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-para ein Lisboa se instruírem nas Ar-éni'!»« enviado livros elementares para1 tiso d£s ^é^efeóíasí fem-sé por outra parte man-dàdórseóiènt^s^pd^arbórisar a Província, do que muito carceiB'1)'è^Çàmbem a do melhor Tabaco Vír-giniá, que se espera muito *prospe're, principalmente rtà Ilha dó Fogo. A cultura deste género, limitada até«iqui pôr falta d'extracção, e mesmo pela imperfeição dós methodos de o manipular, poderá vir a ter grande latitude, e satisfazer ás necessidades não só d'áquellas Ilhas, c da Gosta de Guine, mas ainda?ía* d&té Reino, onde o respectivo contracto, tendo sido convidado, mui pàlfioticamerile conveio em comprar alguma porção; ''Também a Cochonilha, que das Canárias' se enviou piara aqueiias Ilhas, vai aHi prosperando^ e virá a ser um bom ramo deCorn-ínercio. A lírzela está, conlractada por três annos, com proveito do Thesouro , e attendidas as necessidades da Província com a prestação de 2:000$000 rs. mensaes, o$ue juntos aos rendimentos das Alfândegas, e outros, quasi que satisfazem aos encargos do serviço público, sem que sejam necessários oscon-tirtttos , e pesados saques, que antecedentemente se fazíàftk sobre a Fazenda do Reino; e com o tempo, iridhorada a Agricultura pela respectiva Junta, que se mandou instaurar por Decreto de 27 de Dezembro ultimo, ria conformidade do Alvará com força de Lei de 18 de Setembro de 1811; reguladas, e risca-ligadas!as despezas pela Junta da Fazenda, que em Maio dò;atino passado se reorganizou em execução do Decreto de 16 de Janeiro de 1837, e de esperar que na mesma Província augojentem os rendimentos públicos. Hoje$ contando o preço da Urzela, que entra no Thesouro Nacional, a Província de Cabo Verde produz um excedente de 66:000^000 rs. de receita sobre a sua particular despcza. A justiça pede que parte deste excedente seja appHcada para os melhoramentos, de qiie fiel Ia se carece. Urn dos mais importantes já o Governo tem empreendido, ordenando, por Decreto de l í de Junho do anno pagado , que a Sede do Governo na Província suja transferida da Ilha de S. Thiàgo para a de S. Vicente. Os motivos expendidos no citado Decreto de Junho do anno findo vos mostrarão, Senhores, a necessidade d'uma tal medida ; mas avessa perspicácia não deixará de ler no futuro sobre" os grandes resultados, que para a navegação, tanto nacional, como estrangeira offerecerá a pratica d'um porto, que, sendo dos melhores do A-tiantico, se acha na linha da navegação da Europa para ò Hemispherio Austral, Ásia, e Mar Pacifico. AHi se principia a levantar a Povoação do Mindel-Io (nome que làobdias recordações excita) por uma planta, emr que se altondeu á regularidade, ás com-modidades públicas, e particulares, á segurança, aceio, e perspectiva, o que junto á salubridade do clima não deixará d'atlrahir muitos habitantes, que o Governo de Sua Mágestade tem promeltido proteger por todos os meios ao seu alcance; e, se alguns carecem da cooperação do Poder Legislativo não deixará dê os soilicilar. Os trabalhos do Governo vão excitando a altençào dos nossos capitalistas, alguns destes mais empreendedores propoern-se desde já fazer cultivar graucU; porção de terrenos baldios em algumas das I lhas, e para isso lêem recebido concessões da Governo, na conformidade da Lei, como as Cortes verão nos Decretos de 28 de Dezembro ultimo, em favor dos Cidadãos José Ribeiro dos Santo», e

José' Ignacío de Seixas., e no de 12 de Janeiro deste anno, em favor do Cidadão Vicente Gonçalves Rio Tinto. Outros contractos da mearna espécie estão a ponto de se concluírem. Em todos se obrigam os capitalistas a edificarem casas na Povoação dd Mindello. Por esta combinação do interesse público poderemos esperar que aqueilas Ilha»- hão de vir a emparelhar em prosperidade com os A cores ^ e Madeira. Nos contractos com os ditos capitalistas tem o Governo feito inserir a clausula, de que nenhuns trabalhos serão feitos com escravos: assim se preparam as cousas para que dentro em alguns annos se possa acabar com a escravidão naqueiias Ilhas, do mesmo modo quefoiacabada nas dosAçôreSj e Madeira. Naquella clausula tem o Governo também em vista promover para alli a emigração dos habitantes dos Açores, que hoje sedirige aoBrazil, e com satisfação posso communicar ás Cortes que a primeira Companhia, que se organizou para a cultura de Cabo Verde, já para os Açores mandou ordens a fim de engajar colonos. A povoação do MindeMo poderá dentro em pouco tempo tornar-seflorecente ; a sua situação, o seu porto, a salubridade do clima, tudo lhe promette prosperidade, se o Governo da Metrópole for sollícito, e perseverante a seu respeito. Ser-vos-ha apresentada a proposta para a franquia do seu Commercio por alguns annos.

O estado das nossas Possessões na Costa de Guine', e hoje rnais satisfactorio do que nosannos antecedentes. Corno porém ellas são susceptíveis de grandes melhoramentos, o Governo, para poder proceder com madureza , nomeou por Decreto de 19 de Dezembro próximo passado urna Com missão de pessoas entendidas, para que examinando todos os documentos existentes, e propostas que ha sobre os mesmos Domínios, possa apresentar um Projecto ao Governo, a fim dei lês poderem ser melhorados. Espero que na presente Sessão, as medidas necessárias poderão ser propostas ao Corpo Legislativo.

Não posso offerecer-vos uma prespectiva tão lison-geira como a antecedente, a respeito da Província de S. Thomé e Príncipe: o génio do mal tem continuado a influir naquelle malfadado Domínio, inuti-lisando os grandes exforços que o Governo de Sua Mágestade havia feito para o felicitar. Em Maio dó anno passado, se tinha em fim arranjado, efeito partir uma expedição, levando o Governador, que de muito tempo estava para ali despachado, algumas outras Auctoridades? gente de guerra, e vários lavradores e artistas : largas instrucções, e faculdades, auxílios pecuniários, e utensílios, dirigido tudo a dar vida áquelle Paiz, bem como se liie dava a paz, passando por um Decreto d1 Amnistia a esponja sobre asdissensões que haviam occorrido entre uma e outra daquellas Ilhas: uma cabala porém inutilisou em um instante, e em grande parte os trabalhos, as fadigas, e as despezas que se haviam feito. Tendo faU lecido o Juiz de Direito apenas chegado, e tendo adoecido o Governador da Província, o Vigário Capitular, o Provedor d'Alfândega, e algum intrigante do Paiz se apoderaram do Governo , abrindo for* çadamente a Successào marcada no Decreto de 7 de Dezembro de 1836; debaixo do pretexto, de que o Governador caíra em loucura o metterarn a bordo de uma embarcação, em que o enviaram a este Reino. O Governo de Sua Magestade, apenas sabedor d'um tal attcntadoj aproveitou logo a opportunidade da