando-se com o Poder da Coroa, expondo o Supremo Chefe do listado, impeccavel, e irresponsável perante a Lei Política, á responsabilidade perante a Lei Moral, desatinos, o desvarios da nrnbiçfio desmedida de um primeiro Ministro! (' //o&f .s:— E verdade).

Sr. Presidente, lenho pugnado sempre contra 03 excessos desse Poder, tenho pugnado sempre contra o Chefe desse Poder; já quando elle representava «ima opinião, não direi só Republicana, mas uma opinião verdadeiramente anarcbica, eu combatia o Chefe desse Poder, já então eu defendia as prerogalivas da Coroa, contra todos os esforços que elle fez para as destruir (Apoiados). Depois esse Chefe, fazendo um curso completo de Política n'uma só noite, passou, não direi ila Escola do Abb.idc Mably, mas do Dr. /Vier, e de Jleber/, que então professava, p.ir,i a do Abbado Dubos, ou para outra ainda mais absoluti.-ln ! Mas passou cingido de uma banda, syrnbolo de um alto emprego, honorifico, o lucrativo! (slpoinJtHt).

Sr. Presidente, tião tenho indisposição individual com o Chefe desse Poder; respeito-o corno Cidadão, corno Pai de Família, e até mesmo corno Juiz que foi já, na Alta Magistratura; mas como Homem Poli-tico sempre estive em diametral opposição com elle, e honro-me di-sta opposição!