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' Agora vamos á parle financeira ; eu tenho um tnappa de ludo isto em meu poder, que fiz quando fcstive na Comrnissào de Insirucçâo Publica ; quer V. Ex.* saber quanto custara esse miserável ensino, que era melhor que o t»â<_ só='só' que='que' falso='falso' em='em' contos='contos' houvesse='houvesse' cadeiras='cadeiras' p='p' creio='creio' era='era' um='um' ensino='ensino' porque='porque' _54='_54' _='_'>

de Latim, Itelhorica, etc.!.....* Ora, o que faz

o Governo? E»lá a prover estas Cadeiras, e proven-do-as. torna mais difficultosa a reforma da Instruc-çâo Publica, porque está a crear direitos, e a 'dar direitos a indivíduos que depois reclamarão quando for necessário supprimir alguma dVstas Cadeiras. Não se entenda com islo, Sr. Presidente, que eu quero que em todas as terras onde havia esse ensino chamado preparatório, deixem d'assisiir Cadeiras de Instrucção Publica; mas o que eu quero é, que existam Cadeiras d'onde se tire proveito $ e onde a industria possa adquirir algumas luzes, e não Cadeiras que não servem se não para crear prebumpço-sos e revolucionários: porque criam homens que se julgam com saber, e com direito a serem Emprega* dos Públicos, e corno o não podem ser entram em conspirações, afim de que venha um Ministério que os empregue: entretanto o Governo n que e'que tem estado a fazer? Tem estado a tornar impossível a reforma de Instrucçào Publica ; tem estado a augtnen-lar a despeza inutilmente; e não tem olhado para o Jbem estar do Paiz.

• E' verdade, Sr. Presidente, (não de»íp occnltar islo porque argumento de Ima fé')' que, o Governo de certo tempo para cá, tem tido o cuidado (depois «Talgumas reflexões que se lhe fiserum) de não pró-.ver estas Cadeiras chamadas d'enaino Secundário, se não interinamente; mas e peroiso que façamos entrar o Governo n'oiilra marcha que é, fazei-o ré. formar a instrurçuo Secundaria tal e qual ella deve •s p r; dê-se toda a consideração que se deve dar á Agricultura e ás Artes; tire-se d'ellas todo o provei-lo, que se pôde tirar; n'uma palavra, entremos no verdadeiro caminho em que detemos entrar, e que se não tem seguido ale agora.

Entendo por consequência que o Parecer não se pôde approvar: este objecto e da maior gravidade, porque e por nós não termos cuidado d'esle ramo, -que a nossa industria está tão alrazada , e que não temos esperanças de a poder melhorar; porque o que ha de fazer um homem que tenha capitães e queira estabelecer uma Fabrica, se ignorar os priricrpios elementares de fysica e mecânica? Não pôde fazer nada; é preciso confiar-se d'outros, e esstís outros muitas vezes o que'querem é aproveilar-se da fortuna do indivíduo que quer estabelecer a Fabrica, comem.lhe o dinheiro, e a final o indivíduo ficou »em elle, e o Paiz sem industria.

Por consequência, Sr. Presidente, entendo que, por mais simples que este Parecer se julgue á primeira vista , não se deve approvar, principalmente do modo porque está redigido ; porque approvan* do-o, vamos sanccionar a conducla irregular e re-prehensivel que o Governo tem tido até agora. , O Sr. Marreca: — Sr. Presidente, esta matéria pertence aoGovetno e precisa da tnlervenção d'elle; {Apoiados) não podemos traclar dVlIa sem bal»er se lemos GoVerno, (Apoiados) e é necessário que quanto antes o haja , u vista dos negócios públicos e de outras considerações que agora escuso d'expor á Ca-.fiiara. Por tanto o que peço fazendo- est» reflexão, em VOl. 4.° — jruifH

gera! sobre este objecto« e em particular «ôl»re está questão que se suscita, é que se adie esse Parecer até que liHJa Goveriío*

Fot.apoiado o adiamento^ e por conseguinte entrou em discussão. ^ :

O fcr. Soma Magalhães: — Eu não me opponho ao adiamento, bem como também me não opponho ao requerimento que fez o Sr. Deputado por Cabo Verde, para que se imprima o Parecer; porque ain*-da quê estou persuadido que o negocio é simples, com ludo nào quero que se neguem a nenhum Sr. Depu> lado todos os meios que julgar necessários para sua •Ilustração e c«nhecimenio de causo.' por isso, fal* lando sobre a ordem, limito-me a pedir que se i m» prima o Parecer para se poder discutir quando hou* ver Governo. , (Mandou-se imprimir.)

O Sr. Sousa Magalhães: —^ Roqueiro que juntamente com o Paracer se mande imprimir lambem a Consulta do Conselho Geral Director.

O Sr. José Estevqò : -*- Isto não é questão d*um facto especial, é a questão d'organisaçào que está aqui mrttida.

O Sr. /. A. de Magalhães: — Sr, PresioVnfp, e« desejaria e nclio que é urna consequência necessária, o estender esta decisão a todos os outros Pareceres que estiverem em idênticas circumsiancias; e levaria ainda a mais o meu requerimento, e vem a ser, que a Camará por uma medida económica sua, se adias* se até que o arranjo ministerial estivesse definitiva-n:enle acabado; nós realmente não podemos fazer cousa nenhuma; a nossa vinda -aqui nào pôde até certo ponto senão entreter, ou por assim dizer alimen* tar mais a anciedade publita, que certamente n*esles últimos dias se tem manifestado demasiado: acho por tanto que conviria, em primeiro logar porque é inútil a nossa vinda aqui, em segundo togar por ou* trás muitas considerações que agora deixo d'apreseh« tar, que a Camará se adiasse por si mesma até que lhe conste ter-se formado a Administração; ou pelo nYenos pôde-se tomar uma medida que seja um meio termo, e é, que á Camará trabalhe nas suas Com* •misbòes. (sjpoiados*)

O Sr. Conde da Taipa i — Eu opponhfr-roe ao adiamento, porque se houvesse uma crise ministerial, se se soubesse que estava alguém encarregado de for-mar o Ministério, e que havia difficuldades n'essa formação, eu votaria que se adiasse a Camará até que esses trabalho» estivessem concluídos, e que estivesse organizado o Ministério; mas hnje não existe isso; nào se' sabe que haja ninguém encarregado de formar o Ministério; (í/rosesr>-— E' verdade) sabe-se que ha algumas dissensòes entre os Ministros; que ha negócios de farnilia; mas o.negocio publico de' sahir um Ministério, e de estar alguém encarregado de formar outro, não sabemos que exista; por consequência nós nào podemos adiar-nos á espera d'uma' cousa que não existe, e eu peço a V. Ex.* que' ine inscreva para na Segunda-feira fazer a esta Camará, uufa fnoçào d'mteresse publico.-. (•Apoiadas )