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«íào, em quanto e,t a se não torna unidade, ti tumul-luario e anarchico, 55

Mas o desejo da Reforma da Carta foi manifestado pela multidão quando não era unidade, foi sane-cionado pela multidão quando já era unidade: logo o Governo andou com rnuita sabedoria em appellar da multidão tumultuaria para a multidão unidade, ciando assim tempo, e logar, á reflexão, depois do Ímpeto, como observou um eloquente Deputado da-quclle lado da Camará.

Appellou, sim Senhores, do ímpeto para a refle, xâo, e promulgou o Decreto de 25 de Maio convidando os Collegios Eleitoraes a darem aos Representantes da Nação auctoridade bastante para reformarem a Carta Constitucional: este convite foi acceilo pela Nação com grande enthuiiasmo (Apoia-dos), ao mesmo passo que por outro lado se faziam provocações directas, em sentido contrario (Apoiados). A Nação resistiu a essas provocações, e resistiu quando já era unidade! E -inferiu aos seusKlei-tos Poderes bastantes para reformarem n Carla Constitucional (Apoiados).

Sr. Presidente, quem não sabe o que se faz nesta época da Dicladura, que se quer que fosse constitucional ! Dictadura Constitucional!

Oh ! Sr. Presidente! Pois o que quer dizer Dicladura? De onde vem esta palavra, aonde foi posta em practica, qual é a idea que ella representa ? Foi fm Roma, nos bellos tempos da Republica ! Havia nlli duas formas de Dictaduras; uma era quando se «lava um Poder iilimitado ao Cônsul pela formula pronunciada pelo Sanado—J^ideal Cônsul ne quid detrimentnin 'Respubliva ca/iini — e a outra quando só nomeava um Diotador? Mas quem era o Dieta-«lor ! Era um homem que reunia em si a auctoridade absoluta de todos o Poderes do E-tado ! Km cuja presença, como d i/, Tito-Livio, nem os Tribunos, nem o mesmo Povo ousavam levantar 05 olhos, nem resfolegar! li quer-se que uma Dictadura seja Constitucional!! Querer que uma Dictadura seja Constitucional e' o mesmo que querer que um circulo seja circulo, e seja quadrado ao mesmo tempo!

Quem não sabe que, na êpocha da febre eleitoral, se formou, com a maior solemnidade, e apparato mais imponente um Centro, director, e promotor das eleições no sentido reaccionário ao movimento de Abril, e ao Voto Nacional! Que á testa deste Centro, dicto Carlista,

Chamou se mais para presidir a este Centro depois do nobre Duque; da Terceira, um Cavalheiro, que tem figurado muito nos fastos da no?sa recente Historia,— um homem de grandes meios intellectuaes, — de urna grande energia polilica, um homem que tinha applaudido o Movimento de Julho, que o tinha victoriado; mas qup por interesses da sua ambição

t,e-soal abandonou este Movimento, e provocou, por ;i.isim dizer uma nova crise violenta !

Sr. Presidente, acquiesceu-se aos convites que partiram disse Centro? Agitou-se nas A»s< mbleas Pii-mnriaâ alguma questão acerca da legitimidade dos Poderes? Nem nas Assembleas Primaria?, nem nos Collegios Eleiloraes se suscitou essa questão: apenas consia que n'um Collegio de Circulo se agitou esta ejuestão, por urna fraca minoria ! Oh ! Sr. Presidente ! E quer-se uma manifestação mais completa do desejo que lern manifestado este Paiz de ver reformada a Carta ?

Sr. Presidente, eu intendo que na manifestação deste desejo, tem havido sempre um eiró da sancção popular, um erro da lógica do Povo — Posl Aoc, pró-pter hoc — porque o Povo tem altribuido ás Instituições os vícios que eram do homem fMuitos apoiados), os vícios que eram dos seus executores (Muitos apoiadas). A Lei Fundamental contem em si os elementos de uni Governo livre, regular, e jusl". Sempre aosim a considerei.

Sr. Piesidenle, eu pela minha pai te. lenho scrnpit» intendido que a Caila Con-litucional não era senão a Monarchia Moderada, a Monarchia Representativa, como e em Inglaterra, cuja Constituição e fundamentalmente a nossa —Im/>crium bene conslitu-/MW, regali, óptimo, et popnlari composilum. Mas que manifestou e> Povo por muitas ve>xes o desejo de a \êr reformada ninguém o pôde negar; c ainda menos se pôde duvidar que este desejo foi unanimemente manifestado com u òolomnidadc, com pausa, e com a reflexão.

Mas agora direi eu ao nobre Orador, se elle appro-vando todas as disposições do Acto Addicional, ap-prova realmente alterações na Carla que oíTundem essencialmente artigos Constitucionaes !

Sr. Presidente, quando o nobre Deputado era O;>-posição, S, Ex.a pensava

Dirá S. Ex.*: eu sou Conservador, não quero qu« se faça alteração nenhuma na Carta, senão pelo» meios prescriptos na mesma Cai ta. Mas, oh ! Sr. Piesidenle! Para que acceitou uma Procuração que lhe dá outros Poderes ? Para que acceitou uma Procuração de que não pôde; fa/er uio ?